Machado de Assi Poema a Carta

Cerca de 41805 frases e pensamentos: Machado de Assi Poema a Carta

Redenção nas Palavras

Me perdoa, o meu eu de ontem já está morto,
Pelos erros cometidos, carrego um fardo,
Hoje, humildemente, estendo a mão,
Na poesia, encontro redenção.

No rio do tempo, o eu se molda a cada dia,
Ontem se desfez, como a luz que se esvai,
Hoje é a tela em branco, onde a vida se cria,
E no amanhã incerto, o amadurecer que aí vem sai.

As lágrimas de ontem, como chuva que cai,
Lavaram as feridas, para o eu se renovar,
As escolhas do agora, são a voz que nos guia,
No eterno ciclo de aprender, amar e recomeçar.

Assim, perdoamos o eu que já não persiste,
Abrimos as portas para o que há de vir,
Na dança do tempo, cada passo é um artista,
E o eu que se forma, é um poema a existir.

Inserida por WillCezar

o amor não é rodovia
mas a estrada que nos põe a viajar
o amor não é passarela
mas a avenida que nos faz atravessar

não é pista de pouso
mas a pista que precisamos para nos guiar

conexões
diagonais
e bifurcações

o caminho e o atalho
que faz a gente sempre se encontrar

e ainda que ajam curvas
e o destino até ele me faça capotar
escolherei você
para sempre me acidentar

Inserida por FelipeAzevedo942

⁠Que eu seja uma ponte de travessia para os bons sentimentos
Que quem por mim passar só encontre a paz,
Que eu jamais seja barreira.
Que eu jamais atravanque o caminho de alguém.
Que eu seja a melhor ponte de passagem, aquela onde a bondade sobressai o rancor;
E quem por mim passar,
Mesmo se a dor carregar,
Só vai sentir amor

Inserida por hortmelo

⁠Não deu para esconder o sorriso
E das palavras que falei sem pensar
Admirei com atenção seu sorriso
E sua boca, só queria beijar

Doce, pura e muito peculiar
Séria, madura e cheia de atenção
Disciplinada, centrada e donairosa
A doce moça que conquistou meu coração

Se eu pudesse voltar no tempo
Queria novamente te dizer
Que foi muito especial e legal
Conversar, brincar e sorrir com você

Como um exímio amante do saber
Queria em pequenos versos te definir
Mesmo não sendo literal ou figurado
Mas juro com dedos juntos, que ia amar ouvir

Inserida por Elder_de_Jesus

⁠Pinga. Pinga. Pinga.
Debaixo da pia sem pudor
Garganta inteira pede
Agua, poesia e amor.

Tontura permeia em meu corpo
Ao banheiro no caminho
Piso no chão de quadrados
Piso, como se fosse espinhos.

Lâmpeja na minha cabeça
Situações começa a criar,
Olheiras brutas nos olhos
Começam a afundar.

Deito. Olho. Penso.
00:00
Mais uma noite em claro
Descrito no meu caderno.

Inserida por Regianevieira

⁠Tem sido dias difíceis
não dá tempo de explicar,
Sinto saudades do que não vivi
imagino a mesa posta no jantar.

Uma vida paralela a essa
A alegria fazendo festa
Sem hora para acabar.

Sonho com a tal felicidade
Aquela vida de verdade
Espero que não demore
a esse dia chegar.

Inserida por mariahsol

⁠Nos cabelos castanhos, um brilho sutil,
No olhar felino, encanto incontestável,
Seu sorriso, estrela em noite tão hostil,
Ilumina meu mundo, torna-o memorável.
Jovem de idade, maturidade rara,
Encanta-me com sua sabedoria,
Comunicativa, qual pérola rara,
Conversas contigo são minha alegria.
Teu ser, uma poesia em movimento,
Cabelos, olhar, sorriso, tudo é encanto,
Na juventude, encontras entendimento,
És a musa que meu coração aguardo.
Oh, garota dos cabelos castanhos dourados,
Com teu olhar de felina, és meu fado,
Teu sorriso ilumina meus dias findos,
És a razão dos meus versos, minha felina.

Inserida por Santleony

Rua

⁠Rua escura, sem saída
Sombras se movem na sarjeta
Um grito ecoa na noite
Um corpo é arrastado

Rua fria, sem alma
O vento sussurra segredos
Um choro é ouvido ao longe
Um espírito vaga

Rua perigosa, sem vida
O crime impera na esquina
Um assassinato é cometido
Um cadáver é jogado

Rua macabra, sem esperança
A morte é o único destino
Um funeral é realizado
Um caixão é fechado

Rua tenebrosa, sem futuro
O medo é o único sentimento
Um pesadelo se torna realidade
Um terror sem fim

Inserida por usually

⁠No silêncio da minha mente confusa,
Eu me perco em uma busca incessante,
Comparando-me com um ideal ilusório,
Que me faz sentir tão distante.
Busco a perfeição que nunca alcanço,
Nas sombras da minha própria imagem,
Me cobro, me culpo, me machuco,
Nessa busca constante por uma miragem.
Vejo o mundo lá fora, tão cheio de luz,
E me vejo na penumbra do meu ser,
Me comparando com o que não sou,
Esquecendo o valor que há em me conhecer.
Às vezes, me sinto pequeno e frágil,
Diante do espelho implacável da idealização,
Mas preciso lembrar que sou único,
E encontrar a beleza na minha imperfeição.

Inserida por MarcosKami

⁠Rosa Branca

Essa é uma mensagem para a Rosa Branca no meio do campo.
Que se mostrou tão linda no meio de tanta ausência e abundância
Expressou sua beleza derivada do contraste
Plantada ali, no meio do mundo
Era só uma rosa branca no meio do campo
Se escondendo propositadamente no mato alto
Onde só se vê as pétalas macias
Você clamou o meu toque, pediu a minha mão
Rosa Branca no meio do campo, escondeu teus espinhos?
Você precisa de cor, o vermelho do meu sangue te colore.
Essa cor não é sua, Rosa Branca
Vermelho não te favorece,
sua beleza não precisa de pintura, não precisa do meu corte
Embora doa, eu não sofro, Rosa Branca
E o que te falta é você enxergar presença na sua cor ausente

Inserida por MariaFernandaRufini

⁠À TARDE

Agradeço a Deus pelo silêncio
Que às vezes se faz.
O silêncio permitido
Pelo rádio desligado,
A TV muda e vazia,
As vozes cessadas.

O som da voz de uma criança,
Medido e sentido pela distância;
O som do canto de um pássaro
Crescendo no silêncio.

O som de um serrote é o som do aço
E da madeira, tão primitivo
Quanto nos dias de Noé.

Baixo contínuo é o vento,
De tudo um violoncelo desafinado.

Inserida por JCassais

Fachada

Logo vai terminar o prazo
para o homem construir sua fachada.
Ele continua em andaimes.
Provisório.
Exibe máscaras cambiantes.
Sua face inconclusa,
sustentada por ferragens,
parece esconder que,
em todos esses anos de obra,
ergueram-se inúteis plataformas
para edificar um escombro.

Donizete Galvão
O homem inacabado. São Paulo: Portal Editora, 2010.
Inserida por pensador

Cidade

ó blues de cruciais impossibilidades
dores de amores inexistentes
rosas amarelas mortas no apartamento
beijos e salivas nas tardes desérticas

ó visão depressiva do asfalto molhado
prédios encardidos & horda dos bárbaros
arquitetura de guerra de dias provisórios
espelho poluído da cidade da chuva

ó mundo artificial com sua natureza de néon
espetáculo de vitrines e exibições
nada de eterno palpita no seu coração
tudo já nasce velho para ser refeito amanhã.

Donizete Galvão
Azul navalha. São Paulo: T. A. Queiroz Editor Ltda, 1988.
Inserida por pensador

Oração natural

Fique atento
ao ritmo,
aos movimentos
do peixe no anzol.
Fique atento
às falas
das pessoas
que só dizem
o necessário.
Fique atento
aos sulcos
de sal
de sua face.
Fique atento
aos frutos tardios
que pendem
da memória.
Fique atento
às raízes
que se traçam
em seu coração.
A atenção:
forma natural
de oração.

Donizete Galvão
Mundo mudo (2003).
Inserida por pensador

⁠Casulo Efêmero

A alma, imortal e etérea,
Em casulo se abriga, exulta,
Como se na terra, efêmera,
Preparasse a sua volta.

Como o casulo que se forma,
A vida passa, se transforma,
Deixa marcas e ensinamentos,
Nos corações, em sentimentos.

E ao deixar a casca vazia,
A alma alça voo, serena e livre,
Deixando um legado para os seus,
Que ao longo da vida gerou e viveu.

Deixa para trás a morada,
E segue com a alma lavada,
Pois viveu plenamente, deixando marcas,
Nas almas tocadas, nas vidas abarcadas.

Borboleta que encanta, brilha,
É a alma que agora voa, trilha,
Transformada pelas asas do amor,
Em um ser de luz, com cheiro de flôr.

Assim, a morte não é fim,
É uma nova fase, um recomeço,
A alma livra-se do casulo enfim,
E segue sua jornada com apreço.

Que possamos entender a mortalidade,
Como uma oportunidade de crescimento,
Aprender, deixar saudade,
E viver cada momento com sentimento.

Que a borboleta de cada alma,
Deixe rastros profundos na história,
E que a morte, não seja só um trauma,
Mas uma passagem para a eternidade da glória.

Inserida por Marinaferlete

Balada da linda menina do Brasil

Existe um país encantado
No qual as horas são tão belas,
Que o tempo decorre calado
Sobre diamantes, sob estrelas.
Odes, cantares ou querelas
Se derramam pelo ar sutil
Em glória do perpétuo abril...
Pois ali a flor preferida
Para mim é Ana Margarida,
Linda menina do Brasil.

Doce, dourada e primorosa,
Infanta de lírico rei,
É uma princesa cor-de-rosa
Que amara a Katy Grenaway.
Buscará pela eterna lei
O pássaro azul de Tyltil,
Quando entre cantos de anafil
E harpa a aurora a viver convida,
A essa rara Ana Margarida,
Linda menina do Brasil.

Oferta

Princesa em flor, nada na vida,
Por mais gracioso ou senhoril,
Iguala esta joia querida:
A pequena Ana Margarida,
Linda menina do Brasil!

Existe um mágico Eldorado
(E Amor como seu rei lá está),
Onde há Tijuca e Corcovado
E onde gorjeia o sabiá.
O tesouro divino dá
Ali mil feitiços e mil
Sonhos: mas nada tão gentil
Como a luz de aurora incendida
Que brilha em Ana Margarida
– A flor mais linda do Brasil.

Rubén Darío
Bandeira, Manuel. Poemas traduzidos. Rio de Janeiro: Editora Globo, 1948.

Nota: Tradução de Manuel Bandeira do poema Balada de la bella niña del Brasil.

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Inserida por pensador

Amo, amas

Amar, amar, amar, amar sempre e com todo
o ser e com a terra e com o céu, de sobejo,
com o claro do sol e o escuro do lodo.
Amar por toda ciência e por todo desejo.

E quando nos seja dura e longa, e alta, a montanha da vida
e os caminhos à frente com abismos feitos,
amar a imensidão que arde no amor nutrida
e arder na fusão de nossos próprios peitos!

Rubén Darío
«Yo soy aquel que ayer no más decía» Libros poéticos completos (2019).

Nota: Tradução de Solon Borges dos Reis do poema Amo, amas.

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Inserida por pensador

O fatal

Ditosa, a árvore, ser apenas sensitivo,
E mais a pedra dura, que essa já não sente,
Pois não há dor maior que a dor de ser vivo,
Nem há maior pesar que a vida consciente.

Ser, e não saber nada, e ser sem rumo certo,
E o temor de ter sido e um futuro terror...
E o espanto seguro de amanhã estar morto.
E sofrer pela vida e pela sombra e por

Aquilo que não conhecemos e apenas suspeitamos,
E a carne que tente em atrativos supremos
E a tumba que aguarda com seus fúnebres ramos,
E não saber aonde vamos,
Nem de onde viemos...

Rubén Darío
Antología poética (1966).

Nota: Tradução de Solon Borges dos Reis do poema Lo Fatal.

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Inserida por pensador

⁠Quão bela és entre os astros
Tão sublime se faz no universo
Seu sorriso transmuta o caos
Destrói meus fundamentos
E cativa o meu verso

Ainda que falasse a língua dos anjos
Não conseguiria externar tal fascínio
Nos confins da terra e dos céus
Na vida até a morte
Viveria em seu domínio

Admirável o universo foi para mim
Já não me atrai a atenção
Hoje só quero admirá-la
A estrela mais bela avistada
No centro da toda constelação

Inserida por In_finitys

⁠Sabemos de nós,
e dos nós que desenrolamos,
muitos tão emaranhados,
sem sabermos começo e fim,
e continuamos na andança da vida,
quase um ritual, fazendo, às vezes
- mais alguns nós,
pois a vida é um bordado,
não deixamos de tecer,
viver bem é complicado,
mas nós temos que viver !

Inserida por neusamarilda

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