Logo ali na Proxima Esquina
Quanto tempo falta pra gente se ver hoje
Quanto tempo falta pra gente se ver logo
Quanto tempo falta pra gente se ver todo dia
Quanto tempo falta pra gente se ver pra sempre
Quanto tempo falta pra gente se ver dia sim dia não
Quanto tempo falta pra gente se ver às vezes
Quanto tempo falta pra gente se ver cada vez menos
Quanto tempo falta pra gente não querer se ver
Quanto tempo falta pra gente não querer se ver nunca mais
Quanto tempo falta pra gente se ver e fingir que não se viu
Quanto tempo falta pra gente se ver e não se reconhecer
Quanto tempo falta pra gente se ver e nem lembrar que um dia se conheceu
Como ondas do mar
Assim como as ondas do mar têm um momento mágico, logo
quebram e partem.
As estrelas saem apenas à noite, mas em algum lugar do
universo permanecem ativas.
À medida que as nuvens mudam, nosso amor muda.
Mas em algum lugar de nossas almas, vive uma chama na
eternidade de um olhar e na simplicidade de uma lágrima.
Assim como não conseguimos ver vento, mas é possível senti-lo e ele existe,
Assim é o nosso amor, presente em cada momento.
E na vastidão do universo, uma lágrima volta a
cair para derreter no mar e alcançar a magia do amar.
Enganou-me, mentiu logo para mim, que dei tudo a você, dei meu mundo, e você me iludiu com palavras e sentimentos falsos muito bem ensaiados, me julgou como se eu fosse o erro entre nos dois, mudei todo meu jeito de ser para ficar perto de você, agora eu já sei, nunca mais me dirija uma palavra sequer, ou apenas um olhar, não quero nada de você, nunca mais vem pedindo pra voltar, eu cansei, de sempre me magoar em relação a você. Não quero mais sofrer, não quero mais amar você, nem que seja preciso morrer vou te esquecer, vou esquecer tudo que me fez passar, cada lagrima que deixei cair por você.
Vou te esquecer nem que seja preciso morrer!
Vida longa aos invejoso
Pra ver meu sucesso estouro
Muitas linguas má eu vejo
As má falam mal
As boa me beijam
A cada esquina da alma, existe um território sem mapa.
Lá não chegam bússolas, nem calendários, nem vozes apressadas.
É um lugar onde o instante se desfaz antes mesmo de ser lembrança.
Quem ousa atravessar esse espaço percebe:
não há chão firme, apenas fragmentos suspensos, como se o tempo tivesse desaprendido a andar.
E nesse intervalo, entre o que se é e o que já não cabe, o corpo respira uma ausência que não tem nome.
A vida continua do lado de fora — carros, pregões, crianças, a pressa de sempre.
Mas aqui dentro tudo corre em outra velocidade, como se o relógio tivesse se cansado.
Nada dói e nada cura, apenas permanece, num silêncio espesso que se confunde com ar.
É curioso como o mundo insiste em pedir certezas,
quando, na verdade, somos feitos de incertezas que se costuram mal.
Talvez o único gesto verdadeiro seja aceitar a própria incompletude,
como quem carrega uma cicatriz invisível que ainda assim pulsa, mesmo quando ninguém vê.
Como dois estranhos, cada um na sua estrada, nos deparamos numa esquina, num lugar comum.
- E aí, quais são seus planos?
- Eu até que tenho vários. Se me acompanhar, no caminho eu possso te contar.
E mesmo assim, eu queria te perguntar se você tem aí contigo alguma coisa pra me dar, se tem espaço de sobra no seu coração. Quer levar minha bagagem, ou não?
E pelo visto, vou te inserir na minha paisagem e você vai me ensinar as suas verdades, e se pensar, a gente já queria tudo isso desde o início.
De dia, vou me mostrar de longe. De noite, você vai me ver de perto. O certo e o incerto, a gente vai saber. E mesmo assim, eu queria te contar que eu talvez tenha aqui comigo alguma coisa pra te dar. Tem espaço de sobra no meu coração. Eu vou levar sua bagagem e o que mais estiver à mão.
Um dia,
ela vai descobrir que idiotas como ele você encontra a cada esquina. Um dia, ele vai descobrir que raridades como ela você encontra uma ou duas vezes na sua vida inteira.
Se desejas ser feliz, busque, pois felicidade se acha em qualquer esquina, em qualquer sorriso, em qualquer gesto, dos mais humildes aos mais complexos...
na esquina da consolação
com a paulista
me perdi de vista
virei artista
equilibrista
meio mãe
meio menina
meio meia-noite
meio inteira
inteiramente alheia
toda lua cheia.
Em triste legado da Escravidão,
A necessidade fazendo a razão.
Dói ver em cada esquina partir um irmão,
Que tombou sem direito a opção.
um poema na noite é boêmio,
um boêmio na esquina é um predador,
a lua é dos lobos,
o amor é dos bobos
e ninguém é de ninguém...
