Mensagens sobre o Vento
Brisa da tarde, vá onde não posso,
abraçar a quem quero bem,
traga de volta um abraço,
porque eu quero também !
O Ruir do Tempo
Toca o tiquetaque do relógio,
No tique ignoro o tempo,
No taque pergunto porquê.
Segue o segundo do sonho,
Enquanto segue eu sorrio,
No segundo seguinte esqueço.
Vai a minha voz ao vento,
Quando ela vai eu acredito,
Até o vento parar em ninguém.
Rui o ruído ao romper do passo,
No romper aspira ser pegada,
No silêncio rui até ser nada.
Toca o tiquetaque do relógio,
Empurra o sonho mais um segundo,
Com uma voz mera brisa no tempo
E um passo onde só o silêncio passa.
Medo de Acertar
Vento que tocas mas nunca agarras,
Gatilho que primes sem ver o alvo,
No tempo que sabes não poder ser.
Guitarra há muito de cordas partidas,
Semente que regas debaixo da pedra,
No sítio que sabes não pode ser teu.
Caminho que avanças e não tem saída,
Janela que abres para a outra parede,
No sonho que sabes nunca te pertenceu.
Tecla que primes com a letra errada,
Aríete que usas em porta aberta,
Nos braços de quem não sabe abraçar.
Palavra que percebes ser a correta,
Azimute correto que não ousas seguir,
No irracional medo de um dia acertar.
O cata-vento jamais atrai o mesmo evento. Devemos refletir observando os sinais de um novo advento.
Vento... por quê não me levas daqui?
Eu caminho pelas ruas sem rumo.
Tu, bagunça e emaranha meus cabelos na envolvidão da tua dança.
Me sinto só, mas quando vem ao meu encontro, me abriga, acalenta o meu coração.
Ah, porque me bombardeias com um turbilhão de pensamentos toda vez que me debruço no parapeito de minha janela, quando o silêncio da madrugada insiste em me manter acordada?
Vento, leva a minha voz
E vê se encontra o meu amor
Nada faz sentido nesse mundo sem o seu amor
Me sinto assim meio sem rumo
Viajo no meu disco voador
Te procurei no oceano
E quase que eu me entrego a solidão
VENDAVAL NO CERRADO (soneto)
Áspero, entre os uivos, em lufadas nos buritis
De um constante sussurrar de uma ladainha
Prelado em prece, bailam nos galhos os saguis
Na imensidão, quando a tempestade avizinha
Rezas sobre a melancolia, agitam os pequis
Sobre o cerrado, badala o sino da igrejinha
E, em refrega, no céu, desenha o arco-íris
Grassando poeira tal qual a erva daninha
Bufa, num redemoinho em tal longura
Que abres no horizonte em chiar bravio
Gemendo o sertão num suspiro funeral
E invade, como guerreiro, toda a secura
Do chão, num comando do seu assobio
Avança atroz no planalto... o vendaval
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23/01/2020, Cerrado goiano
" Quando o vento canta, meu coração balança, quando vento assovia, meu corpo arrepia, quando
vento acelera, o amor ja era, quando vento para, ė na solidão que você repara"
Os pássaros ressoam melódias
Que estão escritas nas distantes estrelas
As águas caminham sobre a praia
A lua usa do seu brilho pra exaltar a sereia
Minha alma aquece nesse gélido momento
Em que o vento leva toda a solidão
Meus descalços passos me dão sentimentos
Que se moldam em asas com cor de paixão
Se eu seguir o brilho pintado no mar
Posso até achar um pote de alegria
Quero desenhar e pintar na lua
O meu tesouro feito da mais pura magia.
#Quem #é #capaz #de #amar...
E trair ao mesmo tempo ?
Será eu ?...
Será você ?...
Talvez o vento...
Responda quem puder...
Essa minha indagação...
Doar sem receber...
Receber sem merecer...
Alguém merece a confiança ilimitada?
Acreditar que dali não viria...
A cruel punhalada...
Trai com um sorriso...
Em ato banal...
Sentindo alegria...
Enquanto faz o mal...
Colecionar decepção...
Para mim não é normal...
Aperta meu coração...
Perco a fé ...
Desistimula a crer...
Nas pessoas por final...
Em mais um dia...
Compreendo então...
Embora não aceite...
Tamanha ilusão...
De onde menos se espera...
Na alma se recebe a punhalada...
Ao traído um triste ai...
Para quem traiu ...
Não foi nada...
Sandro Paschoal Nogueira
O que pode acontecer comigo?
Que já não tenha me acontecido?
Amar o Vento...
Indolente ou encontrar o equilíbrio?
Navegar em mar de raios que se revela...
Sem razão aparente...
Sem dor...
Tocar o lume acendendo as manhãs...
Ter na mente, no coração, no silêncio...
Uma força, um sentido...
Transborda-me em doçura...
Minha maneira de enlouquecer...
Única e intensa...
Mãos trêmulas de tanto querer...
Se o que me resta ainda sonhar...
Me cabe mudar em mim a sorte...
Mostrar o meu o rosto no crepúsculo...
Antes da dança da morte...
Sem asas ...
Preso ao chão...
Quero alto poder sonhar...
Me encantar com a vida...
Em cada olhar...
Sandro Paschoal Nogueira
O vento sopra e no alento que deveria ser sossego traz angústias e perturbações, muitas vezes o coração intranquilo chora, o pranto passa a ser familiar, é nesses momentos de intensidade feroz que mais chamamos ao senhor, clamamos pelo socorro, de fato é onde devemos guardar nossas revelações, pois é o altíssimo capaz de mudar o rumo dos ventos e também fazê lo soprar para longe afastando tais aflições, esse é mais um momento que invoco o senhor em nome de Jesus, para que atente a calma e a paz em nossos corações, seja eu e você contemplados com a sublime bondade do espírito do senhor.
Giovane Silva Santos
#Vem #aqui...
Esquece do tempo...
Tenho muito a lhe dizer...
Quero lhe falar...
Aqui é o melhor lugar do mundo...
Para a gente se encontrar...
Fácil amar...
Tudo começa com um olhar...
Quando as mãos se tocam...
Quando a lua faz companhia...
Quando a estrela cai...
Em perfeita sintonia...
Sei que quer se sentir amado...
Não se deixe mais ser enganado...
Colocando o juízo de lado ...
Quando entende tudo errado...
Porque assim quer ser...
A vida é um momento...
Um abraço ao vento...
Um sonho a ser realizado...
Espaço a ser preenchido...
Vem aqui...
Vem comigo...
É fácil amar...
Tenho muito a lhe falar...
Meu coração é porto seguro...
Aqui é o melhor lugar do mundo...
Para gente se encontrar...
Sandro Paschoal Nogueira
— em Conservatória, Rio De Janeiro, Brazil.
POETANDO O VENTO (soneto)
Melancólico, gemem os ventos, em secas lufadas
No cerrado do Goiás. É um sussurrar de ladainha
Em tal prece, murmurando em suas madrugadas
Do planalto, quando a noite, da alvorada avizinha
Sussurros, sobre os galhos e as folhas ressecadas
Sobre os buritis, as embaúbas, e a aroeira rainha
Que, em torpes redemoinhos, vão pelas estradas
Em uma romaria, lambendo a sequidão daninha
Bafejam, num holocausto de cataclísmica rudeza
Varrendo os telhados, o chão, por onde caminha
Em um cântico de misto de tristura e de euforia
E invade, o poema, empoeirado, com sua reza
Tal um servo, em súplica, pelo trovar se aninha
O vento, poetando e quebrando a monotonia...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/01/2020, 05’35” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Hoje escrevemos cartas para ninguém.
Passamos horas e horas escrevendo textos ao vento.
As palavras vão se perdendo enquanto imaginamos se alguém chegará a ler.
Não existe mais um endereço e muito menos um amor.
Talvez um desabafo para lugar nenhum em um tempo qualquer.
Mas mesmo assim escrevemos.
Talvez seja a saudade de um tempo que palavras faziam sentido.
Um tempo onde o pensar era virtude.
Mas bem, mais uma carta ao nada, que talvez encontre um alguém que faça sentido.
Árvore
Olhe que bela árvore
São belas amigas
São verdes são altas
Formosas e antigas
Árvores são livros
Que guardam histórias
Escritas nas folhas e nos galhos
E assim vencem o vento
Árvores são vozes
Que cantam ao vento
Vencem a dor da serra
Caindo ao solo sem chorar
É frio.
Na noite as trevas são pura escuridão.
Triste bate meu coração.
Meu corpo treme.
Meu canto é triste.
A solidão insiste.
O vento geme.
É frio.
A noite brilha com o brilho das estrelas e do luar.
Meu corpo se aconchega no teu.
Tuas mãos a me acariciar.
Uma sinfonia nossa sintonia… o melhor som no ar a espalhar.
Tua companhia tudo encanta.
O vento canta.
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