Monologo sobre Relacionamento

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Os jovens conhecem cada vez mais o mundo em que estão, mas quase nada sobre o mundo que são..."

E a estrela do entardecer deve estar morrendo e irradiando sua completa cintilância sobre a pradaria antes da chegada da noite completa que abençoa a terra, escrurece todos os rios, recobre os picos e oculta a última praia e ninguém, ninguém sabe o que vai acontecer a qualquer pessoa, além dos desamparados andrajos da velhice, eu penso em Dean Moriarty; penso até no velho Dean Moriarty, o pai que jamais encontramos; eu penso em Dean Moriarty.

O organismo material humano, sobre o qual pesa uma coluna atmosférica de 15 léguas, chega à noite fatigado, cai em fraqueza, deita-se, repousa; fecham-se os olhos da carne; então, naquela cabeça adormecida, menos inerte do que se crê, abrem-se outros olhos, aparece o Desconhecido; aparece o sublime, aparece Ela...e somente Ela.

...sobre o Guerreiro da Luz.
Por isso, quando separado dos outros guerreiros, se comporta como uma estrela da noite. Ilumina a parte do universo que lhe foi destinado, e tenta mostrar galáxias e mundos a todos que olham para o céu.

Eu senti na pele o que me falavam sobre o amor deixar as pessoas mais idiotas, atrapalhadas e bobas.

E o que é que ela vê nele? Nossos amigos se interrogam sobre nossas escolhas, e nós fazemos o mesmo em relação às escolhas deles. O que é, caramba, que aquele Fulano tem de especial? E qual será o encanto secreto da Beltrana?

Vou contar o que ela vê nele: ela vê tudo o que não conseguiu ver no próprio pai, ela vê uma serenidade rara e isso é mais importante do que o Porsche que ele não tem, ela vê que ele se emociona com pequenos gestos e se revolta com injustiças, ela vê uma pinta no ombro esquerdo que estranhamente ninguém repara, ela vê que ele faz tudo para que ela fique contente, ela vê que os olhos dele franzem na hora de ler um livro e mesmo assim o teimoso não procura um oftalmologista, ela vê que ele erra, mas quando acerta, acerta em cheio, que ele parece um lorde numa mesa de restaurante mas é desajeitado pra se vestir, ela vê que ele não dá a mínima para comportamentos padrões, ela vê que ele é um sonhador incorrigível, ela o vê chorando, ela o vê nu, ela o vê no que ele tem de invisível para todos os outros.

Martha Medeiros

Nota: Trecho da crônica "O que é que ele vê nela?": Link

As mulheres estão sempre dispostas a ouvir uma dissertação sobre o amor.

erson Luiz fala sobre uma rosa que queria a companhia das abelhas, mas nenhuma vinha até ela.

Mas a flor ainda era capaz de sonhar. Ao sentir-se só, imaginava um jardim coberto de abelhas, que vinham lhe beijar. E conseguia resistir até o próximo dia, quando tornava a abrir suas pétalas.

“Você não está cansada?”, deve ter perguntando alguém.

“Talvez. Mas preciso continuar lutando”, responde a flor.

“Por que?”

“Porque, se eu não me abrir, eu murcho”.

Nos momentos difíceis, seja mais aberto. Muitas vezes, nossa única esperança de vitória consiste em permanecer na luta – mesmo perdendo

Era uma vez um monge que achava que Buda dava respostas pouco claras sobre
questões importantes, por exemplo, o que é o mundo ou o que é um homem. Buda respondeu contando a história de uma pessoa que tinha sido ferida por uma flecha envenenada. Este homem nunca perguntaria por puro interesse teórico de que material é feita a flecha, em que veneno foi embebida ou a partir de que ponto ele fora atingido.
-Ele havia de querer que alguém lhe tirasse a flecha e tratasse a ferida.
- É, não é? Isso seria existencialmente importante.
Buda e Kierkgaard sentiam que existiam por um curto espaço de tempo. E como eu disse: nesse caso, não nos sentamos a uma escrivaninha a especularmos sobre o espírito.
- Compreendo.
- Kierkegaard disse também que a verdade é "subjetiva". Não queria afirmar que é indiferente o que pensamos ou aquilo em que acreditamos. Queria dizer que as verdades realmente importantes são “pessoais”. Só essas
verdades são "verdades para mim"

Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"

“Outro dia uma amiga me perguntou o que você tinha me ensinado. A gente estava conversando sobre os legados que as pessoas deixam em nossas vidas, e ela quis saber qual tinha sido o seu. Que raios me ensinou? Fiquei sem saber na hora, fiquei sem saber o que responder. Mas hoje, posso dizer que foi você quem me ensinou a lição mais importante da minha vida: você me ensinou a sofrer.”

Antes de chorar sobre os limites que possui, antes de reclamar de suas inadequações, e fadar o seu destino ao fim, aceita o desafio de pousar os olhos sobre este aparente estado de fraqueza, e ouse acreditar, que mesmo em estradas de pavimentações precárias, há sempre um destino que poderá nos levar ao local onde o sol se põe tão cheio de beleza

Eu também queria escrever, e seriam duas ou três linhas, sobre quando uma dor física passa. De como o corpo agradecido, ainda arfando, vê a que ponto a alma é também o corpo.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trecho da crônica Temas que morrem.

...Mais

Tudo o que podemos dizer sobre nossas vidas segundo me parece não passa de palavras.

O pensar que não nos leva a lado nenhum leva-nos
a todo lado; todo o outro pensar é feito sobre
trilhos e, por muito longo que seja o percurso,
no fim ergue-se sempre (...) a rotunda de recolha.
No fim há sempre uma lanterna vermelha que diz:
Pare!

Tu não tens poder sobre o tempo que vive, nem sobre a hora de tua morte. Tu só tens poder sobre o que tu podes viver exatamente agora.

Se nossos semelhantes pudessem constatar nossas opiniões sobre eles, o amor, a amizade, o devotamento seriam riscados para sempre dos dicionários; e se tivéssemos a coragem de olhar cara a cara as dúvidas que concebemos timidamente sobre nós mesmos, nenhum de nós proferiria um “eu” sem envergonhar-se.

Brincar é legal. Entendeu? esqueça o que te falaram sobre ser adulto, tudo aquilo de não brincar com comida, não falar besteiras, não ser imaturo, não chorar, não andar descalço, não tomar chuva. Pule corda! Adultos podem (e devem) contar piadas, passear no parque, rir alto e lamber a tampa do iogurte. Ser adulto não é perder os prazeres da vida - e esse é o único "não" realmente aceitável. Teste a teoria. Uma semaninha, para começar. Veja e sinta as coisas como se elas fossem o que realmente são: passageiras

Eu gosto é do conversar despropositado,
do pensar bem-humorado sobre qualquer bobagem,
do caminhar sem pressa por alguma praça
do carinho puro e genuíno
sem intenção com alguém.
Gosto de cumplicidade,
intimidade e união entre duas pessoas,
gosto de uma coisa chamada amizade,
que tanto tem faltado entre aqueles
que julgam estar vivendo uma grande paixão...

Soneto XLVI

"Minha vista e meu coração travam mortal combate,
Sobre como dividir a conquista de tua visão:
O meu olho barraria do meu coração o retrato de tua visão,
Meu coração, ao meu olho a liberdade daquele direito.
Meu coração acha que tu nele te quedas,
(Um segredo jamais penetrado com olhos penetrantes)
Mas o defensor nega a acusação,
E diz que nele a tua bela aparição se queda.
A decidir a peleja é convocada
Uma busca dos pensamentos, que todos ligados ao coração;
E com o seu veredito fica determinado
A metade do olho límpido, e parte do caro coração:
Assim, o devido ao meu olho é tua parte externa,
E o direito do meu coração, o teu amor interior de coração."