Coleção pessoal de MaraOliveira

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Sabe aquela história que nos contam de quando a gente dá amor a gente o recebe de volta? Pois é, na vida real não funciona. E se a gente dá amor acompanhado de autenticidade, aí mesmo é que desconfiam e criam uma verdadeira muralha para que o nosso amor e a nossa autenticidade não os afete. O problema todo é que, é só o que sei dar. Ensinaram-me a odiar, mas eu desaprendi pelo caminho; ensinaram-me a enganar, mas eu fugi da aula.

Vinha pensando há pouco sobre minha falta de noção em relação ao tempo, e cheguei a conclusão de que ela é provocada pela intensidade com que vivo e sinto a vida. Sou tão intensa às pessoas, que um segundo me parece um mês; um mês, um ano e um ano, uma década. Essa certeza me fez encher os pulmões de orgulho e aspirar felicidade. Pois, é a certeza de que tudo que por mim passou foi meu de fato –até onde o respeito ao outro me permitia apetecer a posse–, sorvido até a última gota. Tudo que foi, foi mesmo e tudo que não foi, não era pra ser. A convicção de que se algo não acontece ou não aconteceu não foi porque eu não lutei muito, não insisti muito para que fosse; simplesmente não é mais de minha alçada, não é mais para ser vivido por mim. O que me foi dado era meu, e o fiz inteiramente meu enquanto pude, aproveitando o presente fabuloso que a vida me ofereceu. Por isso sou tranquila, sinto paz, e de brinde, sinto que não é um desajuste meu o esquecimento e a falta de noção sobre o tempo, é a vida bela fluindo em mim.
Agradeço imensamente às dádivas divina tão gentilmente ofertadas a mim e tão amorosamente vividas e absorvidas!

Quando o que as pessoas vão achar da gente e do que fazemos, começa a nos fazer escravos delas, a ponto de não vivermos como queremos e somos, é a hora de admitirmos que perdemos nossa vida para todas estas pessoas que achamos que estão achando que acham de nós determinado pensamento/julgamento. A verdade é uma só: Vão achar de qualquer jeito. Vão achar sempre de você o que você não é, e às vezes, muito raramente, até o que é, independentimente de sua ação estar dentro do que elas estabelecem como certo ou errado. Você não tem escapatória! Ou vive se ajustando a todos, com suas diversas opiniões e pontos de vistas, sempre desagradando a uns e a outros não, e sendo infeliz; ou vive como você é e quer, livre em sua consciência e valores –dentro de sua verdade– sendo você e sendo feliz. A escolha é somente sua e as consequências também.

Cada um sabe o que o(a) faz feliz. Se mesmo assim, age contra e não de encontro ao que o(a) realiza, por conta de convenções de qualquer tipo que seja. Azar dessa pessoa. Vou de encontro. É sentido obrigatória pra mim. Sou feliz!

Eu quero mais é me ver na pista da vida, dançando sem parar.
Que venham os encontros voluptuosos.
Que venham os encontros apaixonantes.
Que venha companhia certa, na hora certa, no lugar certo, para o amor certo.
Que venham muitos trabalhos de excelente remuneração.
Que venham muitas viagens e diversão.
Que venha a vida majestosa para eu sorvê-la.
Que venha até mesmo a fugacidade que também a sorverei.
E grito aos quatro cantos: Que venha a vida!!! A vida é curta! Curto a vida!

A gente não tem noção da força de nossas ações na vida do outro. Não mensuramos o tamanho do estrago ou da restauração que podemos fazer no emocional de alguém. Há que se ter muito cuidado, se a intenção é irresponsável e egoísta. O pierrô nunca é atingido sozinho, seu algoz também é profundamente afetodo, embora não pareça.

Medo de desavessar

Oh Deus, preciso de ajuda! Estou em crise. Nasci avessada e agora me pego querendo desavessar. Sempre considerei revolucionário o que ia contra os padrões impostos pela humanidade –que se sobrepõem ao amor divino. Porém, agora penso que o padrão me parece exceção e a exceção me parece padrão. Desde a infância bradava à liberdade do pensamento próprio. Minha mãe diz que chorei em sua barriga e que nasci aos oito meses –isso pra mim já era meu SER se revelando avessado, quebrando regras, tabus. A pressa em nascer talvez fosse a minha ânsia em gritar ao mundo que a coisa era de outro jeito –o jeito de cada um, nem o meu, nem o seu, o de cada um, que eu gosto de chamar de IDENTIDADE. Nasci mulher num mundo de homens para provar isso –o que, como avessada que sou, me agrada e muito. Porém, vejo que a mulher perdeu o foco do que é ser revolucionária se inserindo à banalização da promiscuidade masculina, comportando-se como ele em campos fúteis como bebedeiras e orgias, e o homem não sabe mais ser conservador e dono da situação –flutua babaca ante o descontrole feminino. Confesso que acredito ter conhecido um jovem homem, cujo o qual, se for exercido um cuidadoso e carinhoso trabalho, será um belo exemplar de um homem tão revolucionário quanto a mulher. Isso me deu esperança, me animou muito –nem tudo está perdido. E esse trabalho só pode ser desempenhado por uma mulher que não esteja corrompida (desavessada), que não tenha perdido sua característica natural, que é ser REVOLUCIONÁRIA. Em meio a este caos encontro-me confusa e propensa a me desavessar. A visão feminina atual me desanima. Me ajuda ó Deus! Meu filho precisa de mim para que o faça um homem revolucionário, como já aponta ser. Não deixas que me corrompa diante do desalento, do cataclismo social, ó Senhor!

Eu e meu filho saímos com camisas avessadas. No começo da semana passada eu e Iago vestimos nossas camisas avessadas e saímos rumo ao meu trabalho. Ele sempre se veste avessado em casa e eu também, mas ele sempre, eu de vez em quando, adorei saber que Iago gosta com naturalidade da irreverência, assim como eu. Outro dia manifestou a vontade de sair com a roupa avessada e eu não deixei. Disse que um dia nós dois sairíamos. Ele sabia que sim porque sempre cumpro o que prometo. É evidente que peguei carona em sua para realizar meu sonho antigo, ao qual nunca tive coragem de executar sozinha. Isso aconteceu semana passada. Foi uma experiência interessante: algumas pessoas comentaram, outras talvez tenham fingido não ver, e uma até tirou a camisa de meu filho e colocou do jeito “certo”, dizendo que eu o estava estragando, tirando sua sorte e a minha. Ele cruzou os bracinhos, baixou a cabeça, fechou o cenho e em seguida tirou a blusa e colocou-a novamente avessada. Olhei pra ele e ri com um pouquinho de orgulho de sua determinação. Afinal, é uma questão de ponto de vista. Veja bem, no meu ponto de vista, naquele dia nos vestimos pra nós, já que colocamos o acabamento, o bonito da roupa volta à nós, ao nosso EU. Normalmente nos vestimos pra os outros, colocando o a beleza apenas pra as outras pessoas. De vez em quando nos vestir pra nós é bacana. No ponto de vista de Iago, certamente, ele apenas tá fazendo o que tem vontade e pronto.

O segredo da paz e da felicidade está em aceitar, de bom grado, o que a vida tem a nos oferecer. Espere tudo sempre: o que for bom e o que for ruim, e agradeça sempre! Sempre!

Aprendi a dizer NÃO. E isso não significa egoísmo, mas amor-próprio. Se consegui dizer não, sei que agora tenho força para ESQUECER, e isso também é amor-próprio.

Ontem tive um choque de realidade, que se estendeu a hoje, e fiquei abalada. Mas meu otimismo sagitariano é tão gigante, que depois de ir à nocaute, levantou-se lentamente, recobrando os sentidos e voltou à luta. Porém, meu corpo sedentário está cansado dele; estou cansada da esperança em tempo integral. Quero que ele tire férias, ao menos de uns dias, para que meu corpo possa se recompor. Um momento de realismo não faz mal a ninguém. Sei que nasci para a ação, mas quero ser passiva agora. Otimismo, vamos dar um tempo? Depois a gente volta a se amar.

Ando tão sem vontade de fazer as coisas, tão sem energia até pra espairecer, tão melancólica, que concluo que estou em depressão. Constatando-a, me dá vontade de me afundar ainda mais nesse abismo tenebroso. Mas pensando bem..., esse cenário é horripilante demais pra mim, não o quero. Farei exatamente o oposto. Clamo à vida, à liberdade, ao amor, a meu filho, a quem amo. Clamo à esperança, a fé renovada, ao sucesso iminente, ao encontro certo na hora certa com a pessoa certa, a Deus. Clamo à felicidade!!! Depressão, quem és tu?

Estou doente. Doente de amor. Há meses venho tentando arrancar esse vírus que se espelhou por minhas entranhas, dilacerando meu ser. Apesar da luta dos anticorpos que me restam sadios, ele só faz crescer e se fortalecer. Minha ciência é pouca para desenvolver um antídoto. Porém, minha filosofia é suficiente para me convencer de que o tempo tudo resolve. O que resta é sentir a dor até que o amor esmaeça. Sem usar a quimioterapia dos “romances” que pode me causar efeitos colaterais irreversíveis. Curá-lo-ei apenas com a homeopatia do tempo, pois meu amor é fiel, primeiro à minha integridade, depois à pessoa amada. Amo-a tão somente.

Perdi a vontade de escrever durante muitos anos... com o tempo percebi que a esperança e a fé na vida havia morrido em mim. Sou movida por paixões e não conseguia mais acreditar no amor, nas pessoas. Quando nos tornamos adultos e perdemos a essência (a criança) tudo parece desencanto... Me recusei a tal frieza, a ser igual a maioria (isso sempre me incomodou), então busquei minha essência e a encontrei carente e triste, abandonada num canto sombrio do meu inconsciente, gélido como eu; então peguei-a pela mão e trouxe comigo; comigo está até hoje; é minha melhor amiga. E sabe o que ela me diz sempre?: Amei, me perdi e amarei até morrer! E isso vale pra todo tipo de amor (fraternal, romântico, enfim).

A caminho do trabalho, ouvindo Adele, uma cantora me toca a alma, pensei que, se fosse definir minha personalidade em estilo musical eu seria: 30% Blue, 15% Jazz, 10% Bossa, 5% Love Metal, 10% Pop e o resto da conta seria creditado aos novos estilos, rasgados e lindamente improvisados, como os de Anelis, Ana Cañas e Karina Buhr.

Estou a viver a espera do que possa acontecer. Sei que sou boa menina e que meus sonhos sempre vêm ao meu encontro somente na hora certa.

Ontem a noite estive com você em outro plano e senti o quanto me ama. Trocamos de corpo; deu pra sentir a força de seu coração. Você não tem como mensurar o quanto te amo. Não importa onde estejamos vamos nos encontrar dado o momento em que o querer fala mais que o controle da razão.

Hoje sou tranquila porque compreendo que toda ruptura, toda mudança radical de vida, todo negócio perdido é apenas a preparação para nascimento de um novo capítulo de vida. É o momento em que evoluímos, saímos do “nos contentamos com pouco” para fazermos o que realmente gostamos, é o momento de estarmos com quem nos ama e a quem amamos. A gente não entende que isso está acontecendo e estraga tudo com nossa ansiedade. O universo trabalha a nosso favor.

Ao cair, simplesmente levanto-me sem lamber as feridas. É assim que minha alma sagitariana ordena-me.

Não sinto saudade da Saudade porque ela não sente saudade de mim.