Machado e Juca Luiz Antonio Aguiar
Nessa vida temos que tomar cuidado com pessoas manipuladoras,elas conseguem acabar com a nossa estória.
Ninguém precisa saber os seus motivos. Ninguém precisa ver suas lágrimas, nem ouvir suas orações. Saiba que há silêncios que nos preservam.
Dizer não ao olho por olho é amar a verdadeira essência, é ir além do materialismo da própria existência.
Diga não a roteiros pré-definidos por situações que pessoas estabelecem como verdades verdade absoluta.
Tenha a sua mente aberta para novas possibilidades. Temos a liberdade de modificar quantas vezes forem necessárias as nossas ideias ,até que não exista mais possibilidade.
Independência ou morte aos manipuladores da existência.
Como uma pedra! Queria ser.
Queria ser tão forte quanto.
Tão dura quanto.
Quem me dera, saber ficar parada como.
Não, não queria conhecer a fragilidade.
Não quis nunca, sentir tão intensamente.
Jamais quis ter um coração vermelho.
Mas tenho.
Ele é feito de carne e pulsa sentimentos.
Eu creio que a senhora sonha talvez demais. Sonhará uns amores de romance, quase impossíveis? Digo-lhe que faz mal, que é melhor, muito melhor contentar-se com a realidade; se ela não é brilhante como os sonhos, tem pelo menos a vantagem de existir.
A Corte divertia-se, como sempre se divertiu, mais ou menos, e para os que transpuseram a linha dos cinquenta divertia-se mais do que hoje, eterno reparo dos que já não dão à vida toda a flor dos seus primeiros anos. Para os varões maduros, nunca a mocidade folga como no tempo deles, o que é natural dizer, porque cada homem vê as coisas com os olhos da sua idade. Os recreios da juventude não são decerto igualmente nobres, nem igualmente frívolos, em todos os tempos; mas a culpa ou o merecimento não é dela, – a pobre juventude, – é sim do tempo que lhe cai em sorte.
A deliciosa paisagem ia ter enfim uma alma; o elemento humano vinha coroar a natureza.
Sua natureza exigia e amava essas flores do coração, mas não havia esperar que as fosse colher em sítios agrestes e nus, nem nos ramos do arbusto modesto plantado em frente de janela rústica. Ela queria-as belas e viçosas, mas em vaso de Sèvres, posto sobre móvel raro, entre duas janelas urbanas, flanqueado o dito vaso e as ditas flores pelas cortinas de caxemira, que deviam arrastar as pontas na alcatifa do chão.
Um leitor perspicaz, como eu suponho que há de ser o leitor deste livro, dispensa que eu lhe conte os muitos planos que ele teceu, diversos e contraditórios, como é de razão em análogas situações.
A natureza incumbira-se de completar a obra, – melhor diremos, começá-la. Ninguém adivinharia nas maneiras finamente elegantes daquela moça, a origem mediana que ela tivera; a borboleta fazia esquecer a crisálida.
Não mofes dos meus quinze anos, leitor precoce. Com dezessete, Des Grieux (e mais era Des Grieux) não pensava ainda na diferença dos sexos.
O Despertar da Fonte**
Despertar…
É lembrar o que a alma já sabia,
Que a Fonte que te gerou,
Nunca esteve longe, nunca partia.
Não é em templos de pedra,
Nem em vozes que gritam no altar,
É no silêncio do peito aberto
Que Deus começa a falar.
Procurar fora é se perder no véu,
É tentar achar o céu
Num mapa que não leva
Ao centro do teu papel.
O verdadeiro templo?
É você, em carne e luz.
É quando a presença se firma
E tua essência reluz.
É abrir o canal do sentir,
Com verdade e frequência vibrar,
Ser ponte entre céu e chão,
Sem mais precisar buscar.
Deus não está em um lugar,
Está em tudo o que há —
Mas é dentro de ti, no agora,
Que Ele mais brilha, que Ele está.
Palavra é sedução, sempre. Até quando a gente reza está querendo seduzir Deus.
Temos muita curiosidade de viver outras vidas, de sair um pouco da nossa. E a gente não pode sair de verdade. Não podemos morar em outra cidade, casar com outras pessoas, ter outras profissões. Mas na literatura vivemos essas experiências, não como uma fuga, mas como um acréscimo. Como possibilidade de entrar na pele de um outro e se sensibilizar.
Ler – sobretudo poesia – desperta na gente essa alta sensibilidade para a linguagem. Isso nos faz bem. É como ver uma paisagem bonita, ir para um lugar onde haja uma flor perfumada.
Acho que dizer “não gosto de ler” é o mesmo que dizer “não gosto de namorar”. É só porque aquela pessoa ainda não encontrou o parceiro certo. O livro certo. Esse não está lhe dando prazer? Passa para outro. Porque você vai encontrar um outro. E vai descobrir o barato que é.
