Malmequer
Creio no mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O Mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo...
Eu não tenho filosofia; tenho sentidos...
Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é,
Mas porque a amo, e amo-a por isso
Porque quem ama nunca sabe o que ama
Nem sabe por que ama, nem o que é amar...
Nota: Trecho de "O Guardador de Rebanhos", do livro "Poemas de Alberto Caeiro", de Fernando Pessoa (heterônimo Alberto Caeiro).
...MaisUm dia peguei uma margarida e fiz o “bem-me-quer, mal-me-quer”… na primeira vez deu bem-me-quer, então me ama. Na segunda veio mal-me-quer, mas não fiquei preocupado …as margaridas também podem mentir!
Mal-me-quer, pensou com tristeza,
vendo a última pétala.
Depois lembrou que não tinha pensado em ninguém,
e ficou ALEGRE outra vez.
Bem-me-quer, mal-me-quer que nada! Eu me quero bem todos os dias! E a aceitação dos outros? Pra mim tanto faz. Estou bem com minhas vontades, sonhos, comprometida com as minhas realizações. Egoísta eu? Individualista? Não seja bobo, meu bem...
Opinião dos outros eu levo em consideração sim. Não de todos é claro. Apenas daqueles que os olhos brilham com a minha felicidade. Já os outros, ah...são excesso.
Ao invés de despedaçar-me, para saber se alguém bem-me-quer ou mal-me-quer, decidi pelo florescer do ‘bem-me-quero’!
quanto mais a flor sente dor
mais lágrimas despetaladas
em mal-me-quer
mais se arma com espinhos
com mais vontade fica
de ser botão outra vez
então ela se fecha
esconde a brecha
do amor ferido
que foi bonito uma vez
dificil será o cupido
lançar outra flecha
rumo ao seu coracao
que nem de longe tem intenção
de sequer amar outra vez
e vou te contar
que o conto do era uma vez...
não se repetirá jamais
talvez sim, com o próprio amor
esse sim, nunca morrerá!!!
Bem-me-quer, mal-me-quer
Mãos que desfolham e matam uma flor,
São as mesmas que almejam que a última pétala seja bem-me-quer.
Na brincadeira ingênua do descobrir, não existe o tempo de observação.
Não se repara na flor.
São poucas pétalas e pode se contar nos dedos...
Mas, o prazer de destruir e descobrir que é amada, é superior a sensação de bem querer do outro.
Assim, a brincadeira termina.
Mal-me-quer.
E outra flor é retirada e morta...para continuar a testar o amor...
Se talvez ela percebe-se que amor nada tem a ver com testes, mas em respeitar e compreender a natureza do próximo, certamente a vida só daria bem-me-quer.
Bem-me-quer!
Aquela Brincadeira deu certo. Bem-me-quer, Mal-me-quer!
E bem me quis o Amor! Que A mim agarrou. Assim devagarzinho...
Com seu jeitinho. Um simples sorriso e Meu coração se amarrou.
Entrelaçou-se em suas pernas. Almas que o destino uniu.
Eis o amor, em todas as suas formas.
Companheirismo, Amante, Apaixonado, Don Juan...
...Sim! Esse é o Nosso Amo! Que cresce Cada dia Mais!
Que me faz deitar na grama e contar as estrelas
E brincar no jardim com as flores e borboletas.
Rafaella Santana
Bem-me-quer mal-me-quer.
Bem-te-vi quero-quero!
Duas vezes uma pra cada um.
Um para cada uma.
Plim-plim!
Se o Bem-me-quer continua sendo separado por hífen, o hífen de Mal-me-quer, foi-se. O mundo anda tão pesado de ódio, que o hífen que separava o Malmequer, danou-se.
Ela tem alma de flor. Precisa ser regada para desabrochar amor. É bem me quer do sorrir e malmequer
para dor. Natureza que florir onde é cultivada. Floresce onde semeia fé, colorindo tudo onde não floria nada. Ela é florada de mil tons, jardim florido, primavera em toda estação. É chuva de pétalas até no verão. Ela tem alma de flor mesmo vestida de comigo ninguém pode.
Um novo dia começa.
Parece ser igual,
tudo ser normal.
Um dia qualquer.
De bem e malmequer.
Mas tem um diferencial.
Sempre há tempo de recomeçar, renascer,
aprender, mudar e Amar.
