Mensagens de Sol

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Que a alegria do mundo venha
E que tenha o aroma
Do vinho mais puro
E a cor da luz do Sol
Se essa branca luz
A taça atravessa
Mesmo que o mundo a beba
E permaneça escuro e cego
e não perceba-lhe o cromo
Amor, aroma, o odor, a presença
E desconheça a dor que me causa a sua ausência
Eu só peço à alegria que o faça
E se ela tiver tempo pra fazê-lo
Lhe lanço ainda, outro apelo ...enfim:
Se possível e por favor
Eu lhe peço que venha linda
E que tenha pressa
De depressa juntar-se a mim.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

A maior alegria que existe
É a de não saber-se triste
Receber calor do Sol
E boas recordações
Que haverão de vir no inverno
Receber de bom grado
A tudo que vier
Tristeza há de vir também
E passar
Vai passar sem ser vista
A eterna alegria
Não é algo que se conquiste
Se algum dia que a tristeza vier
Eu me agarro à alegria
Que estiver mais perto
Decerto essa vez
A tristeza nem vai perceber
O quão triste me fez.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu quero a chuva
Num dia de Sol
No mesmo Sol
De uma manhã de inverno
Eu quero a sorte
de noite estrelada
Que seja hoje
e de novo amanhã
Calor de Sol
Numa blusa de lã
Espero
A curva lá da ventania
Eu quero vida na vida
E se eu pudesse querer
Outra coisa qualquer
Desejaria que ela fosse
Linda
Linda como a chuva
Num dia de Sol.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

"...O Sol do outro lado da rua
Escreve um recado na Lua
E me diz que pode haver
Outros Sóis mais brilhantes
Mas que o Sol menos distante
Brilha mais"

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Sobre o Sol que nos encobre
Hoje eu queria saber
Que será que ele sabia
Estarmos nós aqui
Ou será que ele só alumia
Sem sequer imaginar
Sobre a poesia que nos inspira
A luz derramada
Por sobre os nossos dias
Os caminhos da vida
E os desalinhos das trilhas
E, que apesar de tanta luz
Não sabia de nada
Somos nós, tão pequenos
Que apenas nos cabe viver
Sem nunca...jamais conhecer
O tamanho do alcance das suas vistas
É tão estranho
Ver o Sol lá no Céu, todo dia
E não saber
Que será
Que ele brilhava tanto
A buscar companhia
E no entanto
Solidão era só o que sentia.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Longe se vai
O tempo que eu fui menino
de cara queimada de Sol
Joelho repleto de machucados
de quem sobe em muros
Cai de árvores
Maceta mármore em lata
Corre atrás das pipas
E não pára quieto um instante
Lá se vai ao longe
O tempo do Sol a pino
A rolimã que rangia
A metade de um dia eu tinha
Pra resolver os problemas
Que arrumava de meio-dia em diante
Sem atentar para o fato
Que eu já os tinha e eram muitos
Eram tantos
Que até hoje minh'alma duvida
Que mesmo se hoje eu tivesse
Toda calma que existe no mundo
Eles pudessem ser resolvidos
Em somente uma vida
da mesma maneira que
Naqueles dias que longe se vão
Sem pensar, eu apenas desatava
Em questão de segundos
A mesma espécie de emaranhado
Que hoje, me faz calado e me dói no peito
Pois um dia a gente cresce
... e esquece
como era o jeito que se fazia.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Eu hoje abri a janela
Vi que o Sol brilhava lá no Céu
Ainda outro dia
Eu estava num lugar distante
Ainda outro dia
Eu era outra pessoa
Ainda outro dia
O Mundo era um lugar muito bom
E a vida era boa também
Agora
O Sol ainda brilha lá fora
As outras estrelas
Se apagaram quase todas
Os ventos que sopravam
As folhas que caiam
A água me parece
Ter-se evaporado
Hoje o novo dia
Me trouxe a vida nova
Mas hoje eu vejo
O quanto envelheci também
Talvez eu tenha me esquecido
A outra vida e o outro eu
Num canto qualquer do passado
Hoje, além de mim
Ninguém percebeu
Que o Sol ainda brilha lá fora
Com a mesma linda intensidade
dos dias de outrora
E os dias tem sido assim
Parece que agora ficamos
Eu e o Sol
E talvez por algum tempo
O Sol ainda brilhe lá fora.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Quando é noite
O Sol do outro lado da rua
Escreve um recado na Lua
E me diz que pode haver
Outros Sóis mais brilhantes
Mas que o Sol menos distante
Brilha mais
Tem noites em que a voz do vento
Diz tanto
Quanto todas as vozes juntas
Mas, se alguém quiser entendê-la
É preciso um coração calado
Pois o silêncio já sabe as perguntas
E as melhores respostas
Serão sempre insatisfatórias
Quando a mente brilhante
Se encontrar brilhantemente
Abastecida dos melhores ventos
A noite mais escura
É sempre aquela
Que permite conhecer
A paz que emite
Simples, singelamente
A voz da vela
É preciso um pouco mais
Pra tentar ouvir o que ela fala
Perceba que em noites assim
Mesmo a luz da maior estrela.
Humildemente se cala.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Antes que escureça
Faça sombra à luz do Sol
Os escombros do coração
Destoam daquela coisa
Pura e boa
Que a gente queria
Ainda outro dia desses
Linda como coisa à toa
Voa lá distante agora
Mas dá tempo de vê-la ainda
Antes que escureça
Pois toda escuridão tem começo
E singular é a vida
Isolada, uma ilha
Perdida, perto do nada
Até que, então, se perceba
Ou não
Que as coisas simples
Não podem ser divididas
Devido à própria simplicidade
Que as torna complexas
Mas podem sempre
Ser compartilhadas
Quando entardece
Às sextas-feiras
Primeiro
E antes de tudo isso
Esqueça o preço da vida
Pois a vida é graça
E dá tempo de vê-la ainda
Qual lembrança
de alguma linda canção
Que o coração cantava em silêncio
Um lenço branco acenando
Igual despedida
Um adeus lá no horizonte
Hoje, fatalmente
A vista cansa
Ao final do dia
Antes que o dia escureça.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Hoje o Sol
Parece meio apagado
Assim como
de vez em quando
Você tem a sensação
de ter sido
deixado de lado
E ficou sem nenhum amigo
Sorria
Feche os olhos
E voe até certos lugares
Onde normalmente você não iria
Enxergue que nesses lugares
Existe
Muita gente
Se sentindo assim, também
Elas são
Muitas mais
Que você pensa
A diferença existente
Entre você e elas
É que elas não contaram pra ninguém
E, talvez sua passagem por lá
há de deixá-las
Um pouco mais contentes
Pense somente
Que a sua solidão
pode tornar-se uma coisa boa
Pois dali
Haverão de sair
As palavras que vão melhorar
As vidas de outras pessoas
Não existe nada nesta vida
Que possa ser
pra sempre esquecida
E não há nenhuma vida
Que se possa viver à toa.


Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

Chuva no chão
Calor de Sol
Raios de nuvem
Na linha do horizonte
Junto aos montes
Alguma coisa tinge o Céu
de cor maçã
Nesse momento eu percebo
Que deixei de perceber
O quanto a passagem dos dias
Foi minguando, de fato
As dores e alegrias
Que eu sentia
Agora
Os dias são apenas dias
Minh'alma já nem sofre
do doce ensimesmamento
Ao qual se recolhia
Nas madrugadas caladas
O coração quase que pára
Pouca coisa resta
O Passar do tempo
tem poder
de aparar arestas
e minimizar o efeito
das pedras que ficavam no caminho
E adentravam os sapatos
A ciência que eu que não tenho
é compensada
Pela vivência de tantos
Pores-do-Sol
de fato
Aqueles de nós
Que conseguem chegar nesse lugar
Poderiam sentir , quem sabe
Estranha estupefação
Mas há tanta calma no coração
Que tal coisa não mais lhe cabe
Resta-me, quem sabe
Dirigir aos Céus uma oração
de gratidão
Por tamanha mansidão
Que o tempo me trouxe à alma.

Edson Ricardo Paiva

Inserida por edsonricardopaiva

⁠"Passarinho, fim de tarde
Pensamento, Sol que ardia
Finda o dia, nunca é mais um dia
Há um só momento, uma hora boa

O gosto de voar contigo assim
Breve instante em que eu te olho
E vejo em meu pensar à toa
Qual se fosse um passarinho

Eu trouxe o meu sorriso pra mostrar
Você nem viu, não veio
Não existe olhar que alcance

Passarinho foi-se embora
O olhar ao longe chora, ecoa
Pensamento não se cansa, voa. "


Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva


"A Beleza da vida
É o Sol lá no céu
Numa noite de chuva
É saber sentir
Quando não houver"

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Sós, sob o Sol
Assim que todos nós nos sentiremos
Após muitos sóis
E depois de uma porção de céus
Não, a vida não foi tão breve assim
Nem todo céu tão leve
O segredo do deserto, que de perto é nada
é só saudade do silêncio que me viu passar
Um lugar perfeito, todo feito de verões
Onde Juntos caminhamos
Pouco importa, estamos sempre sós
Se fizemos coisas importantes
Sem deixar nem sombra
Nem lembrança e nem certezas
Nada que se vê, não temos
É só uma nuvem de pássaros a vida
Que se espalha, se desfaz
Chegam perto de vez em quando
Até parece que nos toca e segue a vida
Chega um dia em que ninguém
Nem chora mais, ensimesmados
Deixa de lado, se vai como um embriagado
Desiludidos dessa falsa embriaguês
Uma estrada descalçada, ilusória
Estrada só...sob o sol que brilha
Uma trilha escura, falsa iluminada
Deserta, que de perto é nada
Só o silêncio da saudade
Que teve um dia uma ilusão de ver passar.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

"Desde muito cedo
Antes mesmo de nascer meu Sol amigo
Me prestei e esquecer meus medos
E me emprestei a um ser só
Que era eu
Trazendo nas mãos, nada mais que dez dedos
Escondi no coração muito mais que vinte medos
Do lado da minha paz
Minha paz, há muito esquecida, espalhei
Meu Sol se pôs
Meu medo escondido, só pra mim guardei
Pra depois do fim da vida."

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Há momentos
Que valem uma vida
Como andar na chuva
Olhar pra cima e perceber
Um raio de Sol que a invadiu
Chove dentro de você
É preciso uma miragem
Uma fagulha frágil
Um sonho em forma de mensagem
Num milagre, a lucidez
Era preciso uma visão
Que talvez não te venha jamais
Não dessa forma sucinta
Veja, chove no papel
E o presente é uma tinta que o borra mais
É querer ouvir a própria mente
Enquanto a mente, propriamente, não se cala
Há momentos
Que podem valer uma vida
Um pensamento que te aguarda há muito
Paciente, lá no fundo do quintal
Até que a mente se aquiete
E pense até ser ouvida
Por enquanto é tudo que lhe resta
No entanto
Esse momento vale uma vida.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠A vida era
Toda ela, um vaso de alabrastro
Um prazo que não venceria
O Sol na chuva, era alegria
Era a felicidade, a verdade sobre a mesa
Um astro de primeira grandeza
Era harmonia
Comedida em seus excessos
Ah, essa era a vida, ela excedia
Não era, ela não era não
Era uma mão que se escondia
Oculta com propriedade
Tangia as cordas da vida
De modo tão perfeito
A justa forma ela imitava
A gente se iludia tão perfeitamente
O vento leve, o tempo breve
O espelho que não se mostrava
Era a vida uma centelha
Um prazo que nos vencia
Ele venceu
Essa era a vida
Este sou eu.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

⁠Esqueça a vida e cresça
Essa história começa
Quando o deus-Sol questiona a Deus
Se deveria concentrar sua atenção
Mais ao atol, perdido no infinito
Ou se ao varal onde, estendidos meus lençóis
À luz do dia refletiam sonhos tão bonitos
Invisíveis aos olhos de ver
A dúvida da estrela
O olhar de Deus
Sonhos de linho
Espinho que se pisa sempre que se pensa
Estar vivendo a vida como a vida quer
Esqueça a vida e viva e deixe
Que um feixe assim, de luz, ilumine
Seu sonho esquecido, indivisíveis sonhos meus
A luz do dia, vida uma oração
Eu sei que o mundo me esqueceu
Porém, Deus não.

Edson Ricardo Paiva.

Inserida por edsonricardopaiva

Fatalmente mais um dia
Onde voavam borboletas
enquanto o Sol sorria
Inexoravelmente
outro dia parte
Eu descarto desta vida
mais um dia
Enquanto esta vida assim
não me descarte
Outro dia fatalmente parte
E leva com ele
uma parte de mim
Igual a todo dia
Onde o Sol sorria
iluminando novamente
este chão
onde eu piso
desliza velozmente
me derruba
ri de mim
Termina outro dia
outro amanhã
a vida afia
Que em breve virá cortante
Constante
instante após instante
e partirá novamente
me deixando aqui
no meio dessa gente
Que caminha normalmente
e gentilmente desvia
de mim
Mais um dia, que pra mim
Sem Sol, nem borboletas
Partiu
Como cada dia sempre parte
Um dia, dia
Haverei também de pisar-te
Cortar-te, esquecer-te
e abandonar-te
Igual a cada dia desta vida
Que partiste
e te foste
sem mim.

Inserida por edsonricardopaiva

Abaixo do Sol
depois de outra noite
sem sonhos
Tanta gente acorda
E se propõe a sonhar
Portanto se lavantam
E se põe a correr devagar
Por uma estrada acidentada
Que a bem da verdade
Ninguém sabe onde ela conduz
Talvez não leve a nada
Inconscientemente acordados
Fazem um acordo consigo
Abaixo do Sol
Muitos sonhos amansam
Tristonhos
Se lançam à vida
Numa dúvida doída
A única certeza
é que as folhas caem
após o outono
Mas os sonhos não descansam
Talvez seja por isso
Que em certas noites
Eles não vem durante o sono.

Inserida por edsonricardopaiva