Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Nos caminhos de um sonho a desvendar,
Onde o sabiá canta com doçura no ar,
À luz da lua, nos olha a menina,
Perfume do mato, brisa das colinas.
Nossa cama, a grama verdejante,
É o leito perfeito para o amor vibrante,
Sou filho do sertão, apaixonado de coração,
Ofereço à natureza minha devoção.
A vida é um refúgio, em cada esquina,
Onde encontramos paz, é nosso lar genuíno,
No riacho, banhando-nos juntos em prazer,
Nadando, rindo, sem pressa para o amanhecer.
E ao cair da noite, acendemos a paixão,
Como fogueira que aquece a alma e a emoção,
Seu amor, meu cobertor, a me confortar,
Nesse abraço, o frio não tem lugar.
Sou caboclo, um ser simples e verdadeiro,
Com o coração repleto de amor derradeiro,
E ao acordar, é a passarada a cantar,
Anunciando que um novo dia há de brilhar.
No paraíso que construímos com primor,
Com você, deusa divina, sou completo e maior,
A natureza é nosso abrigo, nosso viver,
Tudo se faz lindo e profundo, só com você.
A vida é nossa jornada, lado a lado a trilhar,
Desvendando segredos, sem jamais parar,
E no coração dessa nova canção,
Encontro o significado do amor em sua emoção.
Entrelaçados na dança do destino e paixão,
Somos um só, sob o céu de constelação,
Nossa história é a mais bonita melodia,
Na sintonia eterna de uma doce harmonia.
Nas terras onde eu caminho,
Onde a brisa sussurra suave,
As flores que aqui desabrocham,
São como estrelas no céu que grave.
Em solitude, na penumbra da noite,
Encontro paz e encanto a vagar;
Na terra onde o coração sorri,
Onde os sonhos se encontram a bailar.
Lá, a natureza é poesia viva,
Com sinfonias da alma a ecoar,
E a vida desdobra-se em laços,
De amores que jamais vão findar.
Que Deus permita meu retorno,
A esse paraíso que me chama,
Onde a saudade se transforma,
Num abraço das palmeiras em chama.
Pois lá, no canto do Sabiá,
Na doce melodia que se entrelaça,
Eu encontro a essência da vida,
E a esperança que jamais se esvazia.
Pelos campos verdejantes, onde o sol se põe dourado,
Vejo um brilho esperançoso, de um destino desenhado.
Um menino de olhos brilhantes, corre leve pelo prado,
Em seus sonhos tão valentes, vejo um futuro abraçado.
Toque o berrante, meu senhor, e ecoe o seu chamado,
Para o mundo que se agiganta, onde a paz é o seu estado.
Quando a vida seguir avante, na jornada do passado,
Lembraremos com carinho, o tempo bem vivido, ao seu lado.
Atravessando a estrada longa, encontro espinhos pelo chão,
Mas as flores que brotam, cantam a mais doce canção.
Na viagem de volta, na alma a certeza de união,
Vemos sempre a esperança, em cada curva da paixão.
No ranchinho de beira-chão, um sorriso a iluminar,
Uma mulher acolhedora, o abraço de um novo lar.
Boiadeiro sempre atento, sua mão a consolar,
Unidos, curamos feridas, o amor nunca vai findar.
Pelos campos de Ouro Fino, onde a vida é um aprendizado,
Uma imagem no horizonte, reflete o que é amado.
No seu rangido tão doce, sinto um abraço apertado,
Do menino que um dia fui, com o tempo resgatado.
E a cruz no estradão, uma lição que ecoa em paz,
Lembranças de um passado, guardadas em cada traço.
Juramos preservar a vida, em cada bicho e rapaz,
Neste chão abençoado, o berrante ecoa suave e audaz.
Por entre os campos verdejantes, um novo dia raiará,
Com a nova letra cantada, a harmonia que nos dará.
Na simplicidade encontramos, a beleza que pairará,
E juntos, lado a lado, a jornada seguiremos, sem parar.
Eu sou o tempo, e tudo em mim se manifesta.
Sou tudo que você precisa, sou cada instante que te rodeia
Sou tudo que muitos queriam ter, e também sou a sobra desperdiçada.
Sou a criança que acabou de nascer.
O adolescente que se apaixonou pela primeira vez.
O adulto que seus sonhos realizou.
E o ancião que no leito de sua morte, olhou cada minuto do ponteiro do relógio.
Eu sou a certeza que tudo é passageiro.
Sou precioso para quilo que não é eterno, e eterno para aquilo que é preciso.
MEU PERFIL É ANÁLOGO AO PERFILAMENTO RACIAL ?
... O lixo vai falar o óbvio, e de boa!
“Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele.”
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
A Pátria é Genocida...
Na redação tirei nota Mil!
Aqui no Brasil está barril dobrado disso acontecer, pastor King.
Sua bênção apostólica.
...eu ainda ando no vale da sombra da morte. Mas não temo nada; porque não ando só...
Muhammad Ali, quem tá comigo não foge ao ringue.
Enquanto a cor da pele for menos importante que a narrativa do racista, haverá Perfilamento Racial.
Na minha quebrada eu tenho a cara de painho.
Na rua, a cara da viatura.
Sou revistado, a única droga que carrego é meu caráter. Estou aramado de cultura e arte, nunca estampei minha cara numa revista. Veja!?
O policial fala no meu ouvido em Espanhol:
“Oye, negro, ¿estás bien?”
(Quando dá, eles perguntam)
Queria bailar/ gingar como o Vini Jr.
Mas não posso hablar, porque o racismo estrutural não deixa.
Meu amigo negão estava com um beque, e seu parceiro branco estava com um quilo da massa, só meu amigo que foi para o presídio. Está numa sala lotada, desprovido de direitos e liberdade.
Mas o negão só traficava poesias.
Poxa! Queria comprar uma camisa do Santos FC 2012 – branca , mas o segurança do Shopping me vigia.
É aquela ideia, que existe pele alvo e pele alva.
Além de eu ser um Negro Drama, sou também um negro Eloquente, Lombroso:
Penso, existo, escrevo, logo sou poeta na minha cidade, Platão.
Tô descartando ideias racistas, irmão.
Estou tentando ser um ponto fora da curva como o Abebe Bikila:
Mas com os pés no chão.
Eu entro no restaurante de blazer,
E não sou revistado.
Se estou a caminhar na minha rua sem camisa, com meu dialeto, tatuado, kenner, boné ou cabelo pintado e bermuda,
Sou abordado pela polícia. Por quê!?
(Quase sempre por PM preto, maior onda!)
Com o Reconhecimento Facial,
Fica mais fácil para os homens me verem. Na moral!
Sua câmera contida na farda, só grava o que eles querem, moço.
Se eu der mole na rua, levo oitenta tiros. E eles ainda pisam no meu pescoço.
Quem criou às drogas, às armas, quem as levou para a Favela? Só não foi noíz!
Sou do Matadouro, senhor, mas danço até em linhas tortas.
Sou Sucupira, me deixe ir pela sombra, sou dos 4, sou da Formiga, sou da Carioca, sou do Areal – da Terra Santa. Amém!!!
Sou da Rua Nova, sou da Bahia , sou da Princesa do Sertão, enfim, sou Lucas da Feira!
-Pegou o documento, filho?
Não temos nenhum valor, não somos ninguém.
Não saía com essa roupa, você é doido!?
Nós combinamos de não morrer, lembra!?
Pô! Mainha, Bob, já nos dizia: liberte-se dessa escravidão mental.
Na entrevista de emprego, não passo.
No jornal local minha cor rouba a cena.
No futebol, sou chamado de macaco.
Na universidade pública, o preto não está no seu devido lugar. Viaje nesse poema!
No CAPS, minha cor escureceu tudo.
Sou influenciador digital, mas não sou patrocinado.
Não existe capitalismo sem racismo, Malcolm X.
O que fizemos ao senhor capitão
Além de nascer com essa cor?
E de sorrir lindamente diante
De nossa amiga dor?
O que eu preciso fazer pra deixar claro para vocês que eu sou escuro?!
Se minha cor te incomoda,
Lá no quilombo estou na moda.
Existe os direitos humanos,
Mas os homens também têm suas leis. Que malandragem!
Pai faz, Mãe cria e o Estado mata!
Nem todos vingam, promotor! Pega a visão!
Sou filho de Pretos, e quero respeito, quem mora no gueto não é ladrão.
A Vida é Loka, Nêgo, mas nela não só estou de passagem.
Eu tenho um sonho: que se realize o sonho de Martin Luther King.
Os dias seguem, mas algo ainda parece fora de lugar. Há lembranças que, por mais que o tempo passe, permanecem, como se esperassem por um reencontro. Pequenos detalhes, gestos, e palavras sussurradas no passado voltam à mente, trazendo uma sensação que não consigo ignorar. Em meio ao silêncio, percebo que nem tudo foi deixado para trás. Algumas histórias ainda têm páginas por escrever, e talvez, apenas talvez, certas presenças nunca se afastem realmente.
A resposta que você tanto procura está registrada nas páginas do livro mais importante da face da terra. A BÍBLIA SAGRADA.
Como podem ser inesquecíveis tempos que aos poucos se vão perdendo na memória, soprados por novos e eternos minuanos? Lembrar é uma necessidade. No fundo, lembrar está aquém e além da razão.
Deus nos concedeu a responsabilidade de amar e cuidar de nossos filhos. Eles são propriedade exclusiva de Deus.
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