Morre Lentamente Marta Medeiros
Quando a noite desceu lentamente, trazendo para o coração da terra o manto triste de sombras, veio a saudade me falar de você . Veio de muito longe, trazida lá do fundo, do passado, como se fosse um milagre de ressurreição e amor, veio como se fosse o luar, esmaecendo suas cores suaves.
Essa doce saudade me veio falar de você, veio me dizer novamente de vezes, mas foram sempre renovadas através de um sentimento que jamais se desgastou. Compreendi, meu amor, que a ausência de um ser amado acende dentro da alma a maravilha de um sonho, quando não temos ao alcance das mãos aquilo que nossa alma deseja ardentemente, nosso espírito volta se introspectivamente para construir na solidão e no silêncio um universo imenso de ternura e afeto.
Assim estou agora: Longe de você, longe do contato das suas mãos, do som da sua voz, do calor do seu corpo, longe de você, mas meus pensamentos, parte célebre através da distância e do tempo, em busca dos seus, dentro de minha solidão, de minha saudade. você está sempre presente.
Esperança
Lentamente carregada pelo vento
A folha se deixar levar
Sem jamais se esquecer de onde partiu.
Foi lentamente que lá cheguei. Tantas coisas desviaram minha atenção ao longo da estrada, que não percebi que escurecia mais e mais a cada passo. Notei o quanto havia me afastado apenas quando já não pude mais enxergar por andava. Olhei para trás buscando o caminho de volta, mas não o encontrei.
De repente, em meio a mais absoluta e profunda escuridão, pude perceber um vulto. A pequena figura encolhia-se num canto, acuada. Aproximei-me vagarosamente, temendo que qualquer movimento mais brusco de minha parte pudesse afugentá-la. Mas, ao notar minha presença, a menininha limitou-se tão somente a levantar o olhar, acompanhando meus lentos passos em sua direção.
Era muito magra e trajava farrapos. Estava descalça e seus cabelos despenteados eram tão negros que se confundiam com a escuridão do ambiente. As mãos pequeninas e trêmulas repousavam sobre os joelhos. Os dedos das mãos estavam muito feridos, como se ela houvesse tentado se agarrar com muita força a algo que lhe tivessem arrancado impiedosamente. Tinha o rosto sujo e olheiras profundas como se há muitos dias não se alimentasse.
Quando parei diante daquela frágil criatura, notei que havia uma corrente presa a um de seus tornozelos e que os elos estendiam-se escuridão adentro. Ajoelhei-me diante dela. Seus olhos eram enormes, marejados de lágrimas, e me fitavam com uma dor absurdamente comovente.
- Quem é você?
- Estou aqui há tanto tempo que já não me lembro quem sou.
- O que faz aqui sozinha? Não tem medo da solidão?
- É o que mais temo – respondeu-me em fraca voz. – Ajude-me, por favor!
Sua súplica era quase um sussurro, demonstrando o inegável cansaço que a acometia. Surpreendentemente, suas mãos pequeninas e feridas agarraram-se com força às minhas. Lágrimas desesperadas derramavam-se incontroláveis pela pequenina face. Em meio a soluços, levantou a cabeça procurando com seus olhos enormes o fundo dos meus.
- Ajude-me! – voltou a suplicar. – Guie-me para a luz. Não quero mais estar só.
- Ó, minha criança, perdoe-me, mas não sei como. Eu simplesmente não sei como...
A noite aparece lentamente
Mas o tempo com você continua
Estou esperando apenas você
Pois, qualquer toque seu me aquece
Eu não posso mentir
E nem esconder isso de você
A verdade é que eu já não aguento mais
Minhas forças já estão me comandando
Então venha, minha querida
Venha que saciarei minha ânsia
E tirarei seu fôlego
E mesmo que você negue
Eu a provocarei e a seduzirei
Até que se renda por completo pra mim!
Quero me beber toda, me comer lentamente, pedacinho por pedacinho, me puxando aos poucos, como se eu fosse algodão doce. Será que com vinho fica bom?
O processo era como descer até o fundo de um poço, subindo lentamente, agarrando-se à parede com as unhas, sofrendo, sofrendo sempre.
Dessa vez foi diferente, eu disse adeus. Caminhei até sumir de vista, lentamente para que não doesse tanto. Não adiantou, sei que doeu.
A falsidade é um veneno que mata lentamente,quem prova dela não sente a sua presença ,só descobre que viveu na falsidade quando estiver no abismo
Lagrimas brotavam quentes mas conforme esfriavam lentamente face abaixo, me despertavam daquele sonho ruim.
Em uma rua vazia…
Pelas estradas do tempo.
Ele lentamente seguia.
Apenas com um pensamento…
Da tristeza sorria.
No gosto do frio, e o barulho do vento…
Ele sonhava… Na tarde fria
Eu sempre levarei uma parte de cada, formando a minha história. E estes detalhes vão, lentamente, me fugindo a memória.
Eu vi muitas madrugadas entrarem
e junto com o ponteiro do relógio passarem lentamente
enquanto eu mudava os móveis de lugar.
Assisti muitos filmes e seriados me revirando no sofá,
e nos rápidos intervalos, que serviam para esvaziar a geladeira,
eu passei correndo pelo corredor e vi a nossa cama arrumada.
Escutei discografias completas caminhando sozinho pela casa,
e chorei diversas vezes vendo nossas fotos,
finais de filmes de comédia e escrevendo sobre como me sentia vazio.
Eu vi da janela da sala muitas vezes o Sol nascer
e o novo dia chegar sem trazer notícias suas,
e dormi muitas manhãs cansado de tanto pensar e esperar por você.
Desprovida de magnitude técnica
inserida lentamente no meu cérebro vooador,neurológico,sistemático,conclusivo,
direto e lesado de abilidades incineradas na chuva cósmica,
a lua caí e eu vivo morrendo tentando ressuscitar...
E a música toca e o corpo, lentamente, começa a se movimentar...
E tudo fica mágico...e por alguns minutos, nada mais existe...somente eu e a música...
Uma tarde tão simples quanto intensa
O sol lentamente se vai, enquanto a gente pensa
Um momento que dura pouco na realidade
Mas do lado de dentro dura a eternidade
Era uma simples tarde, mas que já deixou saudade
Então ele foi até a varanda, sentou-se na sua cadeira de balanço e lentamente embalou. Estava com o cabelo cada vez mais branco, ajeitou o óculos e percebeu quantas rugas já haviam nas suas mãos. E por alguns segundos resolveu dar sentido a cada uma delas, ao final viu que havia muitas rugas, mas pouco sentido para elas. E pensou... se soubesse que iam ficar assim, teria feito cada uma delas valer realmente a pena.
Havia aquela noite que ele não aproveitou direito, aquela viagem que ele sonhava em fazer e não fez, o curso que ele não terminou, aquele amor que ele desprezou, o emprego que o decepcionou, a família que ele não se despediu direito e o filho que ele não teve. Houve tempo para fazer todas essas coisas, havia vida nele o suficiente para ter feito, mas não fez. Agora os olhos com lágrimas fixaram a rua deserta, por alguns instantes com o olhar acompanha os cachorros que ali passavam velhos e sozinhos como ele, ele nem sabia, mas para ele o tempo parou. Com muita força resolve se levantar pra ver o grilo que pousou na sacada, e conversar com ele.
-Sabe... talvez eu pudesse fazer algumas coisas diferentes mesmo, mas agora acho que não ia conseguir, as minhas penas doem e já não me sinto bem o suficiente. Meu amigo Grilo acho que vai chover, escureceu tão depressa que não percebi, mas tanto faz agora, com chuva ou com sol os meus dias são sempre os mesmos. Se tu pudesses pelo menos cantar um pouco, não me sentiria tão sozinho.
O grilo pulou na grama e ele voltou a sentar-se, ficou esperando mais um dia terminar. Recordando do tempo que passou sem sentido e como de costume mais uma vez chorou.
Ana=) Mendes
As coisas não precisam acontecer de imediato, às vezes tem mesmo é quer ser lentamente, pra ser belo, pra ser duradouro, e se um dia for embora, pra deixar marcas, de felicidade.
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