Loucura e Lucidez
Minha loucura tem momentos de lucidez e em meio há uma dessas crises consigo descobrir o significado do impossivel: Você ! Mais meus sonhos e devaneios insistem em me fazer acreditar que o impossivel é possivel só depende de nós. Mera ilusão.
Não questione minha loucura, sua lucidez também não me agrada, e dai ? Respeito, é a palavra chave !
Tranquilidade, lembranças, arrepios, loucura, lucidez e alívio são algumas de tantas coisas boas que a música me dá.
Muita lucidez não é bom e vira problema. Portanto, uma pitada de loucura faz bem, pitada, sem exagero!
Quando surtem os primeiros efeitos de lucidez, uma vasta impressão da loucura se faz presente em efeitos colaterais.
Preciso da sua lucidez para viver minha loucura. No entanto, se você for louca, como eu sou. Então, seremos os dois contra o mundo.
Eu dizia complete-me, pois quem ama tem moral, curtindo a loucura transpondo as lucidez;
Agente faz e acontece sobrepondo tudo que vira musica para reconstruir um desafio;
Mais o nosso destino traz nas asas um novo dia com a esperança de ter o seu amor;
Não sei como guardar o tempo que me traz a ausência do seu olhar;
Me ensina a caminhar em sua direção para que eu possa entender todo o seu querer;
Minha lucidez desordenou os meus sentimentos e minha loucura cativou o meu coração e permanentemente na minha inconstância, tenho maneiras de acalentar com minha paixão;
Inquietante, mas capaz o meu amor é mais do que posso ser aparentemente, sem medo de errar me doando para sempre amar;
Quando me entrego é como um salto para o infinito sem recuo, sem retrocesso, no entanto a comodidade no amor não é o que espero;
A minha loucura nunca foi tão lúcida às margens do meu inconsciente;
E a minha inquietaçao norteou a tirania do conformismo débil;
Pois a minha fragilidade não é simplesmente controlável pelo querer do auto-suficiente;
Então o nascer do meu sentimento é impossível extinguir-se pelo querer!
Portanto fui infectado e entorpecimento pelo amor em questão;
DESIGUAL (soneto)
No passo, tateio a loucura que figa
Vagando na rígida profundidade
Duma lucidez de só ver a metade
Onde se díspar e muito se intriga
Não há ilusão sem a tal suavidade
Que agora me traga n'alma fadiga
Ou tão pouco no horizonte ortiga
Amargando o hoje de infelicidade
E, não mais me escondo pela vida
Nem abandono mais a dor rapariga
Quero apenas, precioso, poder ser
Sem o normal, abismal, sem ferida
Afinal, ter harmonia na ação parida
É ser desigual, mas o amor, haver!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano