Me Deixou
Quem me matou no fogo
Não é quem acendeu-me é quem levou-me ao fogo
E deixou-me queimar todo.......
-Mbuvane
Não te enganes, a beleza é simples...
Não vive da imagem que finge
Nem finge a imagem que deixou de ser.
Não calcula fria na prisão do hoje,
Liberta-se no que foi e sem querer será,
Se construída é nada, se espontânea és tu.
Não é palavra pensada que se solta falsa,
Nem caminho estudado que te leva ao nada,
É humilde olhar que sem amarras surge.
Beleza é verdade, indomável e pura...
Se veste máscara deixa de saber ser,
É suave brisa que surge espontânea
e cessa na parede que teimas erguer!
Pandemia, que assola noite e dia
De repente, assim, sorrateiramente
Chegou e mesmo que indo, deixou
A maldade causada pela saudade
Mas deixará muitas coisas mais
Como o saber do importante viver
Segundo dito popular a vida começa aos quarenta...
Que pena!
você deixou de viver trinta e nove anos.
Simplismente viva.
Hoje, sobreviver já se tornou um mérito
E viver deixou de ser escolha para se tornar artigo de luxo.
Aquele que não tem um sonho para o qual almejar ou até morrer já deixou de trilhar o seu próprio caminho, virou apenas um fantoche do acaso
Saudades de você
"Você me deixou...
Talvez no momento em que eu mais precisava ser acolhida em seus braços...Num instante que meus ouvidos precisavam ouvir suas palavras...Num tempo onde meu coração estava carente de amor...Numa ocasião onde meus olhos necessitavam de sua presença...Em uma hora onde meu corpo queria seu calor...E todos os meus desejos foram sufocados...E meu coração teve que aprender a pulsar sem você...E os meus sonhos foram destruídos...E a dor do abandono repentino estraçalhou minha vida...Os dias foram se passando... Já são anos de solidão...Milhares de lembranças... Saudade que não acaba mais...E o coração ainda sonha com seu retorno...O meu corpo estremece só de pensar em seu toque...E tudo dentro de mim incendeia quando tenho a ilusão de querer reviver velhas memórias guardadas em segredo... São lembranças das loucuras de amor que me fizeram enlouquecer de prazer...Em um tempo onde fazíamos amor...Sem hora pra acabar."
-Roseane Rodrigues
o tempo foi passando você deixou de amar,
como pode duas pessoas apaixonadas
que andavam de mãos dadas abandonar?
Um amor que era para ser para sempre
esse tipo de coisa a gente não entende.
Cada um para o seu lado
um amor abandonado,
sinto falta do tempo
que a gente andava abraçado.
Como que em transe,
aquela perda o deixou de alma anestesiada...
comia, falava, executava suas obrigações de modo autômato,
Sem sentir, sem viver, sem amar, sem sorrir...
Ah que quadro infeliz ! Eu quisera auxiliar, chamar à razão...
Mas qual nada! aquele é um lugar inacessível onde só cabem
a dor e seu protagonista.
Cika Parolin
Queria você nos meus braços
Você me enlouqueceu, mas me deixou magoado.
À vontade e de chorar, mas eu disfarço.
Tento ser forte mas eu sou fraco.
Não sei se foi erro ou se foi programado.
Sei que foi tudo ao contrario do que eu tinha pensando.
E os meus sonhos e planos foram refutados.
A minha vida e a sua segue para frente.
Mais sempre ficara um pedaço desse passado.
Porque seu sorriso nunca será apagado.
Seu cheiro em meu travesseiro e uma tortura, mas também confortável.
Se fosse apenas uma brincadeira seria tolerável
Mas foi real e fiquei sozinho apaixonado.
Coração quebrou de uma forma que apenas por você pode ser concertado.
"Há tempos percebi que não tenho mais tempo.
Tempo que há tempos me deixou sem tempo.
Queria de volta o tempo que se foi, e ter tempo pra valorizar o tempo que ainda tenho".
"Ela e os nós (duas)."
Minha mãe nos deixou já faz um tempinho, como dizem os espanhóis, "já tem um par de anos" E hoje resolvi visitar lugares evitados ao longo desses quase 730 dias, como coisas ensacadas, e encaixotadas por ela. E o que mais me chamou a atenção não foram os itens guardados mas sim os "nós" e laços dados em fios, fitas, e sacolas que sempre foram marcas registradas da minha mãe. Ela gostava de tudo amarrado, ensacado, agasalhado. Na sacola dos tapetes,eles estavam lá, bem medidos, bem amarrados. Nas cordas das redes, eles estavam lá, bem firmes, bem seguros para que ninguém viesse a cair. Depois fui ver algumas coisas atrás da casa, e eles também estavam lá, amarrando, segurando e alinhando discretamente três canos de água em desusança, preparados para uma eventual necessidade. As digitais da minha mãe estão naqueles nós, naqueles laços, porque sei que ali ela foi a última pessoa que pegou, que tocou, que amarrou. Posso desobrigar os laços das sacolas,e das fitas, a permanecerem na condição em que Zizina Vidal os deixou, mas confesso que tive dificuldade em mexer em algo que parece ser tão simples mas que foi especialmente e atenciosamente feito por ela. Minha mãe foi embora, deixou aqui alguns laços nas sacolas para eu desatar, mas também deixou laços entre mãe e filha que por vez, são indesatáveis.
Não precisamos de quem nos deixou. Quem se importa de fato fica ao nosso lado pelo resto da vida.
— Icaro Fonseca
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