Menino e Menina
“Com a prática fiel das virtudes mais humildes e simples, tornaste, minha Mãe [Maria], visível a todos o caminho reto do Céu”. (Santa Teresa de Lisieux / Santa Teresinha do Menino Jesus).
– O que fazemos quando nosso coração dói?
– Nós o acolhemos com amizade, lágrimas compartilhadas e tempo, até que ele volte a despertar esperançoso e feliz.
Quando as coisas grandes parecerem estar fora de controle... concentre-se no que você ama e está debaixo do seu nariz.
Richard era um menino indeciso, confuso, vivia se perguntando se o que fazia era certo ou errado. Havia momentos em sua vida que lhe eram horríveis, procurava as soluções das coisas, mas infelizmente não as encontrava. Vivia se perguntando qual eram suas razões de viver. Às vezes parecia-lhe que já estava morto. Amava dolorosamente, um amor que não voltava para si. Aquilo lhe doía, e doía muito. Durante algum tempo esperou, esperou por alguém que lhe amasse, mas esse alguém não chegava. Estava ficando cansado, estava quase desistindo de um mundo onde o dinheiro e a beleza eram o topo da hierarquia. Sua a fé em Deus era o que lhe mantinha vivo.
Meu Deus me tira desta solidão insuportável! – dizia. Sua esperança acabou, sua fé se esgotou. “Perdoa-me meu Deus por estar desistindo desta vida que me dera com tanto carinho”.........
No dia vinte e sete de junho do ano de dois mil e três fora encontrado o corpo de Richard Oliveira junto a um cartão que continha a seguinte frase:
“A voz do silêncio, aqui debaixo desta terra, onde os vermes saciam a fome com este corpo que fora rejeitado enquanto vivo, está sendo bem menos dolorosa do que minha espera por aquele alguém que nunca chegara até mim”.
HOMEM MENINO
No homem que se diz menino
Um gentil cavalheiro, herdeiro da paz
Inebriada, deixo as dores lá atrás
Colorida surpresa, um real desatino
Uni [verso] de [in] versos, descortino
Da mansidão doce, que envolve tenaz
A lírica ternura do canto, audaz
Incita desejos, com olhar de felino
Exposta em resposta, a tudo imagino
Urgente meu corpo, suplica mordaz
Atiça e provoca; vem ser inquilino
Pertinaz, me mostra teu ser libertino
O prazer delirante em apetite voraz
Esqueça a candura, te quero ferino
Eu conheço um menino, no começo ele parece ser diferente, a garota se apaixona, ela abre seu coração por inteiro, sem nenhum espaço preenchido, ele muda completamente e destrói os sentimentos da garota, ela se acaba por dentro, seu coração está despedaçado como cacos de vidro pelo chão, ela se arrepende e jura que nunca mais irá entregar seu coração pra um estranho... mal sabe ela que tudo virá novamente e ela nem perceberá.
O poderoso saber
Uma vez um menino que sabia de tudo encontrou um menino que não sabia de nada.
O que sabia tudo começou a falar de todas as maravilhas do mundo: de como era a ciência mais complexa, de todos os cálculos incalculáveis, de todos os seres existentes desde os visíveis até os não visíveis, porém com tanta precisão, esqueceu de sonhar; se perdendo em sua magnitude forjada. O menino que não sabia nada o olhava com ar de curiosidade, como se aquele menino fosse um novo Deus. Como saber tudo de tudo? Ir além do impossível? O que eles não sabiam é que as coisas mais importantes não são explicáveis, as palavras não são o bastante para entendê-las. Não importa quão conhecimento alguém tenha, ele sempre será limitado por nós mesmo. Afinal o verdadeiro conhecimento é a sabedoria e não o poder. Portanto não existem fronteiras entre pessoas, somos sempre insignificantes perante a vida, a mercê de um futuro que se torna real a cada instante.
Nem por segundo abandono meus sentimentos - menino to maluka ja sou uma -mulher e vc um garoto, vc me enfeitiçou nao tem idade pra se amar ,mas tem idade nem pra se entregar,sou mais velha nunca vai rezultar, so vai piorar ADEUR PK???
EU SEI O QUE QUERO ....
SIMPLESMENTE VC AINDA NAO!!!!
No dia em que nasceu o menino ele não sabia de nada e chorou, no dia em que estava para morrer o homem sorriu, isso ninguem sabia porque.
O DIA DAS CRIANÇAS E O MARTIM PESCADOR
Naquela manhã de doze de outubro, André, um menino de apenas seis anos de idade acordara cedo na esperança de receber logo o presente do Dia das Crianças. Ao passar pela pequena varanda, observa no alpendre a gaiola dependurada com o pássaro Martim Pescador, cujo brilho colorido e esverdeado nas asas, suspendendo em todos instantes a fina película que revestem o globo ocular com a presença do guri ao seu lado.
Inerte, o pássaro apenas acompanha os olhares do pequeno, transmitindo a tristeza no canto das talas do engradado. Logo, inquieto e curioso indaga:
- Hei! Amiguinho. Por qual motivo você está triste? Eu ainda não ouvir você cantar. Sabe. Hoje é um dia especial, é o dia das Crianças.
O passarinho levemente e sem pressa, mergulhado na melancolia suspende a sua plumagem verde-azulada, responde:
-Vejas! Eu estou aprisionado neste cubículo. Não posso viver, não posso cantar, não posso voar e muito menos pescar no riacho.
As palavras ditas com comoção invadem a alma de André, residente na localidade ruralista do segundo Distrito da cidade de Caxias, Estado do Maranhão, denominada de Sambaída. Instantes em que fala com um tom abreviado e candente.
-Amiguinho! Não fique triste. Aqui é seu lar. Nada, nada mesmo há de faltar pra você. Agora, abras as suas asas bonitas e solte o belo canto.
O Martim Pescador desanimado exclama:
-Como eu posso voar! Eu não me adaptei olhando o vazio nestas grades. Não enxergas que estou preso, e sem a minha liberdade? Eu nasci pra voar entre os vales dos rios e riachos.
Ininterrupto, o menino afirma tentando aviventar o passarinho.
-Mas o meu pai lhe trata muito bem. Aqui não falta nada pra você, além de está protegido dos predadores.
Com razão, o Martim Pescador induz com interrogação:
-Amiguinho! Você gostaria de ficar num cárcere, e depois, ficar olhando todos os dias o reflexo do sol pelas fendas de uma grade? Inclusive, sem poder passear pelos parques, bosques, ruas e não desfrutar das brincadeiras com os amigos? Vejas como eu me encontro tão isolado do meu mundo.
O garotinho ficou calado. E, várias gotículas escorregaram das pupilas castanhas na face, neutralizando a alma inocente do miúdo que não se conteve. A expressão caótica fizera a pequena criança compreender a razão e a luz enviada pelo pássaro no sentido da melancolia atravessada entre as talas da gaiola.
Momentos, André pressente a chegada do pai, surpreendendo com uma enorme caixa envolvida com papel de presente, perguntando:
-Pai! É o meu presente?
-Sim. Aqui está o seu presente pelo Dia das Crianças. É o presente que você sonhou. Qual é a razão de você está deprimido? O que aconteceu? Fale. Você não gostou do presente?
-Gostei pai. Só que eu quero fazer uma troca. O senhor aceita a minha proposta?
- Que proposta meu filho! O que você quer realmente trocar? Que troca é essa? Na verdade, eu não estou lhe entendendo, comprei o que você mais queria ganhar no dia de hoje.
-Pai. Dê esse presente para o Zezinho da tia Mundica. Ele não tem pai e nem mãe, e o dinheiro do coco da tia não dá pra compra um presente.
Insatisfeito com a indicação ofertada, o pai reclama.
-Isso não dá pra fazer. É um presente caro e me custou mais de seis diárias de serviço aos olhos do sol.
-Eu sei que custou caro. Mais o senhor pode fazer e cumprir o meu pedido. Trocando o presente pela liberdade do Martim Pescador. Tenho certeza que não vai custar nada abrir a gaiola. Retrucou o apucado guri tentando esclarecer.
Indignado ao ouvir a proposta, afirma:
-Isso eu não posso fazer. Você pede pra dá o presente pro Zezinho, e depois me pede pra soltar o Martin Pescador. Impossível.
-Solte papai! Solte o Martim Pescador! Ele é tão jovem pra ficar preso nesta gaiola. Que malfazejo ele fez pra não ter a sua liberdade. Solte! Insiste o menino.
-Ah filho! Depois resolveremos esse problema. Hoje é o seu dia e vamos deixar isso de lado. Passarinho é passarinho, aí fora já tem demais, e não fará falta um na gaiola.
O meninote ainda persiste, suplicando:
-Solte papai! Por favor! Pelo menos me faça hoje feliz já que é o meu dia. Deixe ele voar pelos céus e banhar no Riacho dos Cocos. É lá que ele mora.
-Não filho. Se eu soltar nunca mais eu vou ter um Martim Pescador. Eu adoro esse pássaro.
As lágrimas pela segunda vez se arrastam naquele semblante envolvido pela soltura do pássaro. E André esfrega os olhos com a mão direita lastimando.
-Pai! Veja como ele está triste. Não canta e não se alimenta. Olha! Eu prefiro vê a sua liberdade do que assistir todos os dias da minha vida a sua tristeza na gaiola. Solte! Ele vai viver mais feliz na natureza. Eu sei que outros presentes eu posso ganhar. Mas por favor, me dê este presente pelo o dia das Crianças.
Retraído, o pai do menino se afasta e vai ao encontro do Martim Pescador, abrindo a porta da gaiola. Momento, em que o passarinho voa pela casa, abrindo o seu belo canto e agradecendo o gesto humilde do pequeno amado.
Naquele mesmo dia, à tarde com o sol brilhante e o céu todo azulado. André se dirige ao Riacho dos Cocos. Em pé, observa a descida da correnteza quando surge o Martim Pescador fazendo lindas acrobacias no ar. Com a beleza das plumas esverdeadas, desce velozmente na direção do riacho na posição em que dorme o sol até desaparecer dos olhos do guri.
Inesperadamente, aponta o pássaro percorrendo o contorno do riacho com o mágico bico, e num único vôo rasante, mergulha e sobe com maestria carregando uma enorme traíra. Cujo feito, rebate e atordoa o peixe nas galhas secas tentando acalmar, e traçando com elogio, arremessa aos pés do garotinho. E diz:
-Boa tarde meu André! Eis o seu presente pela passagem do Dia das Crianças. É uma grande traíra. Pois, é tudo o que posso ofertar como um presente pelo bom menino que você é.
André ficou deslumbrado com tamanha gratidão do pássaro realizando transposições e sobrevoando com magníficas acrobacias. Em seguida, voou e pousou num galho de árvore seco ao lado do barranco do riacho e cantou.
Sorrindo, André acenou com a mão direita enquanto o Martim Pescador, o guardião do Riacho dos Cocos afirmava com felicidade o seguinte:
-Que a liberdade do pássaro é voar e a do homem é manter a boa relação e o equilíbrio com tudo o que há natureza.
fim
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Menino da fita azul
Nas tardes de minha infância
Meus sonhos se misturavam aos seus
Minha vida começando, sua vida se encerrando
Homem do anel prateado
Como dói o tempo passando
E nós dois nos esquecendo
Ando pensando e lembrando o que não vivemos
Sofrendo com sua ausência
Idealizando uma realidade inexistente
Amo-te cada dia mais incondicionalmente
Alimentando-me de ilusões.
Deus é um menino malvado com uma lupa no sol, e eu sou a formiguinha que ele queima as anteninhas e me faz retorcer!
- Menino cada um tem suas regras, e eu tenho as minhas: me aceite como sou sem me dizer nada, ou se for pra querer me moldar vá embora mas por favor, se for, não ouse olhar pra trás, e não espere um olhar meu.
O poeta aprendiz
Ele era um menino
Valente e caprino
Um pequeno infante
Sadio e grimpante.
Anos tinha dez
E asinhas nos pés
Com chumbo e bodoque
Era plic e ploc.
O olhar verde-gaio
Parecia um raio
Para tangerina
Pião ou menina.
Seu corpo moreno
Vivia correndo
Pulava no escuro
Não importa que muro
E caía exato
Como cai um gato.
No diabolô
Que bom jogador
Bilboquê então
Era plim e plão.
Saltava de anjo
Melhor que marmanjo
E dava o mergulho
Sem fazer barulho.
No fundo do mar
Sabia encontrar
Estrelas, ouriços
E até deixa-dissos.
Às vezes nadava
Um mundo de água
E não era menino
Por nada mofino
Sendo que uma vez
Embolou com três.
Sua coleção
De achados do chão
Abundava em conchas
Botões, coisas tronchas
Seixos, caramujos
Marulhantes, cujos
Colocava ao ouvido
Com ar entendido
Rolhas, espoletas
E malacachetas
Cacos coloridos
E bolas de vidro
E dez pelo menos
Camisas-de-vênus.
Em gude de bilha
Era maravilha
E em bola de meia
Jogando de meia –
Direita ou de ponta
Passava da conta
De tanto driblar.
Amava era amar.
Amava sua ama
Nos jogos de cama
Amava as criadas
Varrendo as escadas
Amava as gurias
Da rua, vadias
Amava suas primas
Levadas e opimas
Amava suas tias
De peles macias
Amava as artistas
Das cine-revistas
Amava a mulher
A mais não poder.
Por isso fazia
Seu grão de poesia
E achava bonita
A palavra escrita.
Por isso sofria.
Da melancolia
De sonhar o poeta
Que quem sabe um dia
Poderia ser.
Montevidéu, 02.11.1958
in Para viver um grande amor (crônicas e poemas)
in Poesia completa e prosa: "A lua de Montevidéu"
in Poesia completa e prosa: "Cancioneiro"
Amemos Maria de Jesus, pois Ela é virgem uqe deu o se SIM para que o menino Deus nascesse. Ela é a Nossa Senhora Virgem do Silêncio...
A Pipa
O menino solta a pipa
que salta, dança
no vento e lambe, voa
a pipa
o tempo
O menino imagina
ele, a pipa
que voa, e voa, e voa
pra longe
onde só o menino
e a pipa
sabem chegar
ele, a pipa
no ar
Uma força
A força do sonho menino.
É suor que aflora no seio da família.
Nasce também, na escola e na briga do jogo de bola.
A inspiração do Criador forjando seu espírito,
Despertando-lhe uma LUZ que lhe impulsiona a alma.
- Dirigi seus passos, meu Senhor!
Grita a mãe em oração...
E ELE revela as ferramentas certas à medida que a jornada avança.
As mãos,
Vão ganhando destreza e habilidade.
Os braços,
Finos, já mostram alguma musculosidade.
As pernas e o tronco,
Transformaram o menino de cabelo castanho,
Criando com o tempo, o primeiro fio branco.
A certeza do sonho, do ontem menino, empurra-o à frente,
Mostrando que as marcas da mão
Vão também no coração.
Os olhos,
Revelaram-lhe cores e dores de uma longa caminhada,
Do qual o menino de ontem e o homem de hoje,
Construíram juntos de um sonho,
A própria realidade.
Uma mulher madura, faz de um menino um homem.
Uma mulher mais jovem, faz um homem mais velho se sentir um menino.
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