Memória

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Faz de tua vida mesquinha um poema.
E viverás no coração dos jovens e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.

Cora Coralina
DENÓFRIO, Darcy França. Melhores Poemas. São Paulo: Global Editora, 2008.

Nota: Trecho do poema Aninha e suas Pedras.

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Memória.

Fotos, preto e branco.
Mas a lembrança
É colorida.

O Monte

Guardo o teu beijo, eterno beijo, na memória.
No outono cinzento, a despedida, último adeus,
Porque foste sem deixar-me uma esperança...
De reviver o teu carinho e os lábios teus!

Amargurando o teu partir, restou-me o beijo.
Sonho desfeito, nem as folhas esqueceram,
Em dias de chuva, de relembrá-lo ao pé do Tejo,
Brincando algures junto às brisas que passavam!

As estações se sucederam desde então!
Alma enfraquecida, olhar perdido no horizonte,
Encontrei na escrita o que precisava o coração,
Um mentor para me levar ao cimo deste monte...

Trago a utopia de uma espera que me amadureceu!
Cedo o destino e a vida; ao tempo, entrego a morte,
Mas na esperança de beijar-te uma outra vez a olhar o céu..
Porque em cima daquele monte eu acredito que voltarei a ter sorte.

Faz de mim, em tua memória, aquilo que lhe for mais conveniente.Mas lembre sempre, por favor, que estar inteira como estive me custou tudo o que eu tinha..

Nosso coração é bom; o único problema é que nossa memória é fraca. Esquecemos-nos de como um toque pode ser significativo. Tememos dizer a coisa errada, usar o tom errado ou agir da maneira errada. Assim, em vez de fazer do jeito errado, acabamos não fazendo nada.

Professores nunca morrem. Vivem em sua memória para sempre. Eles estavam lá quando você chegou; eles ficaram lá quando você foi embora. Como acessórios. Às vezes lhe ensinavam alguma coisa. Mas nem sempre. E você nunca chegava a conhecê-los realmente nem eles a você. Ainda assim, por algum tempo, você acreditava neles. E, se tivesse sorte, talvez um deles acreditasse em você.

O agora é a única realidade – tudo mais é ou memória ou imaginação.

Uma das chaves da felicidade é a falta de memória.

Saudade verdadeira não precisa nem de memória:
dói antes mesmo de lembrar.

Você pode tentar se desapegar de todas as lembranças. Mais os bons momentos guardados na memória, sempre se repassarão como um filme.

A memória aniquila o tempo: conduz à unidade aquilo que parece ter acontecido em separado.

Momentos inesquecíveis ficam guardados para sempre na nossa memória, sejam eles bons, ruins, tristes ou alegres.
Sempre trazem algo especial, que nos ajudam a refletir sobre a vida, que ela precisa ser muito mais que vivida, mas realizada conforme o pensamento de cada um de nós, para sermos felizes.

O homem completo está estropiado. Olhem nossa memória; acaso não é verdade que a memória participa da queda? Eu posso recordar muito mais as coisas más que as coisas que tem cheiro de piedade. Se eu escuto uma canção lasciva, essa música do inferno ficará em meus ouvidos até que eu fique grisalho. Mas se escuto uma nota de santo louvor: ai!, me esqueço! Por que a memória aperta com mão de ferro as coisas más, mas sustém com dedos frágeis as coisas boas. A memória permite que o cedro glorioso dos bosques do Líbano flutue sobre a corrente do esquecimento, mas retém toda a imundície que chega flutuando da depravada cidade de Sodoma.
A memória recordará o mal, mas esquecerá o bem. A memória participa da queda. O mesmo ocorre com os afetos. Amamos as coisas terrenas mais do que deveríamos amá-las; rapidamente entregamos nosso coração a uma criatura, mas
raras vezes o oferecemos ao nosso Criador; E quando o coração é entregue a Jesus, é propenso a se extraviar.
Olhem a nossa imaginação também. Oh! Como se deleita a imaginação quando o corpo se encontra em uma condição perniciosa. Somente dêem ao homem algo que o leve a ponto de intoxicar-se; droguem-no com ópio; e como dançará sua
imaginação cheia de alegria! Como pássaro liberto de sua jaula, como se renovará com asas mais vigorosas que as asas da águia! Vê coisas que nem sequer havia sonhado nas sombras da noite. Por que razão sua imaginação não
trabalhou quando seu corpo se encontrava em um estado normal, quando era saudável? Simplesmente porque a imaginação é depravada; e enquanto não se
introduziu um elemento imundo, enquanto o corpo não havia começado a estremecer-se com um tipo de intoxicação, a fantasia não pensava celebrar seu carnaval. Temos alguns esplêndidos exemplos do que o homem pode escrever,
quando influenciado pela maldita aguardente. Pelo fato de que a mente é tão depravada, ela se encanta com tudo aquilo que põe o corpo em uma condição anormal; e aqui temos uma prova que a própria imaginação se extraviou.

A luta do homem contra o poder é a luta da memória contra o esquecimento.

Milan Kundera
O livro do riso e do esquecimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

Quero perder a memória, ou só perder a vontade de voltar no tempo.

Memória fantástica é a minha, que nunca lembrou de te esquecer e nunca esqueceu de te lembrar.

O que hoje é drama, sempre, amanhã estará quieto na memória.

A memória é o escriba da alma... Aristóteles

Não podemos ficar juntos, pois o destino não quis assim... mas levarei em minha memória as mais belas lembranças de um coração apaixonado.

QUEM SABE?

O corpo e a mente
têm biografias separadas,
cada um sua memória própria,
seu próprio jogo de charadas,
Meu corpo tem lembranças
- cheiros, tiques, andanças -
que a mente não registrou
e o corpo não tem as marcas
de metade do que a mente passou