Manual de Sobrevivência
Pós amor...
Quem sobrevive a um pós amor ainda permanece preso nas lembranças dos tempos que foram bons por um determinado período,
o eco de outro tempo sobra no lugar aonde aqueles corpos não se encontram mais,
porém, depois de alguns voos sem direção, o sol volta a nascer lindo e vibrante apresentando o verdadeiro horizonte aonde as plantas nascem em cima das cinzas de fogueiras e aonde as flores crescem e dão seus frutos enriquecendo o novo momento.
Até aqui, minha existência tem sido uma verdadeira odisseia. Sobrevivi a provações que desafiaram os limites do possível, aprendi a domar o ímpeto do coração e a pronunciar um “te amo” somente quando a alma reconheceu a verdade do sentimento. Vivi realizações tão grandiosas que reduziram meus antigos sonhos à mera sombra do que a realidade me concedeu.
"Ao final, dormem os sobreviventes duma longa jornada solitária de corpos magros que por aí vagam, crentes que a vida é revolucionária."
Já perdi tudo, e ainda assim encontrei gratidão. Perder tudo é descobrir que o essencial sobreviveu, a gratidão nasce onde o resto se foi.
Fui silêncio por fora, grito por dentro e sobrevivi, as vozes internas pediram tempo e escuta, no autocuidado encontrei voz que acolhe, sobrevivi e cresci com minha verdade.
Pra sobreviver você precisa usar todas as armas, toda sua força e inteligência.
Use 100% do seu cérebro se for preciso !
E não desista jamais 😉
As chaleiras e os bules
carregam a alma
dos tempos antigos...
São sobreviventes
do silêncio de outrora,
quando o café fervia devagar
e o aroma tomava conta da casa
como um abraço quente em manhã fria...
Eu gosto das coisas
que resistem ao tempo e às modas...
do ritual de ferver a água,
de esperar o pó se misturar nela
para cozinhar com parcimônia
na chama lenta,
de ver a fumaça dançar no ar...
e só depois
coar no velho filtro de flanela ...
Gosto do sabor
que o tempo empresta
às coisas simples,
e das pessoas que, como eu,
sabem que há poesia
no gesto lento de preparar um café
á moda antiga...
sem pressa
e sem cafeteiras modernas...
Eu sou assim...
gosto das coisas,
dos olores
e dos sabores antigos...
✍©️@MiriamDaCosta
“Voando sem asas com um relógio sem tempo, guiado por uma bússola sem destino, sobrevivendo sem saber lutar, não vou parar até saber o que ganho tendo tudo.”
