Montanha Russa Marta Medeiros
Tinha visto isso em um filme, mas de primeira, achei algo super clichê e descartei. De uns tempos para cá, vi o quanto aquela dinâmica do filme tinha sentido. Fui até minha estante e tirei de lá meu dicionário e cacei a palavra adeus. Peguei uma tesoura e tirei a palavra, depois a amassei e joguei no lixo. Na hora, ri de mim mesma: Parecia tão mais bonito e fácil no filme! A mãe havia recortado do dicionário a palavra desistir, e depois que ela morreu, seus filhos foram criados sem saber o que “desistir” significava. Infelizmente, eu sabia o que “adeus” significava. Eu já havia dito adeus, já tinham me falado adeus… A palavra nunca fora usada para dar uma notícia boa ou para fazer uma declaração de amor, era só para despedidas, em sua maioria, eternas. Queria ter crescido como os meninos, sem conhecer essa maldita palavra, mas agora já era tarde, mas mesmo assim, não deixei de fazê-lo. Algum dia, minha filha irá vir me perguntar o que significa a palavra adeus, e eu sorrirei para ela e lhe direi: “Para a sua sorte, essa palavra não existe, meu bem.
Todo o coração sabe amar grande. O problema é que, nos corações machucados, o amor esvazia em meio aos buracos, e o amor passa a se tornar pequeno e duvidoso. É difícil encher algo que insiste em ficar furado, que insiste em derramar. Todo o coração sabe amar grande, mas amar pequeno não é questão de escolha, e sim de involuntariedade.
Ajeitei meu chapéu, desamassei a farda apressadamente com tapas e me aprumei. Entrei naquele navio cheio de esperanças, apesar de saber que estava entrando para a guerra. Entrei sorrindo, coisa que a maioria dos outros homens não estava fazendo. Sentei-me e fiquei calado, admirando o mar sumir na linha do horizonte. Estava tudo indo bem até que um outro marinheiro - provavelmente a exceção daqueles homens que parecia estar feliz pela decisão tomada - sentou ao meu lado e deu uma palmada em meu ombro.
- Olá, homem! - Disse ele. - Vejo que você é o único que está animado como eu!
- Sim, marinheiro. Acho que eles só estão vendo o lado ruim de estar na guerra.
- Concordo com você… - Depois de alguns minutos, voltou a falar. - Estou aqui em busca de aventura.
- Aventura não é bem a palavra que me trouxe até aqui… - Falei, dando de ombros.
- E o que lhe trouxe aqui?
Pensei um pouco e o respondi: - Só quero servir a minha nação com honra.
O moço riu um pouco depois poi-se a olhar o mar.
- Só estou aqui por aventuras. Qualquer outro motivo, eu descarto.
- E quais “aventuras” você espera? - Perguntei curioso.
- Bom, - ele finalmente voltou a olhar para mim. - pretendo lutar até a morte com meus fiéis companheiros, e se sair vivo, achar um amor em meio a terras desconhecidas.
Agora quem estava rindo era eu.
- Amor? Isso é sério?
- Vejo que você não acredita nele, não é?
- Não é isso. Apenas não tenho um pensamento tão ingênuo assim. Se eu sobreviver, ótimo. Se não, foi pelo meu país. Não penso em amores…
- Não mesmo? Imagine como seria fantástico encontrar uma bela moça que lhe desse lindos filhos e amor verdadeiro? Nem sequer pensa nisso?
- Acha mesmo que é possível encontrar um amor em plena guerra?
Ele suspirou, sorrindo. Levantou-se, deu mais um tapa em meu ombro e falou antes de ir embora: - É só por um “a” e o mar fica maior.
Você era a metade que faltava em mim. Ou melhor, tudo em mim é seu. Você me levou contigo no coração e esqueceu de deixar qualquer palavra tua. Agora eu me sustento em ti, e viro ti
Em meio a todas esperanças que eu tinha de evolução para esse mundo, vou continuar quixotesco, em meio a isso sou um tanto quanto reacionário, me nego a seguir a multidão.
Estou certo que um dia irei morrer,e se eu estiver certo minha mente morrerá.e nela todos meus pensamentos morrerá todas minha lembranças todas as coisas da minha memoria que presenciei guardadas naqueles elétrons dentro meu cérebro morrerão,minha células morrerão com DNA então todas minhas características presa em meus genes morrerão,então será meu fim não chegarei nem ao inferno e nem ao paraíso e minha alma,rum,só ficou na promessa nunca tive ninguém nunca teve só foi mais uma mentira daquela humanidade que eu deixarei pra trás um dia.
Precipício
Você me desestruturou garota, estou aos pedaços, me desmontou por inteiro.
Seu sorriso causa tremor, seus cabelos são como um forte vento, todo impetuoso, seus olhos queimam corrosivamente.
E não importa o quanto eu me remende tentando reconstruir tudo o que sobrou, sou uma estrutura comprometida a desmoronar por você mais uma vez.
E não importa por quanto tempo já faz que nos conhecemos, quando a vejo fico sem jeito.
Por dentro coração dispara, pressão sanguínea aumenta, fico sem fôlego; Por fora, sem classe, sem elegância, sem etiquetas, definitivamente sem jeito.
Oi!!!
Se observar superficialmente essa minúscula palavra monossilábica, deixará de perceber as mais belas informações que estão nas suas "entreletras".
É, isso mesmo!
Um oi, por mais simples que seja é sinônimo de lembranças, bons sentimentos, momentos.
Pra mim, acho impossível externar esta pequenina expressão sem que surja no rosto o mais espontâneo sorriso.
Ela tem a força de levar alegria, paz e até uma pessoa inteira pra fazer você se sentir perto, sim, bem perto!
é um abraço dado com um beijo;
Um aperto de mão bem confiante;
Quando dado olho no olho, é melhor que pôr do sol em alto mar.
Porém, nada é melhor mesmo que ter um oi correspondido, por isso ficarei esperando seu oi, aquele bem belo, lindo, encantador!
Aquele que cabe nos seus olhos, reflete na sua íris e dilata a sua pupila de intensas recordações, então viajarei ao redor do seu "O" e seu "I" definirá o que é Inexplicável.
Nordeste de esperança.
Quero saúde e estrutura
tragam saneamento breve
chega de conversa e jura
que essa vida não é leve
se tem água tem fartura
que se retrate a criatura
os direitos que lhe deve.
AZUL NORDESTE.
A natureza aqui investe
sempre surpreendendo
entre o sol e o azul celeste
nosso povo vai vivendo
quem não veio no nordeste
não sabe o que está perdendo.
