Metro
A Morena de um metro e cinquenta.
Ela com os seus cabelos cacheados, por onde passa encanta.
Ela é tachada de brava, chata e deselegante.
Mas tem um coração impressionante, mas somente quem tem a capacidade de admirar além dos seus olhos terá a capacidade de enxergar a sua beleza exuberante da sua alma e a sua essência.
Mulher guerreira, determinada não deixa o desaforo de lado, mas é uma princesa somente para que mereça.
Morena linda de um metro e cinquenta.
Hoje vi o avião batendo asas, vi o metrô mostrando a língua e os carros carregando folhas. Escutei o ônibus fazer “MUUH”, a moto “relinchando”. Devo estar sonhando! Mexi nos olhos e de primeira acordei. Minha família estava toda animada por que iriamos ao sítio. Deve ser esse o motivo de ter sonhado com essas loucuras.
Pronto! Nos arrumamos e saímos. No caminho tudo normal, vi o avião com suas asas imóveis, deixando todo o trabalho para a turbina. O metrô sério, como sempre, os trabalhadores em seus carros, o ônibus com suas buzinas e a moto com aquele barulho do escapamento.
Chegando no sítio, aparentemente está tudo tranquilo. É, isso era o que eu esperava. Olhei para cima e vi uma ave com turbina, assustado parei de olhar para cima, olhei para o lado e vi uma cobra com sua língua que não parava de mexer. Até aí normal, não é? E se eu te falar que ela era inteira de aço? Estranho!
Olhei para baixo… Ufa!! Vi formigas, olhei mais de perto e estavam com rodas. Aí não deu outra, entrei em desespero, o pior foi ver a vaca com janelas e o cavalo com escapamento. Nossa! Acho que enlouqueci! Não é possível que de novo eu dormi… Me belisquei imediatamente na intenção de acordar. Ou estou louco, ou minha mente está muito fértil.
Abri os olhos, ufa! Está tudo escuro, estou na minha cama, mas aí escuto barulhos: “Miau, Miau”, “Uau, Uau”. Levantei para averiguar... Droga! Era o velotrol e a bicicleta do meu filho brigando de novo.
Ela queria bater com os pés e gritar e falar bem alto, comer até ter um metro e oitenta de altura e depois fugir.
Finge que sou aquele livro,
aquele que você lê no metrô:
Me lê, me entende;
molha os dedos na língua
e passa as minhas páginas.
Me surpreende.
Gentileza: Ceder o lugar
Ceder o lugar
Seja na terra ou no mar;
No metrô ou no ônibus;
No trânsito ou no ar.
Gentileza é tudo.
Esperançoso, Gonnifer arrancava com os punhos, as quiçacias enterradas a meio metro de profundidade, no solo íngreme do penhasco, na intenção de que uma daquelas ervas, fosse a profetizada raiz vermelha.
No metrô
Passei pela Luz
Não a via
Passei pela Liberdade
Não havia
Passei pela Consolação
Não ouvia.
João Luís dos Santos
Há tanto charme na fusão dessas lágrimas, salgando seu drink gelado , enquando percebe que na metropole vázia o dinheiro não traz alegria.
As vezes eu sinto que você está a um metro de distância, mas quando eu acordo você está a milhares de distância.
Metro Quadrado
Entre poeira desceu o sol
o chão que as rodas amassavam mudou de aspecto
as árvores viraram pasto e o rio tornou-se pedra,
fazendo a sede assolar a comunidade
em pouco tempo, a comida escasseou,
os animais dos produtores das cercanias morreram
e as máquinas agrícolas derrubaram o que restava
Na cidade, todos assistiam à televisão falar que
o agro é pop e que aquilo era progresso brasileiro
mas só sabia a verdade quem era morto pelos madeireiros
Sem firmamento dado pela vegetação, a terra cedeu
e muita gente morreu no deslizamento
muitos se chocaram, a prefeitura disse que contratou engenheiros
e tudo estava nos “conformes”, mas isso não diminuiu a força da natureza
e o estrago feito em tantas famílias pelas perdas
Não bastaram os milhares de hectares, os homens queriam mais
eram garimpeiros, eram grileiros
até os indígenas foram embora
tiraram as onças, os tamanduás e por fim, as pessoas
Debaixo da massa de poeira que entrava pelas narinas
sufocando toda aquela quantidade de gado,
lá sobraram os culpados procurando mais algum metro quadrado.
Nó Rapadura
O teu lenço gaúcho
deve ter um metro
de comprimento,
deve ser de seda,
que você nunca
na vida se esqueça,
quando o teu lenço
for vermelho
o teu nó é Maragato,
que é nó Rapadura,
e que é nó de Quatro
cantos para vestir
a pilcha com nobreza.
Como o metrô, a vida é uma jornada de idas e vindas, de encontros e despedidas, onde cada passageiro carrega consigo histórias, sonhos e destinos únicos, lembrando-nos que, no final, todos compartilhamos o mesmo percurso rumo ao desconhecido.
TREM DAS 05:00AM
O dia mal havia raiado e você estava lá, acordada, na estação de metrô, esperando por ele. Tantos "bom dia" lhe foram dados, visto que todos ali já te conheciam. Ninguém nunca entendeu o porquê de sempre chegar no mesmo horário, sentar muitas vezes no mesmo lugar, e não fazer nada, além disso. Você esperou tanto por ele, e ele sempre esteve lá, vivendo como sempre vivia. Você desmarcou compromissos para encontrá-lo, mas quem disse que ele abriria mão dos próprios compromissos? Quem disse que ele retrocederia a própria vida por você?! Você o amou e esperou, e agora estava ali, entrando no primeiro vagão daquele trem, pois percebeu que devia amar alguém, que pudesse te encontrar na mesma estação.
À quilo, à metro ou na medida certa tudo pode ser calculado com uma mente educada, instruída e programada para o bem de todos.
SERTÃO.
Shopping aqui não tem
não tem rua asfaltada
nunca vi metrô e trem
e nem casa conjugada
aqui nosso maior bem
é orar e dizer amém
pela terra abençoada.
RINÓPOLIS - a cidade da minha infância; sem metrô, nada de relevância.
Na balaústra do portão, o padeiro deixava o pão; apertava a buzina estridente, fixada na carroça azul, com a mula amarrada na frente.
Às seis da tarde, via a noite chegando, ao som do sino tocando, meu pai na Belina chegando.
A área comercial, tinha o bêbado oficial. Dormia ao chão atirado, com repulsa social; às vezes falante, em outras deprimido, mas por todos conhecido.
Quando ligava o auto falante, e tocava a `Ave Maria`, de longe já pressentia: alguém havia partido. Era hora de silencio, pra saber do falecido.
Sorridente ou infeliz, aos domingos de forma sagrada, o povo cercava a matriz. Grande era a movimentação, o padre Miro finalizava o sermão, os bancos eram disputados, e os diálogos encetados.
O cardápio era bem limitado: sorvete, pipoca ou amendoim ensacado (cru ou torrado).
Dali um dia parti, para um rumo desconhecido; vinte anos mais tarde voltei, quando então me assustei, com o que tinha acontecido - era um filme repetido.
Tudo estava no mesmo lugar. O velho taxista, com seu Fusca foi me buscar.
Achava a vida meio parada, mas na verdade, era apenas descomplicada.
Era um tempo de buscar o barulho, o tumulto, agitação, progresso e competição.
Agora, sinceramente, confesso: hoje penso no regresso. Com o passar dos anos, se descobre que a vida, quando corrida, passa rápido e despercebida.
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