Machado de Assis Contos Curtos Saudades
Nada contra as manifestações e aplausos em apoio aos profissionais de saúde que atuam no combate ao coronavírus.
Só não gosto de criar expectativas, pois muitas vezes as mesmas pessoas que aplaudem hoje são as mesmas que criticarão amanhã, caso ocorram problemas de atendimento nos hospitais.
Tenho a impressão de que o homem das cavernas, os tempos das trevas, o submundo e a violência nunca saíram de cena.
A diferença é que nos tempos atuais são transmitidos online pelos celulares.
Crimes com armas químicas, biológicas, decapitações, esquartejamento e pessoas queimadas em praças públicas...
Tudo isso comprova que o homem selvagem continua vivo em nossa sociedade.
Libertos das correntes da sociedade patriarcal e machista, mas presos nas amarras da sociedade consumista.
Trocamos a escravidão do lar pela escravidão do mercado.
Estamos constantemente transitando de uma forma de opressão para outra.
A emancipação plena parece inalcançável; estamos fadados a uma prisão perpétua sem direito a condicional.
É estranho ouvir algumas pessoas oriundas de comunidades pobres falarem que são contra as políticas afirmativas no Brasil, argumentando que, se conseguiram vencer na vida sem utilizar cotas, todos podem também.
Como se essas conquistas pessoais desobrigassem o Estado brasileiro de reparar as desigualdades sociais e todos os danos causados pelo processo de escravidão ao longo da nossa história.
Quando a mídia de extrema direita abraçou as causas sociais, de certa forma, enfraqueceu o movimento de esquerda.
Isso ocorre principalmente ao vender o racismo, homofobia e feminicídio como mercadorias, mais preocupada em aumentar a audiência do que em resolver os problemas de fato.
Ao fazer recortes do contexto e focar apenas na parte que gera mais audiência, estão contribuindo para aumentar a segmentação e o extremismo na população, colocando uns contra os outros.
Acho normal que, no ringue da vida, as pessoas lutem para conquistar e manter o “cinturão dos privilégios”. Afinal, ninguém entra numa luta para perder.
Entretanto, por uma questão de justiça e equidade, precisamos oferecer as mesmas condições e oportunidades a todos os competidores antes de subirem no tablado. Independentemente de raça, cor, gênero, língua, opinião política, origem nacional ou social, propriedade, nascimento, status...
Não lembro de nenhum movimento revolucionário que tenha alterado de forma significativa a situação na parte inferior da pirâmide social.
Acredito que as revoluções servem muito mais para a alternância de poder do que para mudar os destinos das castas pobres brasileiras.
Apesar disso, penso que o desejo revolucionário deve existir sempre, uma vez que é fundamental para proteger a democracia dos tiranos de plantão.
Os filhos dos "batalhadores brasileiros", classe intermediária entre a "ralé" e as classes superiores, não parecem muito interessados em sacrificar suas vidas seguindo a mesma trilha tortuosa que seus pais percorreram, carregando uma cruz grande e pesada para conquistar um lugar ao sol.
Geralmente, optam por permanecer no conforto do lar, aguardando o momento de herdar os bens conquistados por seus pais.
A figura da 'mulher objeto' movimenta muita grana dentro do sistema capitalista, especialmente para a indústria da mídia, publicidade, entretenimento e pornografia, contribuindo para a perpetuação de normas de gênero prejudiciais.
Enquanto essa lógica permanecer, nada mudará de concreto na vida das mulheres.
Durante a gestação, o corpo da mulher passa por uma série de mudanças hormonais, preparando-o para o parto e desencadeando uma variedade de efeitos físicos e emocionais na grávida.
Atribuir exclusivamente à construção social seria desconsiderar esses elementos biológicos, negligenciando uma parte fundamental da complexidade dessa experiência.
A ascensão social de alguns negros pobres da periferia não é a regra, mas uma exceção diante de um ambiente extremamente desigual.
Isso não invalida o descaso histórico do Estado brasileiro, os efeitos da escravidão, e a necessidade das políticas de reparação social, tampouco valida a ideia de meritocracia.
Votos vencidos, usamos créditos para alcançar objetivos imediatos, quebrando em seguida.
Considerados precavidos demais, fomos excluídos dos méritos; alegaram que nunca teríamos saído do lugar sem conhecê-los.
Ignorando que poderíamos alcançar o mesmo destino sem contrair dívidas expressivas, mesmo em tempos distintos.
O excesso de fragmentação de grupos identitários afeta a compreensão das interseções e o desenvolvimento de políticas inclusivas?
A dimensão política nesse processo visa principalmente a criação de novos colégios eleitorais?
Essa subdivisão é necessária para desenvolver políticas públicas mais específicas e eficazes para promover uma sociedade mais justa e inclusiva?
Na agonia da insônia, numa noite sombria, trago a correria do dia a dia como companhia.
Os ponteiros do relógio giram na mente trazendo a agitação do dia. A insônia persiste, sem dar trégua ao tormento que tanto aflige.
Oh, como anseio pelo descanso tão merecido, longe do frenesi que impede dormir.
Que o silêncio acalme a tempestade em meu peito, e que o sono, enfim, traga o alívio perfeito.
No olhar puro de uma criança a sorrir, reside a esperança que faz o mundo florir.
É difícil compreender quem não se encanta diante da pureza que emana, tanta esperança.
Que possamos sempre, com ternura e amor, apreciar cada sorriso como um tesouro de valor.
Pois ali está a esperança, a fé a nos guiar. Ali, no sorriso de uma criança, o mundo pode se encantar.
No palco do agora, forjamos nosso caminho em busca do aperfeiçoamento, sem desalinho. O passado, já findo, não mais nos detém, e o futuro, incerto, só no presente convém.
Com cada passo dado, moldamos nosso destino na cadência do presente, sem desatino. Deixemos o passado repousar, sem pesar, e o futuro, que se desenrole ao nosso olhar.
O agora é nosso para viver e crescer, neste instante precioso é que vamos florescer.
No palco presente, dançamos nossa canção em busca do aperfeiçoamento, em constante evolução.
Imaginação
Em terreno fértil onde o saber não alcança, no vácuo do desconhecido, se agita; entre sonhos e devaneios, palpita.
Sem fronteiras nem limites, voa, criando mundos onde a realidade se escoa.
No palco do impossível, protagonista, em um espetáculo etéreo, onde a mente se alista. Assim, na falta de saber, floresce, entre mistérios e enigmas, se engrandece.
Estudo
Estudamos discursos escusos que não são nossos, explorando vozes em todos os nossos cursos.
Em palavras alheias buscamos inspiração,
para enriquecer nossa própria expressão.
Cada voz, um mundo a descobrir, em um mar de conhecimento a nos unir.
Estudamos discursos de longe e de perto, cada palavra, um tesouro aberto.
Na diversidade de vozes, nossa mente se expande, novas perspectivas nosso ser alcança.
Sonho reverso
Num sonho reverso, para além da imersão, onde universos múltiplos compõem o refrão.
No metaverso, deslizo entre portas abertas e semiabertas, vagando perplexo.
Em mundos paralelos entrelaçados, mistérios cósmicos se desvendam.
Cada palavra é um portal, guiando para além do entendimento astral.
Nas entrelinhas do poema, a essência do sonho reverso se revela, fluindo em universos paralelos.
Tela alienante
Na tela radiante, o mundo se enreda, a mídia escraviza.
Na massificação, a alma se perde. Na despersonalização, a essência se dissolve.
Nas ideias moldadas, pensamentos são guiados, pressionados e aprisionados em cárceres disfarçados.
Precisamos quebrar esses grilhões, despertar a visão na alienação, resgatar a singularidade na diversidade, encontrar a redenção na educação rumo à libertação da tela alienante.
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