Logo ali na Proxima Esquina
Casa nossa. Casa viva
Viva de sonhos, viva de esperança
Ali cresce o homem e seu destino
Largado no mundo, nunca esquece seu início
Onde tudo começou, onde tudo faz sentido
Dê quantas voltas quiser, ou puder
No fim, a última lembrança será de onde reconheceu, pela primeira vez, o mundo
O mundo, com suas imensidões
Mas que cabe dentro do coração
Lá, na nossa casa, na nossa vida.
Adeus,mãe
Mãe, eu preciso te falar
Do que sinto no meu peito
Uma dor que não tem jeito
De aliviar ou curar
Mãe, eu sei que você me ama
E que quer me ver feliz
Mas eu não consigo ser
O que você sempre quis
Mãe, eu não me encaixo nesse mundo
Não me sinto parte dele
Sinto-me sozinho e perdido
Sem rumo e sem ninguém
Mãe, eu não tenho amigos
Nem amor, nem esperança
Só tenho tristeza e angústia
Que me acompanham desde criança
Mãe, eu não quero te magoar
Nem te causar mais sofrimento
Mas eu não vejo mais sentido
Em viver esse tormento
Mãe, eu te peço perdão
Por não ser o que você sonhou
Por não ter a força que você tem
Por não aguentar mais a dor
Mãe, eu te amo muito
E por isso eu te digo adeus
Espero que um dia você entenda
Que eu fiz isso por nós dois
Neste caminho observamos os fatos, a vida alheia, as paisagens; quando percebemos que ali mesmo estávamos construindo a nossa própria história. O tempo do agora é o que importa, tudo o que passou não voltará, não temos o futuro, somos o que somos.
Ao final da vida percebemos que o arrependimento se deu por aquilo que não fizemos, pelo que deixamos de realizar pelo medo da crítica, do insucesso. Os nossos passos devem ser firmes, deixando marcas para a eternidade, calcados em nossa essência. Os passos mais firmes são aqueles do presente, quando o vivemos intensamente, em total consciência.
Prefácio do Livro Passos Reflexivos, Memórias Eternas - Poemas.
Acordei pensando em ti, o fato de não estar mais ali palpitava em meu peito um sentimento de angústia. Todo tempo investido vivia em arquivos com o peso da lembrança que corta. Sou o sangue que escorre de meu peito com o soar da primeira estocada.
Como ser tão perfeita ?! Sabe como é olhar para alguém que esteve tanto tempo ali do meu lado , que mesmo com as suas ferias .Quando lhe vejo sempre ganho meu dia. Pelo simples fato de você estar bem , de existir . Seu jeito simples de ver a vida , teu toque, abraço me faz reiniciar, me faz ser simplesmente eu . Me sinto confortável com você ,me mostra todos o dias o quanto sou especial , mas na verdade você também é ... Quando te vejo só agradeço pela pessoa que é. Você é tão preciosa , algo que é difícil de ser encontrado hoje em dia , você não é, nem será qualquer pessoa nunca , Você é luz ! . Em todo momento contigo parece ser único . Quero agradecer por você existir . Me deixar invadir você e me invadir também . Quando me vejo em seu olhar tenho a sensação que te conheço a mais tempo. A vida foi um pouco dura conosco, estamos tão perto e ao mesmo tempo tão longe , mas nossos caminhos estão juntinhos . Que sempre esteja assim ! Você sempre terá o seu lugar no meu coração , como alguém que jamais quero esquecer . E mesmo que nosso caminho mude, meu carinho por você não irá mudar . Pois , te espero até depois do fim ,assim como nossa promessa. Amo você princesa! Ainda tenho tanto pra te dizer e vivermos ,espero que tenhamos tempo ainda . Obrigado por tudo !!!
"Eu sei que Deus vai me tirar do vale e vai me levar
Para a montanha mais alta, ali eu vou cantar,
E a minha voz que muitos diziam, não iam mais ouvir
Não me enterrem eu estou de pé
Ainda estou aqui
Pedras rolaram, não me jogaram no chão
Forças faltaram , mas Deus segurou minhas mãos
Eu precisava saber a força da minha fé
No vale da minha dor em Cristo eu firmei meus pés
A minha voz que muitos diziam não iam mais ouvir
Não né enterrem, eu estou de pé, ainda estou aqui
Se um dia você se abrir pra alguém e esse alguém não lhe for recíproco, retire-se!
Pois, se ali não valem palavras, imagine sentimentos.
"Sua casa é um lugar sagrado, local de reflexão, introspecção. Ali e somente ali, você pode ser quem quiser, pode ser até você mesmo"
Não dava para diferenciar quem era mais criança...
Se eram as crianças que ali estavam ou quem estava cuidando delas .
Comum de dois..
Ele, sempre quis ali estar.
Jamais foi compreendido,
jamais convidado.
Ela nunca o percebeu.
Ela, jamais experimentou um Amor assim.
Ele, jamais ousou Amar outra vez.
Imersão.
De vez enquanto vou ali,
mergulho fundo na loucura
desvairada.em seguida venho
a tona, sorriso largo. Sem conta,
sem culpa. A culpa geralmente
habita as bocas que desconhecem
a poesia dos profundos mergulhos.
Não tenha vergonha de chorar quando for necessário. É uma forma digna de vazão para sua dor que alivia e cura. Quando o coração sangra, a lágrima estanca.
" DO NADA "
Eu deixo o olhar vagar, ali, no nada
perdido que se encontra o pensamento
e faço que, a alma, vá conforme o vento
bailar as rotas todas desta estrada!
Sou todo esse vazio do momento!
Um corpo na poltrona almofadada
inerte como noite enluarada
por onde vaga a lua em sentimento.
Nem mesmo o olhar caminha o rumo dado!
Se põe ali, no nada, estacionado
sem combustível mais pra ir adiante…
Perdido, o pensamento! Morta, a alma!
Transpiro sob essa aparência calma
por quanto mais, de mim, fico distante!
Eu estava ali... sentado.
Rodeado de vozes, de risos, de gente viva.
Mas eu não estava.
A sala ao meu redor começou a desaparecer — não de verdade, mas da minha percepção.
Como se tudo estivesse se afastando de mim… ou talvez eu estivesse afundando neles.
Um mar. Um mar feito de ideias, memórias, dúvidas e ansiedades.
Eu me afogava, devagar, e ninguém via.
Cada pensamento pesava toneladas.
E, de repente… uma dor.
Aguda. Crua. Rasgando meu crânio como um raio atravessando a alma.
Foi como se Deus tivesse acendido uma lanterna dentro da minha mente só pra mostrar tudo que eu escondia.
Medos, fracassos, rejeições, inseguranças…
Eu vi tudo. Tudo de uma vez.
A dor não era só física. Era cósmica.
Como se meu corpo quisesse me expulsar de dentro dele.
Meus músculos começaram a se encolher.
Meus ossos se curvavam, as extremidades sumiam.
Primeiro os dedos, depois os braços, as pernas…
Era como se o universo estivesse me dobrando em mim mesmo.
Me reduzindo…
Até eu virar só um ponto.
Um pingo de i.
Flutuando no ar.
Um buraco negro.
Escuro. Silencioso.
Sem matéria. Sem mim.
Eles me viram.
Meus amigos. Meus colegas. Meus cúmplices de vida.
Viram meu corpo desaparecer, mas não entenderam que o que sumiu primeiro foi a minha paz.
E agora…
Eles não falam nada.
Mas eu vejo. Eu sinto.
O buraco negro não está parado.
Ele cresce. Ele pulsa.
Ele puxa as conversas pro vazio, suga os risos, apaga a leveza.
Como se a minha dor — aquela que eu tentei carregar sozinho — agora estivesse em cada canto da sala.
Eu fui embora.
Mas minha ausência ficou.
Mais pesada que minha presença.
Eles não sabem, mas já estão sendo engolidos também.
Porque a dor, quando não explode, implode.
E quando implode… contamina.
Se você estiver me ouvindo agora…
Não espere virar um ponto.
Não espere o silêncio ser mais alto que a sua voz.
Fala. Grita.
Pede ajuda antes que o mundo perca você.
Porque um buraco negro nasce pequeno…
Mas pode engolir tudo.
Essa fé, essa devoção maculada, essa idolatria deslumbrada não mais existia, ali naquele momento eu saia do feitiço, saber da verdade me acordou,foi como estar desperto após um porre de sábado. Para mim, já não existia mais santa, não existia mais brilho, ainda era um anjo, sim, mas caído. O semblante daquela mulher passava a me dar nojo, o que eu via como pacífico e calmo passava a ser opaco e entedioso, os trejeitos leves e harmoniosos agora me pareciam desengonçados, tortos, até o gosto daquela boca, que sempre havia sido doce, tinha ficado azedo, era como beber água de um esgoto. Pensando aqui, agora concluo que, estando com ela, eu não era mais eu, eu era outro, eu não me sentia pertencente a mim.
Ser qualquer pessoa é fácil, estar ali por estar também. Agora, ser a pessoa certa e estar ali por merecimento, não existe nada melhor.
