Me Desculpe Nao Quiz te Magoar
Respir arrrr.
E preso, com os pulmões inflados, estou a 1 segundo de satisfazer-me
Não tenho pulmões exigentes
Importa-me que esteja presente, na devida proporção, o ar que me cerca
Importa-me que oxigene as células
O fôlego percorre seu caminho,
encontra a existência,
mata um pouco
porque é o mecanismo da vida, um pouco de morte em si
Se eu tivesse pulmões exigentes, não haveria espaço para a vida
Eu morreria da eterna utopia de que ar melhor é o ar puro
Morreria na ideia, e não viveria a tempo de contar-lhe que ar puro mata
Mata porque não se disponibiliza
A exigência mata
Cuidado!
E mata não só de raiva os pulmões
Mata quando exigimos o melhor do ar, da vida, das relações, dos serviços, do tempo, de tudo, de todos, da evolução, dos cenários…
Melhor é viver com o simples que se tem a morrer periódicos sufocos aguardando o refrigério que merecemos
Por óbvio, merecemos o puro, o sacro.
Mas de que serve o sagrado inalcançável?
Ninguém se hiberna
A vida é urgente!
Não existe isso
Não existe esperar o melhor para degustar a vida
O melhor é agora, nos retalhos de colchas da existência
quando, nos desafios, precisamos costurar logo para existir
- Não consigo respirar. Eles são muitos.
E naquela multidão de vozes do mesmo timbre, ela se sentou recolhendo os joelhos na testa. Bem baixinho começou a suplicar:
- Silêncio
- Silên...
Sem que a ordem de comando surtisse efeito, foi enfática (com leve tom de brava piedade, como se quisesse chamar a atenção sem agitá-los demais):
- SILL!!!
Com a conquista de meios olhares, continuou:
- Sssssi...
E com a ordem acatada, inspirou ar, expirou lágrimas rolando joelhos abaixo.
Era o seu deságue desesperançoso.
Ninguém podia a salvar de si mesma, nem suas vozes interior.
A minha escrita não é um ditado do pensamento.
Agora, por exemplo, não sei quais durezas se materializarão em palavras organizadas. O leme é o sentimento, mas das águas que navegaremos, só reconhecerei o território ao percorrer até o ponto final desta última linha.
O meu pensamento só ganha forma a partir da leitura.
Meu papel: atender ao chamado.
O do universo: se encarregar de me recompensar pelos risco que assumo em seu nome.
Não brigues comigo.
Se eu escrever sobre dor, vou machucá-lo em sua identificação.
Mas se escrevo sobre esperança é para confrontá-lo à descoberta.
É nesse olhar que te entrego a minha empatia.
A lâmpada dimerizada, amarela como a lua abundante, não foi o que cativou você. O meu erro não estava nas taças com o vinho escolhido a dedo. Nem no tapete de algodão losangular que eu despi sua blusa branca. O problema não estava no meu toque suave que percorreu montanhas e vales do seu corpo. Nem no gosto forte que suguei da sua "intensity"... Por horas pensei que o problema era a utopia perfeita que criamos no refúgio frágil das nossas escolhas. Escolhas tão claramente abaláveis… Não, não era a soma das nossas vidas, era particularidade dos nossos casos, dois mundos inteiros se trombando no espaço-tempo mal calculado. Eu avisei! Como eu avisei! Estávamos irremediáveis. Não existe antídoto para a nossa intensidade. Impossível não ser catastrófico. Não éramos corpos (eu avisei), somos almas que se vestem para contactar o mundo dos gélidos. Protocolos e regras não nos protegem. Nossas almas não ignoram o sabor do plano intenso extracorpóreo. Almas que não engolem seco. Um beijo não é seco, um toque não é seco, uma palavra não é seca. Somos aquelas que contam letras, que decoram sua ordem e incorporam seu significado. E isso era demais pra nós. Era como abrir um vinho e só olfatar a rolha. Impossível não te beber inteira. Eu avisei! Não estamos remediadas. Nunca estaremos. Somos como a lua e suas crateras agora, um lugar inóspito (onde socorro não se verbaliza) à mercê de bilhões de anos para nos recriamos como outro planeta. Tampar nossas memórias profundas é tão impossível como reinventar a vida. Eu já sabia que éramos lunáticas, mas a certeza é ácida, corrói-me por inteira. Dois mundos que precisam encontrar órbitas diferentes, burlar a física das atrações dos nossos pesos maciços. Nessa equação a única variável a diminuir nossa força é o quadrado da distância. Uma distância que somente será mensurável no distanciamento e na percepção do seu efeito atenuador (a longo prazo). Até que assim seja, seu mundo influenciará o meu, mesmo às escuras. Siga em paz, pequeno sonho. Não nos cabe mais na mesma galáxia. Mas por aqui, todas as estrelas continuarão inclinadas, clamando sua "intensity", todas elas já sabem seu nome (isso eu não consigo consertar. A física, a química e a nossa natureza não se conserta).
Acho inconveniente perguntar ao pintor: "O que sentistes?".
A tela já não é a sua resposta?
Não escrevo para me fazer compreendida; escrevo para que saia!
RAÍZES DA FELICIDADE
Não deixe a felicidade em mãos de incerteza,
Em coisas que podem se perder na tristeza.
Evite a caneca que fura e vaza,
Guarde sua essência, nunca se arrase.
Não gaste o amor em paredes frágeis,
Onde o vento pode levar os detalhes da sua alma.
Construa seu afeto com alicerces seguros,
Em solo firme, onde florescem sentimentos puros.
A felicidade é um tesouro a cultivar,
Em raízes profundas, é preciso saber semear.
Que não dependa do que pode partir,
Mas brote primeiro em seu ser, pois lá sempre há porvir.
O perfequicionismo muitas das vezes é fruto da procastinação, onde o ser não começa a fazer algo pela famosa frase, " se não for para fazer bem feito, eu nem faço"
Do que adianta querer e não fazer o necessário para ter? É como querer ser rico sem pensar com uma mente rica.
A mudança vem de dentro, as oportunidades são feitas pelas suas decisões.
Se quer começar, comece ago. Você tem o que é preciso para mudar a si mesmo, basta ter a disposição se encontrar.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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