Mel
Eu sinto que você consegue mais abelhas com mel. Mas isso não significa que eu não fique frustrada na minha vida. Minha maneira de lidar com a frustração é me desligar e pensar e falar logicamente.
BUSCANDO O ÊXTASE:
Como uma abelha
De flor em flor
Procurando o pólen
Pra fazer o mel
Estarei sempre
De dor a dor
Procurando o dom
De melhorar o eu
Sei, é bem difícil,
Acalentar o intimo
E aplacar o frio
Porem é tão cortês
Se ter clemência
De forma paradoxal.
Série Minicontos
O NOIVO
Sob juras de amor eterno saíram em lua de mel.
Na curva dos noivos, consuma-se a separação.
Luz de Mel, a Abelha Bailarina
No coração de um campo florido, vivia uma abelhinha chamada Luz de Mel. Ela não era a mais veloz nem a maior produtora de mel da colmeia, mas tinha um dom especial: sua dança.
Sempre que saía para buscar néctar, Luz de Mel voava com leveza, fazendo giros no ar, rebolando a cintura com graça e encantando quem a visse. As outras abelhas trabalhavam sérias e focadas, mas Luz de Mel acreditava que o mel ficava ainda mais doce quando colhido com alegria.
— Você deveria se apressar! — dizia a Abelha Rainha. — O néctar precisa ser colhido rápido!
— Mas dançar me faz colher com mais amor! — respondia Luz de Mel, girando no ar.
Certa manhã, uma forte tempestade se aproximou, e as abelhas correram para a colmeia. Porém, uma flor especial, chamada Flor do Sol, ainda não havia sido visitada. Seu néctar era raro e precioso, e sem ele, o mel daquela estação não teria o mesmo sabor.
Sem hesitar, Luz de Mel partiu em um voo ágil e gracioso. Com sua dança, desviou das gotas de chuva e dos ventos fortes, mantendo-se firme no ar. Quando alcançou a Flor do Sol, colheu seu néctar com delicadeza e, dançando entre os pingos da tempestade, retornou segura para a colmeia.
A Rainha ficou impressionada.
— Sua dança salvou nossa produção!
E assim, Luz de Mel provou que sua alegria não era apenas um capricho, mas uma força. A partir daquele dia, sua dança se tornou parte do ritual da colmeia, e todas as abelhas aprenderam que o trabalho pode ser ainda mais bonito quando feito com leveza e encanto.
“A partir do momento que você se transforma para melhor, toda a sua realidade se transforma para melhor.”
O conhecimento é doce como o mel, mas seu sabor torna-se ainda mais significativo quando é compartilhado e transmitido de geração em geração.
A verdade liberta,mesmo que machuque,ela nos desaprisiona de tudo,para que possamos ter uma vida melhor, verdadeiramente,esse é o arbítrio,para sermos melhores.
'' A o amor ''
O amor é aquele que não tem data nem hora, um dia pode ser como mel doce, no outro pode ser como uma facada.
ferindo profundamente quem acreditou, deixando só o vazio, um burraco no peito que nunca serra fechado.
NIRVANA DOS CÉUS
Quantos céus têm aqui, basta o mel pra tocar.
E este manto azulado, aguçou meu olhar.
Quando estamos nos céus, no esplendor do sonhar.
Somos verbos de Deus, No existir, sem cessar.
E as florestas dialogam, com montanhas e mares.
Sobre os campos floridos, que se enfeitam de altares.
Querubins em falanges, reverberam as preces.
Dos altares dos povos, quando tudo adormece.
E uma estrela gigante, vem trazer outro dia.
Que alvorada divina, que celeste alegria!
E outros céus vêm aqui, quando a aldeia cantar.
Muitos céus querem vir, quando a mente cessar.
Cerimônias de céus, confrarias de sois.
O primor das essências, transcendeu dos crisóis.
Os etéreos se abraçam, os anéis se confirmam.
As sementes abrolham, as promessas se firmam.
Nas cirandas dos sois, deuses brindam nos céus.
Não há mais insciência, não há mais escarcéus.
Céus e Terras se casam, numa mesma canção.
Dois sagrados em núpcias, no Verbo da criação.
Céus e sois rezam mantras, vibrações salutares.
Replicando outras vozes, nas moções dos cocares.
E no bojo da vida, Pulsa o peito de Deus.
Paz na Terra aos povos, céus e sois, meus e seus.
Se não danças aos céus, terra e pão podes ter.
Mas viver sem os céus, é morrer, sem viver.
(Pedro Alexandre)
18 de junho de 2020.
Fazer poesia até que é fácil. Transmutar o fel em néctar e o mel em zinabre. Esta sim é a missão impossível à que todos os dias se lançam os poetas.
Humm, o cheiro de cereja no gosto dos teus lábios. Um cheiro de mel como a carne deve ter. O vermelho do morango, um cheiro no ponto da mordida. O cheiro da comida gostosa de ver.
Liquefaço todas as ideias
Tem horas que liquidifico
Zumbidos de uma colmeia
Tomo mel doce e magnífico
Escolha para si mesmo, pessoas que saibam lidar com o seu fel, pois, do seu mel todos querem beber.
LIBERDADE (cerrado)
O que mais me fascina no cerrado
não é o torto se fazendo admirado
e as melancolias nas tuas cabeiras
nem as tuas singelas flores rasteiras
e teus mistérios - pleno de arrepios
tampouco teu horizonte nos vazios
encarnados e cheios de diversidade
O que mais me encanta, maravilha
é a tua imensidão tão cheia de ilha
de oásis, banhadas na pluralidade
e a vida na vida pulsando liberdade!
Luciano Spagnol
Novembro, 2016
Cerrado goiano
Flores
Flores são delgados versos
Cada flor trova o universo
Balsamo do afeto, submerso
No melhor dos diversos
Colorindo a vida de amor
Perfumando o mal perverso
Ornando o côncavo e convexo
De essência de sabor, cor e olor
Reeducação é arma de pacificação!
O que está errado precisa ser revisto.
Reeducar é recomeçar melhor.
Reeducar é depurar.
No fim, prevalecerá o Bem.