Loucura e Lucidez
Meu excesso de lucidez tem me flagrado no extremo da minha própria loucura, e assim toda camisa de força é um elo de amor que abraça a minha embriaguez.
Muita lucidez não é bom e vira problema. Portanto, uma pitada de loucura faz bem, pitada, sem exagero!
_ACASO DE UM AMOR_
Te plantei em mim, em loucura e lucidez
Dia a após dia
No anoitecer me cobrir em lágrimas, porém, amanhecer me fez sorrir
Te acariciava com o meu pensamento
Onde você sempre esteve presente
Mesmo no oculto da tua existência
Pois lhe preocurava sem ter noção do que seria
Mais a medida em que vida foi se movendo
O destino nos uniu
A mesma rota que te trouxe, afugentou me Esse amor se
transformou em desespero
A solidão tomou conta da aquilo que a felicidade deveria
tocar
Com o tempo me reconciliei com o equilíbrio
O amor voltou a ser simples, moldou em gratidão
Pulde vê com clareza, todo aquele sentimento foi medo de estar só
E hoje sei viver com ou sem você
porém não sem mim
Nem sempre eu escrevo na minha lucidez. Eu escrevo quando a loucura se aproxima e faz parceria comigo nos meus devaneios.
Gélson Pessoa
Santo Antônio do Salto da Onça RN Terra dos Cordelistas
17 Janeiro 2025
IV. A lucidez que enlouquece
Nem toda loucura é fuga. Algumas são excesso de lucidez. Quando se vê demais, sente-se demais. Quando se compreende além do que é possível suportar, a mente busca rotas que a consciência não escolhe. Há dores que não cabem na razão, e há verdades tão nuas que dilaceram.
A lucidez, quando absoluta, é um risco. Porque ver tudo sem véus é também ver o absurdo, a finitude, o vão das promessas humanas. E nem sempre se está pronto para permanecer são dentro desse deserto.
A loucura, por sua vez, aparece como véu restaurador. Ela recobre o intolerável, inventa símbolos, reinventa a lógica. Cria sistemas próprios onde o indivíduo pode ainda ser deus, vítima, redentor, qualquer coisa que impeça o colapso. É nesse sentido que a loucura pode ser também criação, não destruição. A reconstrução de um universo interno, com regras próprias, para que o ser não se desintegre.
E no entanto, mesmo no delírio, há beleza. Porque onde há linguagem, ainda que dissonante, há desejo de expressão. Onde há construção, ainda que simbólica, há instinto de permanência. E onde há dor, há humanidade.
Compreender esse ponto é recusar a dicotomia. É não separar em rótulos estanques o que, na verdade, se entrelaça em ondas. Todos os que pensam profundamente já roçaram a margem da loucura. Todos os que criam com intensidade já sentiram a vertigem do descontrole. O equilíbrio é uma dança. E a lucidez verdadeira não exclui o delírio, apenas o traduz.
Se o equilíbrio é cura, quero a igualdade em minha balança... quero a loucura como antídoto às toxinas que a vida inflama; quero a lucidez pra que essa loucura não se torne insana.
Loucura
Loucura pouca é bobagem
Aqui a gente ta só de passagem
Uma vida tão linda
Vou me privar de que?
Tenho fé, tenho Deus, e tenho tu.
Onde a fé é meu caminho
Deus minha lucidez
E tu minha loucura.
Aqueles que desconhecem o porque de meus momentos de loucura
Não merecem sequer, um minuto de minha lucidez ...
Talvez a loucura nada mais seja que um ponto onde o ser humano alcança o estágio de sabedoria suficiente para entender que tornar-se louco é a única maneira inteligente de manter-se lúcido.
Não há louco que não seja lúcido e nem lúcido que não seja louco.
Sou um pouco louco
com relação à minha sanidade,
mas muito lúcido
quando se trata de meus devaneios.
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