Mar Liberdade
Vai e vêm
Nas ondas o vai e vêm
O mar lhe faz refém
O desgosto da areia de sempre ver ir embora
Aquele que tanto lhe faz se sentir bem por fora
E em um simples vai e vem da vida
Onde amores e horrores saem e entram
Onde se calam e põe a falar
De quando quebram já fazem se reformar
E de um poema confuso de entender
As palavras se ajeitando vão
E se organizando da forma
Que lhe faz chamar atenção
Como nas ondas de vai e vêm
O mar lhe fazem refém
E com um poema que parece confuso
Faço você se sentir bem
A poesia pela qual o filme está embrulhado, dentro da cena do velho navio encalhado no mar (que vai de encontro com a letra da música Vapor Barato). A simbologia desta imagem leva-nos a pensar que ela representa a impossibilidade de seguir ou retroceder, tal como os dois personagens que permanecem estáticos dentro do
contexto da clandestinidade, numa vida reticente, sendo corroída pelo tempo, como uma matéria bruta, como o velho navio enferrujado que não chegou ao destino final.
Chega de voar por todo mar...
Vem descansar e se aconchegar em meu peito, seu eterno porto seguro.
Acalma este mar revolto de saudade de ti, que alguns chamam coração, mas eu prefiro chamar de amor...
“E lá vamos nós, rimando e remando. O mar é longo, a correnteza é forte, mas com a graça de Deus e um pouco de sorte, a gente se livra da tempestade e da morte. Um porto seguro, talvez, vivendo um dia de cada vez. “
FRIO
Banhei a alma desnuda,
calada e muda,
no rio da solidão!
Quem sabe era um mar!
Onde me aconcheguei
nas ondas de ímpeto
do meu amar.
E me afoguei
ao acreditar nas tuas mãos!
Tempestade cessou,
Depois de eu perseverar,
Pois quando você chegou,
Minha dor virou gota no mar.
Sem demagogia meu medo se foi confesso e te juro,
Não há o que temer quando o barco a deriva acha porto seguro.
"A vida é como um naufrágio
E enquanto umas pessoas
são como os destroços ao mar..
Outras se agarram ao
primeiro destroço que conseguem ..
com medo .. desperadamente atrás
de se "salvar'.. outros simplesmente
decidem parar de nadar
e se entregam ao cansaço de tentar.
A realidade é que
estamos todos perdidos..
Todos à deriva.. em busca de uma salvação encontrar."
Era surreal estar na Grécia com o mar egeu ao meu redor, as pessoas falando “kalimera” nas ruas, as praias paradisíacas, as colunas do partenon, a mitologia e a história se espalhando no ar com o giro do vento. Se eu estivesse na França, na certa me sentiria parte de um quadro de Renoir, mas eu estava na Grécia e me sentia parte de um cartão postal, um daqueles com uma linda moça sorridente de vestido, e ao fundo, as construções brancas e azuis de Oiá. Eu sou a moça do cartão postal e ela é feliz, extremamente mais feliz a cada dia que passa, e ela ri, ela quebra pratos no chão enquanto dança
“ Sirtaki” , ela vira um copo de raki e admira a glória do Partenon. Ela sobe as escadas de Santorini, nada no mar Mediterrâneo, se ajoelha perante o templo de Zeus, ela tem a persistência de uma espartana , ela é abençoada por Apólo.
"A vida é como um mar, as coisas ruins são as tempestades, as boas são os arco íris que vem após elas, com uma água que reflete a luz e a noite a imagem da lua e Estela. Você pode desbravar esse mar sozinho, mas quando você o desbrava com alguém as imagens ficam mais belas"
"O mar me faz amar, amar o azul do mar
Azul que me faz lembrar, lembrar de teu olhar
É uma pena não te amar, mas continuo amando o mar."
Se todo o ar fosse mar, não haveriam “flores” sobre o “vento”, e nem “pétalas” sobre o “mar”...Todo amor precisa de um “movimento” e de um “mergulho”, onde o movimento é a força do ar que você respira para viver, e o mergulho, a sua coragem de viver em “águas profundas”...Respirar um sentimento vivo, é também despertar um sentimento novo. A cada soma de tudo aquilo que você deseja, adicione um pouco de sabedoria....Todo sentimento, na realidade, busca a sua segurança, portanto, multiplique sempre o seu querer, por aquilo que você sabe que um dia alcança...
Espalhem aos quatros cantos do mar
Que eu encontrei a mulher
Aquela que me foi destinada
Joguem aos ventos as minhas poesias
Para que todos os amantes ouçam as minhas palavras
Os meus gritos de amor
Diga a noite para que não tarde em voltar
Diga a lua...
Diga a ela...
mas diga sem lágrimas nos olhos
Que ela foi embora
A mulher que me foi destinada
Diga ao sol que nasça
Mas nasça devagar
Para que não acorde eu e a minha tristeza
Mar pé na areia, molhar somente os pés, pedalar momentos inesquecíveis. Obrigada por ter me proporcionado só alegria!
Inexistência - 2016
Hotel, beira mar...
As cortinas são desenhadas por causa do sol,
Neste quarto que é melancolia, sem cor...
Os barcos valsam ao sabor das ondas brilhantes,
Vencendo as marés, que como as cortinas, são sopradas
Sobre as praias, tentando impedir seu lançar ao desconhecido...
Enquanto eu, sentado na areia da praia, sozinho,
Sinto as brisas de verão escreverem levas redondas, E se precipitarem lateralmente.
E uma após outra levantam a areia branca que envolvem meu rosto;
Meus olhos se encontram em silêncio, estáticos.
A alegria e o êxtase da cena parecem como um doce que deve ser comido.
E enquanto a luz do sol se impõe no fresco da manhã, as andorinhas, escravas dos beirais do mar, constroem seus ninhos em cima, como um homem que semeia polias, ao longo de um túnel de luz.
E para sentir a luz em mim, seguida de um rápido bater de asas dos pássaros, roubo mais um tempo da vida antes de virar e fugir dali.
Sinto o toque de um ínfimo grão de areia, que a rigor deveria passar despercebido, deliciosamente.
Giro lentamente até tocar a agua fria com meus pés.
Não há como se apegar;
Instintivamente, eles pulam as ondas.
Partem de mim, e eu a liderá-los por entre a folhagem fina que ladeia a praia.
Vou nessa vida como um cometa errante que leva para o infinito as mais raras gemas, espalhadas pelo vento alto, para novamente, terra-formar o desconhecido, desconhecido.
Portanto, inexisto, agora...
