Meu Caminho e cada Manha
Segunda feira.
15 de setembro de 2009.
Uma manhã fria, nevava. O vento batia contra as janelas das muitas casas daquela rua vazia. As aulas começavam e um ou outro corria pelas ruas, para alcançar o ônibus. E ali estava ela, não necessáriamente a espera do escolar. Estava apenas saindo de casa, com as chaves em mãos. Iria de carro. Usava vestes apropriadas para o dia. Uma calça de couro preta e botas. Usava também uma camiseta deuma banda de rock dos anos 80 e um sobretudo preto por cima. Os seus cabelos escuros estavam soltos e os olhos num verde esmeralda destacavam-se devido ao lápis escuro.
- Volta pra casa depois?- O homem perguntou, parado na porta, com um sorriso no rosto. Uma garrafa de cerveja em mãos. A menina revirou os olhos ao vê-lo levá-la aos lábios. Como fora parar ali?
- Sim, vou voltar para a minha casa.- Enfatizou, abrindo um sorriso lateral, que logo sumiu de sua face. Derick não era uma garoto feio, mas também não era uma beleza rara. Tinha cabelos escuros e a pele clara, os seus olhos eram num cinza claro e o seu corpo era ideal, talvez fora muito bonito no colegial, mas não agora. Agora era só um bêbado viciado, que vendia drogas para sobreviver.- Até mais, Derick.- Acrescentou e seguiu até o velho impala, estacionado em frente à velha casa.
- Espera, você me liga, Myv?- Derick perguntou, jogando a garrafa agora vazia na lata de lixo enferrujada.
- Derick, você está parecendo uma garota.- Myv riu e abriu a porta do carro.- Não, eu não vou ligar. Apareço quando sentir necessidade.- Piscou marota e entrou no automóvel, fechou a porta e deu a partida, acelerando com tudo rumo ao colégio em que estudava.
Inteligência é pré-disposição genética; depois das 3 da manhã, mero esforço para ir contra a burrice, empenho na aprendizagem de um conhecimento universal. E isso é base, básico, vestido preto no guarda-roupa.
SOFIA DESCONFIADA
Juliano estava apressado. O relógio marcava seis e trinta da manhã e ele já estava desperto há tempos. Qualquer erro poderia pôr tudo a perder e ele sabia muito bem disso. Sua namorada, Sofia, não poderia desconfiar de nada. Mas como ela era desconfiada!...
Aproveitando a folga no trabalho, Juliano decidiu ser aquele um momento de transição. Estava disposto a mudar de vida. Bem arrumado, rumou direto à floricultura mais próxima. Comprou um buquê pomposo, de grandes rosas vermelhas, e seguiu em direção a um famoso restaurante da cidade. Estava acompanhado de uma mulher muito bonita e elegante.
Desconfiada que era, Sofia resolveu ligar para o namorado. Por que sair tão cedo em um dia de folga? Por que tão bem vestido? “Isso não está me cheirando bem”, pensava. De fato não estava, foi o que deduziu após a sétima chamada não atendida pelo amado. Saiu de casa apressada, em direção ao endereço escrito no cartão que achou em cima do criado mudo. Era a dica que ela precisava.
Juliano e a misteriosa mulher almoçavam animadamente. Conversavam gesticulando muito e demonstravam ter grande afinidade. O grande buquê na cadeira ajudava a compor a cena de um casal apaixonado. Sentados à mesa do lado de fora do restaurante, só deixavam de se falar quando ele atendia ao telefone ou ligava para alguém. “O desgraçado só não atende a mim!”, foi o que deduziu sem pestanejar. Fazia sentido.
Sofia era desconfiada, ciumenta, mas não era de dar show. Aguardou pacientemente – ou quase, haja vista as unhas roídas – e foi conversar com o garçom assim que o “casal” saiu. “Para onde foram eu não sei, mas eles comentavam a todo tempo a respeito de joias, aneis”, disse o homem. Sofia notava que a situação era muito mais séria do que parecia. Ficou preocupada, teve medo até de saber a verdade. Mas prosseguiu. Ainda havia tempo de seguir o carro que acabara de sair do estacionamento.
Chegando a uma importante joalheria da cidade, ela se assustou. “Ele está comprando jóias para aquela ali?”. Permaneceu no carro, atônita, esperando pelo pior. Quando os “pombinhos” saíram da joalheria com uma sacola elegante, risonhos e com um olhar apaixonado, Sofia indignou-se. Atravessou cega de raiva à rua, puxou a rival pelos cabelos com a maior força possível e a derrubou ao chão, pisoteando-a incessantemente com seu salto 15.
Mentira, ela não fez nada. Mas pensou. E continuou seguindo-os com uma curiosidade masoquista de dar dó.
O próximo destino foi o Shopping Center. “Até onde esse cretino chega?”, imaginava em voz quase alta. Quando pediram sorvete de baunilha, que era seu preferido e ele sabia disso, Sofia chorou. Estava tudo acabado e não havia mais o que ser feito. Tinha certeza que havia sido substituída. Estava pronta para ir embora, mas não sem antes dar uma última checada. Tinha muito o que falar e não hesitaria em fazê-lo. Entrou no cinema escuro olhando para baixo, tentando não ser vista. Relutava, pensando qual seria o melhor momento de dizer “umas boas verdades” ao seu ex-amor. Só não sabia que era Juliano que tinha muito a dizer. Bastou o filme começar para ela descobrir isso.
O susto de Sofia foi imediato ao se ver na tela. Montagens caseiras de momentos marcantes de sua vida com Juliano começaram a ser mostrados. Aniversários de namoro, festas de Ano Novo e até o dia em que eles se vestiram de “Lampião” e “Maria-Bonita” foram lembrados. Ao fundo, uma música que ela adorava.
A perplexidade de nossa heroína era tão grande que ela não conseguia entender o que estava acontecendo. Os pensamentos se misturavam às emoções e o que era real passava a ser figurado, talvez com um “vice-versa”. Se acham isso confuso, imagine para Sofia! Após alguns minutos de imagens, as luzes do cinema se acenderam e ela passou a olhar para as pessoas. Eram todas conhecidas e tinham um sorriso curioso. Foi quando Sofia começou a perceber o que estava acontecendo.
O famoso restaurante foi o local do primeiro encontro. O cartão no criado-mudo, a deixa para que ele pudesse ser seguido – sim, claro que ele sabia que o seria, visto que é notória a “personalidade desconfiada” dela. As rosas vermelhas, o primeiro presente. O pedido que se seguiria explica a joalheria. Quanto ao garçom, bastaram alguns trocados para que ele entrasse na jogada. O sorvete de baunilha dispensa comentários o cinema foi possível graças ao Agenor, dono da sala e grande amigo de Juliano.
“Mas e as tantas ligações que você fez?”, perguntou. “E você acha que é fácil convidar todos os nossos amigos e parentes para uma sessão surpresa de cinema?”, foi a resposta dele. Nada mais óbvio. Saber quem era a bela misteriosa era a questão final. Antes que ela pudesse perguntar, ele a apresentou. Era Beatriz, Gerente Executiva de uma empresa especializada em casamentos e grande responsável pela “Operação Casa-Comigo”, como ele apelidou.
Casaram-se no mesmo mês, com Bia sendo uma das madrinhas. Sofia mudou sua forma de pensar e agir. Deixou de ser desconfiada? “Nunca! Aliás, por que a pergunta?”, foi o que ouvi dela com ar sério, rígido, enfim, desconfiado.
Quem foi que disse que casamento faz milagres?
Toda manha quando olho no espelho vejo apenas o reflexo do desejo que não consegui realizar e o brilho dos meus olhos que hoje se apagou com medo de novamente sonhar
Morte no silêncio
A noite segue emudecida,
E a manhã custa chegar.
Eu calado aos prantos, me deito.
Prefiro não ver no que vai dar.
Ao deitar, vejo os anjos no obscuro,
Parece me privar de algo.
Tento dialogar...
Mas tudo é inútil.
Inutilidade no silêncio,
Paralisam meus pensamentos.
E fico sem reação,
Na fria noite do silêncio.
De fato um estranho silêncio.
Parece vir de uma coisa oculta.
A ele sinto uma calma.
Agora vivo numa irreconhecível serenidade.
A manhã se aproxima,
E o silêncio vai me deixando,
Aos poucos as coisas perdem o sentido.
E ao meu corpo, vou abandonando.
Sem desespero, do mundo real me desligo.
Minha alma nos céus sobrevoa.
E meu corpo volta pra terra.
Em um mundo oculto, vivo livre a viajar.
As coisas do mundo
Cantar...
A musica,
Ao amor,
A moça,
A melodia.
Cantar na manhã de todo dia.
Dançar...
Comigo,
Com ele,
Sozinha...
Para eu,
Pra você,
Pra lua...
Chorar...
A tristeza,
Agonia,
A alegria,
Dor, ódio,
Pra vida,
A perda,
A despedia.
Viajar...
Por ai,
Pra lá.
Pra outro mundo,
Pro lado de casa,
Pelos sonhos...
Viajar pelos meus obscuros
Amar...
As coisas do mundo,
O tempo,
A mim,
A você,
Ele.
O distante,
O amigo,
O próximo
O infinito.
Aquilo que desconheço,
E aquilo que mereço.
Amar a todos,
Amar a vida...
E a deus agradeço
Coisas Intocáveis
Pela manhã, canta um galo digital.
O sol reluz numa alamêda infinita.
Café com leite numa xícara quebrada.
Da sacada também vejo a rua inabitável,
Uma porta velha trancada com um cadeado.
Dentro existe uma piscina em desuso
Refletindo a plantação abandonada
Uma criança sorrindo com bolhas de sabão
Em frente de um quadro de bela imagem,
Uma ponte que faz chegar num zoológico
De rosas mal cuidadas e baldias.
Chegando à beira do lago, cena de piquenique:
Pães, frutas e vinho abençoados.
Por uma oração e um girassol bem amarelo.
Duas pessoas satisfeita de mãos dadas
Perdidas por entre o vão da cidade
Que no passado contruiam castelos de areia.
Que agora à beira da praia, tantos reveillons...
Com as mãos murchas lavando os pratos,
Enxugando os pés numa toalha branca
E o colorido a estourar no poder da memória.
Na gravura do tempo o poder da ciência.
Mil experiências coloridas em vidros intocáveis
Que o resultado é uma cor que não existe
Que guardaram num lugar seguro e gelado.
A luz não resiste a escuridão da evolução.
Com esforço, faz sombra na ampulheta que marca mas não vê passar o tempo
Nos fazendo saber que mais um ano findará.
Árvores coloridas, mesa com comida, diplomas e formaturas
Passando nossas vidas com vitórias e agruras
É mágico o tapete do tempo pendurado no armário.
Uma roupa, uma gravata. A porta colada nos retratos
Dos enfeites, perfumes, convites revelados no álbum
De um mundo tão pequeno e valioso
Prendendo nossa história no relógio do calendário.
André Amaral
Acordo de manhã, não sei se quero levantar, em saber que voçê não poderá, correr até mim, e me abraçar...
Me sinto tão só esta manhã.
Tudo é tão frio.Tão quieto.Tão incerto.
Olho pela janela
Ninguém vejo
È inverno.
Aonde estão todos?
Em suas casas
A beira de uma lareira
Vinho para o Amor.
Afinal para se esquentar é preciso estar frio.
Sempre pensei Não preciso de ninguém para ser feliz
Será que me enganei?
Tão auto suficiente
Tão dona de mim mesma
Eu quero.
Eu posso.
Eu consigo.
Pra que força?
Não tenho com quem lutar.
Ser frágil é bem melhor.
Perder também e ganhar.
Ceder nem sempre é se humilhar.
È bom deixar ser vencida.
O que é o amor,
se não um jogo de Ceder?
A vida é feita de viver.
E não saber amar é aos poucos morrer.
Caem as primeiras gotas
nesta manhã
fria e cinzenta
mas a vida prossegue
em ritmo alucinado
e muito vibrante...
Motos...
Carros...
e ônibus
todos disputando o seu espaço
Guarda-chuvas
e sombrinhas multicoloridas
vem e vão pelas calçadas
sob as marquises
e sobre as calçadas...
são abrigos de todos.
A chuva cai impiedosa
freneticamente as pessoas caminham
vem e vão a todo lugar
algumas apressadas
outras mais devagar...
Assim é mais um dia de chuva
em nossa cidade
que chamo de minha
és Blumenau...
cidade de muitas pessoas
olhos azuis...
fazem a beleza deste lugar.
(Fouquet, maio 2010)
As lágrimas do Céu
O Céu chora sobre a Terra toda a noite até de manhã,
na escuridão chora como todos os que se
envergonham de chorar;
porque a Terra tornou o seu estado lastimoso
com o mal que se infligiu em anos inumeráveis
e fez por colher o fruto da sua desonra.
E todo o dia o Céu recolhe as suas lágrimas
Para os seus próprios olhos azuis tão claros e profundos,
e chuviscando a glória do dia luminoso e leve
sorri na testa esgotada da terra para ganhá-la se ela quiser.
Outra manhã nublada, pessoas apressando-se
Minha cabeça ainda está nas nuvens
Eu sonho acordada o tempo todo
De repente, no meio de lugar nenhum
Ele entrou na minha vida
Como se nos conhecêssemos há muito tempo
No som do silêncio
O tempo ainda está passando
Tem um tipo de ligação entre nós
Que está me dando frio
Você realmente tem o poder de me levar ao céu
Está escrito há mil anos, no livro da vida
É você quem Deus fez pra mim...
É você quem está sempre nos meus sonhos...
Quem me mantém continuando quando não posso mais...
Quem eu estive procurando por tanto tempo.
De repente, no meio de lugar nenhum
Ele entrou na minha vida
É você quem Deus fez pra mim...
É você quem está sempre nos meus sonhos...
Quem me mantém sonhando, quando estou triste e cansada
Quem dará á minha vida um sentido até o dia em que eu morrer
É você o eterno e único verdadeiro amor da minha vida.
"Obrigada Senhor, pela VIDA...
Obrigada, pelo Sol que nasce toda manhã...
Obrigada, pela minha amada família...
Obrigada, por minha saúde e a de todos que amo...
Obrigada, pela oportunidade dada a cada segundo...
Obrigada, por meus imprescindíveis e fieis amigos...
Obrigada, pelo amor, mesmo que não correspondido...
Obrigada, por poder ouvir os pássaros cantando sempre tão afinados...
Obrigada, por encontrar no meu quintal uma jabuticabeira que sempre dá deliciosos frutos assim como outras variedades que possuímos...
Obrigada, pela vida do meu cãozinho, que sempre está aqui pra me alegrar e quando necessário consolar...
Obrigada, pelas lágrimas e pelo aprendizado que elas trazem
Obrigada, pela vontade de ter isso a cada dia, pois descobri que isso é a vontade de viver!
Obrigada, pelo simples fato de poder agradecer!!!"
Quando acordar pela manhã medite na beleza da vida; à tarde demonstre apreço por ela e, quando chegar a noite no silêncio do teu quarto, medite o quanto você foi importante para aquele dia, e então te lembrarás do teu Criador.
Pela manhã, me vês caminhar pelas ruas, alegre e desajeitado. Pela noite, não me encontras, pois estou escondido dos olhares que me buscam.
24 horas...
''Pela manhã ,
poderia dominar o mundo.
Como o sol, a alma inteira,
era a rainha, a poderosa.
Tudo era meu
e o que não fosse seria,
bastaria só eu querer.
A hora do almoço,
as pernas davam sinais de que,
se o objetivo fosse muito distante,
o combustível teria que ser
mais atraente.
Nada que um cochilo furtivo
pra relembrar dos objetivos
e abrir os olhos com novas energias
não viesse a resolver.
No meio da tarde
uma sensação de que não vai dar tempo.
Nunca dá, jamais daria,
nunca vai ser humanamente possível realizar tudo.
Mas quem disse que seria bom se a gente conseguisse ?
É sempre bom deixar um pouco pra amanhã.
Um pouco de si mesmo pra encontrar depois,
um pouco de um outro pra procurar,
projetos e planos.
Quando o sol ameaça despencar no horizonte
não dá pra saber quantos quilômetros você correu,
as vezes parece que tudo esta avançando como uma tartaruga apressada,
outras vezes em minutos todo seu destino foi mudado
e você nem percebeu como.
Noite alta
tudo cansaço , corpo, mente, inteligência, graciosidade.
Mas quem disse que acabou:
a maquiagem descansa a mente,
o banho cuida do corpo,
o álcool muda a noção de inteligência,
um salto bem alto devolve a graciosidade e o poder,
o cheiro da noite traz a esperança do dia seguinte,
o sono misturado com os sonhos traz o sol
e gira a roda do destino por mais 24 horas.''
Foi de tanta tristeza que meus olhos choram,se chocaram como em uma orbita e pela manhã tudo parecia como um espelho quebrado.Não sabia como resistir foi tão forte,queria que tudo se apagasse,fosse embora não queria sentir tudo aquilo…Não havia uma maneira de juntar os vidros,simplesmente ao tentar meus dedos eram cortados,os vidros tão finos que me machucavam apenas em um tocar.Queria então ter certeza de alguma coisa,mas nada me vinha a cabeça,os vidros no chão,dedos cortados era apenas o que senti,não podia tentar descrever nada melhor que isso,ninguém me entendia de nenhum jeito.Meu coração assim como aqueles cacos de vidros foi se quebrando pouco a pouco de uma maneira que hoje sinto como se não conseguisse junta-los,sem que eu me machuque.
Acordei, de manhã a chuva caindo e tudo vazio, pensei que estava sozinho mais também pensei quem estava sozinho na rua, com frio, sede, fome e sem o brilho no olhar sonhei que tinha passado a noite sozinho com ninguém nesse mundo ao não ser eu . E só iria fazer sentido se você estivesse aqui, comigo .
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