Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
O Homem é uma criatura tão estranha, tão diversa, que tem sempre uma postura muito perto da loucura e o resto é só conversa.
Há nas redes sociais
um convívio mascarado,
que se vê nos arraiais
e nos mostra um pouco mais
o valor do nosso fado.
Absorvido entre as orelhas vejo o campo a céu aberto... Já me faltam as pardelhas, se abalarem as abelhas tudo isto é um deserto.
É tão bom depois da ceia apanhar o ar gelado, e subir numa boleia aos confins da lua cheia para ver o céu estrelado.
Eu me perdi quando estava no caminho, me perdi quando ia, me perdi quando vinha, me perdi no tempo, e com o tempo me perdi, me perdi nos planos, me perdi do futuro, me perdi no sonho, me perdi pensando, me perdi tentando, me perdi servindo, me perdi trabalhando, me perdi ajudando, me perdi confiando, me perdi amando, me perdi perdoando, de mim mesmo me perdi...
Noite encantada
... E nos teus braços minha amada
A noite em doçuras se eterniza ...
Nosso amor brilha na madrugada
A aurora chega e nos parabeniza.
Mania de amar
Quero ser o seu arremate
Na loucura de tanto amar
Q' a paixão nunca nos falte
Varar a noite até o Sol raiar.
A censura sempre existiu, o pensamento livre está em perigo e o Facebook pergunta: "Em que estás a pensar?" De uma forma natural e com algum descaramento, a todos aqueles que ousam pensar e expor os seus pensamentos neste carnaval de tudo um pouco, sem nos alertar que o pensamento nos dá ideias, que as ideias nos dão opinião e que a nossa opinião, se sair um pouco dos carris do rebanho e do senso comum, oferece-nos quase sempre um vendaval de intolerância e um fardo de represálias em cima, para ficarmos cientes da dimensão da nossa liberdade e do valor das nossas ideias. Costumo dizer que o valor das nossas ideias depende muito do contributo que damos para a evolução da sociedade e do número de idiotas que se juntam e que lutam contra elas. Ademais, nesta disputa incessante de ideias, sou levado a acreditar que tanto no amor como no ódio as opiniões podem ser distintas, porém, os objetivos assemelham-se e convergem no amor verdadeiro que une uma grande parte das pessoas: "a defesa do seu próprio bem-estar e o pão de cada dia". Nem que a troco desse conceito estereotipado tenham de vender a alma a um diabo qualquer ou na melhor das hipóteses tenham de meter todas as palavras do seu pensamento no seu santificado silêncio. Por consequência, com esses mesmos preceitos enraizados no senso comum dizemos que estamos a ajudar a educar crianças e jovens a crescer, para que no futuro próximo esses homens e essas mulheres ajudem a fazer deste mundo um mundo melhor, que colaborem na verdadeira emancipação do seu próprio país e que participem na harmonia social das suas cidades, das suas vilas, das suas aldeias, e até dos seus montes, desde que haja um vizinho por perto. Dá que pensar!
Nesta grande mangação, todos temos que entender que há malandros na nação, onde uns são porque são e os outros gostam de ser.
Se um dia você sentir minha falta,
se ouvir meu nome em algum lugar,
lembre-se:
eu estive lá,
mais perto de você do que você jamais estará de mim.
E, mesmo assim,
você escolheu partir.
Lá vão os mascarados, podem vê-los
de tantas formas, no seu mundo subumano;
levam caraças por debaixo dos cabelos,
mais os embuços que carregam todo o ano.
Vão prá folia, vão alegres, vão perfeitos,
como histriões dos artifícios mais bonitos;
folgam-se normas, repetidos preconceitos,
em prol dos cultos aos assuntos interditos.
São tão felizes, disfarçados e contentes,
pulam e troçam, nesses grupos a granel;
é Carnaval, deixai-os ir que vão contentes
como as estrelas que são feitas de papel.
Tanta alegria, tanta farra neste Entrudo,
tanta folgança, tanta cor, tanto brilhante;
riem-se as almas, as tenções e quase tudo,
das zombarias deste enlevo extravagante.
Os homens gostam de mostrar as suas invenções às mulheres, mas as mulheres inventam coisas que os homens nem sonham.
Na articulação das palavras há sempre a intenção de quem as profere e o julgamento de quem as escuta.
