Mas se nada Disso Der Certo Experimente me Amar
SENTIMENTO DO NADA
Inspiração exige transpiração
Abba! Enojei-me nesta viagem
A musa abriu suas pernas, vi o Parnaso desmoronar dentro de seu
Útero. Fiz poesia sem ser poeta. Comi a musa
[Ou ela me comeu?
Pouco Importa!
Temos filhos agora:
Crise existencial de Sousa
Solidão da Silva Encarnada
Maria das Dores
Zé Pelintra Nosso de Cada Dia.
Por hora (sou) pouco importa: uma poeira descolada
O tempo fez-me Europa!
Por hora (fui) isto importa: uma gotícula no mar
A gaivota não tem misericórdia!
Modelaram-me num tipo humano
Faz graça
Estou imberbe: não fumo, não bebo, não mato.
Reproduzo o existir: como, defeco, amo.
Minhas amantes envelheceram
O cupim devorou minha biblioteca, devorou minha planta, minhas pupilas, minhas
Raízes. Viver além da conta
Há morte aqui
Há morte debaixo do meu travesseiro
Em minhas pupilas mulatas - há morte.
E eis que vivo: posto morto
Já não questiono o Universo
Sinto!
(Italo Samuel Wyatt, A Janela do Éden)
Ei! Psiu !
Quantidade não quer dizer nada!
Eu já vi estrelas sentirem frio .
E a Lua sorrir em pleno vazio .
O rio não sente dor! O rio não sente nada… apenas segue! E com ele prossegue, tudo aquilo que nele se encontra…
De que adianta ter dinheiro e não ter saúde? De que adianta ganhar o mundo, e perder a vida? De que adianta saber andar e não ter pra onde ir? E qual a vantagem de estar rodeado de pessoas e se sentir só? E para que servem as cores se não puder enxergar? E para que serve o sol se não houver dia? Para que serve um álbum sem fotos? E o que seria do mar se não fosse a água? E o que é uma pessoa sem Deus?
Nada! A resposta a todas essas perguntas é nada, porque de nada adianta ter dinheiro e não ter saúde para gastar, de nada adianta ganhar o mundo e não poder viver, não adianta nada sorrir sem felicidade, não adianta saber andar e não ter um caminho a seguir, também não adianta ter vários amigos e se sentir sozinho, e as cores de nada servem quando só se enxerga o escuro e o sol não aparece se não houver dia pra ele nascer... e em um álbum que não há fotos não há nada a se ver, e o mar sem a água não existe... do mesmo modo o ser humano sem Deus não nasce, não vive, e não sobrevive, porque o ser humano pode ter tudo, mas, se não tiver Deus, ele se torna como um peixe fora d'água... morto que não tem nada e não é nada!
SILÊNCIO
No silêncio tudo se ouve. Os pensamentos, os sentimentos, o medo, o coração. De olhos fechados, o bafo da morte ressoa por perto. Também os passos no assoalho, os latidos caninos e o vento pavoroso que não vem de lugar algum.
No silêncio a ansiedade cede espaço à calmaria, virtude quase sem voz durante o dia. Nela sossegam-se os ânimos, intensificam-se os cheiros, percebem-se os detalhes em pequeno, médio e grande plano. Silêncio é lugar de pensar antes de falar, se arrepender e confessar, sorrir sem se orgulhar. É nele que a culpa fala mais alto e a humildade ocupa seu lugar de dever.
No silêncio nós nos recuperamos após a morte de um amor. E reencontramos o pouco de nós que se perdeu com o outro que saiu pela porta. Vemos e ouvimos o que requer apreciação: uma flor, o mar, um gesto, uma ruga, um olhar. Somente no ato de não manifestar pensamentos é que olhamos de verdade. Olhamos sem falar nem julgar.
O silêncio é uma barreira invisível, atrás da qual nos escondemos. Nós nos ocupamos com ruídos a todos os momentos por medo de cair no vazio. Escutamos os barulhos sem ouvi-los, tratando tudo e todos como trilha sonora de um universo que nos rodeia. Aumentamos o volume da playlist, ligamos a tevê, entramos no Youtube, tudo porque quietude demais nos assusta.
No silêncio dois olhos se encontram para ver além dos olhos. Olham para um lugar dentro do outro onde há ternura, apatia ou desprezo. Também a pele ganha outro sentir no silêncio. Um toque de mãos muda de nome e um beijo... ah, um beijo são mil palavras não ditas.
No silêncio não falamos besteiras das quais nos arrependemos, mas refletimos sobre arrependimentos que não tivemos coragem de falar. Também nos constrangemos, irritamos, nos entediamos com a ausência de som. Isso porque confundimos a abundância da respiração, do fundo dos mares e do interior de nós mesmos, com o que chamamos de nada.
O silêncio é deus.
Silêncio é tudo.
”o tanto que eu te queria”
Queria até mais que a mim
Te amei, mais que a mim, fui esquecendo de mim
De quem eu era, do quanto me amava, pra amar você,
O mesmo amor que dei e você jogou fora,
Jogou como se não valesse nada
O que era mais valioso para mim, pra você não foi nada, não valeu de nada...
O segredo da vida em abundância é agradecer.
Reconhecer que Deus é grande, que somos minúsculos e que sem a misericórdia D'Ele, nada somos. Tá vendo o seu carro? Casa? Roupas? Jóias? Festas? Etc.Tudo isso usufruído sem saúde, sem paz no coração, sem alegria, muitas vezes com orgulho, se achando imortal, não vale a pena. Viver uma vida confortável não é errado, errado é esquecer daquele que nos permite respirar todos os dias. E para os acham que têm pouco, o pouco com Deus, se faz muito, você tem saúde, é rico. Existem muitos pobres ricos, como também existem muitos ricos pobres. Então o melhor é reconhecer, agradecer a Deus pela saúde, pela sua bondade, pelo anoitecer e o amanhecer, pois na verdade, é o que verdadeiramente nós temos e como diz a música: "Dessa vida nada se leva."
Élcio José Martins
A INCENSATEZ DO NADA
A vida atribulada,
Meio atrapalhada,
Mesmo toda governada,
Fica algo pra outra jornada.
Pra tudo falta um fim,
Tiro de festim,
Lâmpada de Aladim,
Aspirante com espadim.
Tempero sem sal,
Ego do bem e de mal.
Escada em espiral,
Lapso temporal.
Cheiro de relva seca,
Cozinha sem receita,
Febre de maleita,
À espera da colheita.
Juízo sem juízo,
Lábios, boca e sorriso,
Jardins do paraíso,
Lágrimas de sobre aviso.
Busca de algo, será o quê?
Sem resposta, qual o porquê?
Mas tudo teima em querer,
Quer um novo caminho a percorrer.
Poeira levantada,
Berros da manada,
Camisa suada,
Pedras na calçada.
Porta estreita e selada,
Desvios de encruzilhadas,
Doutrinas empilhadas,
Vestes esfarrapadas.
Honestidades descarrilhadas,
Nádegas sem palmadas,
Cócegas de risadas,
Mandatários de privadas.
O brio sem brilho,
Egos afiados no esmerilho,
Dedos firmes no gatilho,
Pátria mãe perdeu seu filho.
Águas turvas da incerteza,
Contar notas com destreza,
Cueca perdeu nobreza,
Virou baú da esperteza.
Élcio José Martins
Eu vim do nada, eu nada sou, mas quem será?
Meu nada é tudo, foi Deus quem deu, quem vai tirar?
Nada também é quem vive a esnobar
eu sei cantando posso me sentir feliz
Digo cantando o que sinto vontade, o que faço e o que fiz...
E não sei qual a vantagem, em fazer qualquer maldade ou menosprezar alguém
e não sei o que consigo, corro atras do preciso,quero nada de ninguém
Saibam amigos que é assim que eu vivo bem!
Quem dirá que por sempre, não ti conhece
Sabe a verdade desse cosmo e reconhece
Nunca vi ente ou coisa alguma durar tanto
Excelso e durar algumas estações do galanto
Por que a glória só conheci o tempo
Terá ausência mais essa temporada será passatempo
Explorar um tal, e novidade é amor e paixão
Mais não será perpétuo, haverá desconexão
Familiares sua linhagem pelos séculos se perderá
De tudo que um dia conheceu cederá
A mente irá vagar por pensamentos primitivos
E fatalmente deixara detalhes intuitivos
A luz ou as trevas que irão lhe acompanhar
No seu raciocínio irão sugar o seu cunhar
De resto o que fez o deixou de fazer pelo lapso
Vai ficar deixando saudades ou não será capcioso
Perpetuidade só nas palavras, isso irá se sepultar
E um novo ensejo irá vim sim fixar para reinar.
Viva e creias que possa existir tudo do que viver acreditando que não existe nada, até o pó é soprado ao céu...
Existem relacionamentos que demandam exclusividade, sem meios-termos. Assim é com Deus, se não for tudo é nada!
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