Logo ali na Proxima Esquina
O que é ser poeta?
É achar uma rima em cada esquina,
Uma ação em cada beco sem saída,
Um sentimento,
Um momento,
Um movimento,
Para sequer deixar de escrever
Para sequer deixar de sentir.
É saber lidar com suas palavras
E saber tamanho peso que possam ter,
Tamanha carga para ferir alguém.
É saber transformar choros em sentimentos esculpidos,
Sorrisos em êxtases no tempo,
Olhares difamados ao vento.
É retirar de pequenas caixas de papelão, lembranças, sorrisos, dores, emoções, presentes e tudo aquilo que já causou impacto em alguém, e colocar em pequenas caixas de cristal.
Estas, por vez, que deverão ser lapidadas, esculpidas, aperfeiçoadas. Pois, se não perfeitas, poderão acabar com inocentes leitores. Leitores que encontrarão emoções inversas das que procuram.
Caixinha de cristal:
Bonita, porém frágil.
Reluzente, porém obscura, em determinados aspectos.
Fácil de quebrar, porém impossível de consertar.
Ser poeta engloba tudo e todas as coisas.
É pegar aquela pequena flor desabrochada, uma flor morta que todos rejeitaram, e dar um novo recomeço a ela.
E então, inicia-se uma nova fase.
Fase esta em que a flor ganha uma nova vida, o poeta uma nova experiência, e o leitor uma nova poesia para compartilhar.
Coffee Square
Atravesso a rua, em frente à minha casa, e sigo em direção à cafeteria da esquina.
Time Square, movimentada como sempre. Olho em volta e vejo mais estrangeiros do que estadunidenses.
Povo mais recatado, com seu orgulho pulsando nas veias; basta apenas um olhar indiscreto para sentir sua pressão sobre nós.
E sob os enormes telões nos edifícios, vemos as mais belas modelos, com sorrisos radiantes e corpos perfeitos.
Mas vendo aquele povo, em minha volta na rua, vejo que aquele padrão é raro por aqui; e muitas vezes ele se torna insuportável para com os que não o possuem.
Coffee Square: assim chama-se a cafeteria mais famosa da Time Square, a que frequento.
Um ambiente muito aconchegante com decoração retro.
O cheiro de café expresso é o que prenomina no local.
Vejo que hoje está lotado. E muitas pessoas estão me encarando...
Novamente sinto seus olhares pesados sobre mim.
Os sorrisos às vezes desaparecem de seus rostos. E naqueles momentos a impaciência toma forma e invade seus corações.
O mais estranho naquela cafeteria, que me chamou a atenção, foi um rapaz.
Ele tomava seu cappuccino tranquilamente. Só que seus olhos emanavam uma escuridão que nunca tinha visto antes.
Era como se aquele fosse seu último café, seu último dia, sua última lembrança...
Essa escuridão que vi nele não era apenas nos olhos –em seu coração-.
E assim como ele, muitos são compostos por apenas uma luz escura, indecifrável.
Sabe quando você olha aquele maravilhoso céu estrelado? Bem, o coração dessas pessoas é igual aquele céu, só que sem as estrelas e constelações –apenas uma escuridão-.
Porém, mesmo aquele rapaz sendo estranho, me parecia ser uma boa pessoas. Ele sorria para todos; e quando saiu da cafeteria o vi dar um sorriso imenso para um garotinho, que parecia ser seu filho.
O café, para alguns pode ser um refúgio, e para outros apenas um prazer. Para certos, um delírio incondicional, e para outros uma bebida fatal.
No fundo do olhar
Em cada esquina um olhar
Em cada olhar um mar
Para se mergulhar
Cada um é mais que superfície
Há imensas profundezas
Pecados, virtudes, dúvidas e certezas
Às vezes por trás da superfície calma
Há uma alma agitada
Perdida, confusa e perturbada
Às vezes por trás de ondas de confiança
Se esconde um coração repleto de medo
De segredos e insegurança
O que há no fundo do seu olhar?
Você, já se perguntou?
Nas suas profundezas, já mergulhou?
Alan Alves Borges
Livro No Olhar Mergulhei
As vezes me pego pensando em você,te escrevo lindos poemas em cada esquina que passo, e por isso fico com uma pergunta em minha mente...,Pq quando te vejo não consigo falar o que sinto?essa dor amarga meu peito, qria tanto te falar que quando vc me presenteia com um lindo sorriso ,meu coração começa a saltitar com se estivesse em um grande baile,seu olhar me lembras as estrelas pois me sinto em paz quando eu o vejo ,talvez não digo oq sinto por não me achar o suficiente para vc..lendo esse desabafo parece que estou certo novamente
Virar a esquina e dar de cara com aquela rua é como ver um portal para outra dimensão, essa que só existe na minha memória, essa que se materializa em forma de dor física ao lembrar, ao imaginar todas às vezes em que lá passei e senti como se tudo valesse a pena, como se a cada passo, me levasse para o lugar que eu realmente queria estar, ao seu lado.
É como andar sobre a linha fina que divide dois mundos completamente diferentes um do outro. Como se, ao mesmo tempo que o vazio e a certeza da solidão momentânea me consumissem, eu pudesse sentir a sua presença ali, como tantas outras vezes tive.
No meio do caminho, eu olho para trás e consigo ver a primeira vez que ali passei, com o coração acelerado, ansioso para te conhecer. Olho para frente e vejo a última vez na qual eu te abracei com um singelo e triste adeus, com a promessa de nunca mais te ver.
Ao final daquela rua coberta de memórias, eu fixo o olhar no horizonte e, com peso no coração, sigo em frente para não cair de novo em uma ilusão.
Querida, eu vou te levar só até a esquina. Fazer do teu amor uma oficina. Pra mostrar que a autoestima do teu olhar tem de estar só pra cima. Que obra prima!
Quando eu te encontrar
Em cada esquina, em cada olhar,
Busco um sinal, um novo amanhecer.
Sonho com o dia em que te encontrar,
E em teus braços, a paz finalmente ter.
Quando eu te encontrar, o tempo parará,
Os ponteiros se perderão no infinito.
Em teu sorriso, meu coração vibrará,
E em teu abraço, encontrarei meu porto.
A vida ganhará um novo sentido,
As cores se tornarão mais vibrantes.
Em teu amor, me sentirei completo,
E em teus olhos, encontrarei a esperança.
Até lá, seguirei buscando,
Em cada passo, em cada canção.
Com a certeza de que um dia te encontrarei,
E juntos, construiremos uma nova canção.
Teus olhos lembram me de folhas secas claras
A esquina de café,abraços e o caminho que separam
O banco da escola com conversa imediata
Gelado de baunilha seria a minha comida favorita
Olhares que não sentem o mesmo
Acabam se assim um fim de um começo.
"Invariavelmente, nos confrontamos conosco a cada esquina.
E há que ter coragem para nos enfrentar, talvez esse seja o maior dos confrontos, porque somos vários em um só.
É o nosso destino, sermos contraditórios."
Texto do livro :" Ainda Há Tempo Contemplando O Sol "
Crises cotidianas
Vivo a minha versão dessas tempestades de coisas.
Na esquina dos milhares de caminhos,
Então, te entendo
você precisa escolher.
O tempo são seus anos de vida,
e o peso da escolha é imenso:
escolher por onde seguir,
sabendo que não adiantará olhar pra trás.
Então, não olhará.
Cada estrada é uma vida,
e milhares de assassinatos de tantas outras vidas,
as vidas não vividas,
as estradas das possibilidades não escolhidas.
Crise é o choque da decisão importante
diante das infinitas possibilidades.
Muitas estradas conduzem à felicidade
através de caminhos repletos de tristezas.
Destinos tristes,
encontrando alegrias inesperadas.
Poucos caminhos são só tristeza ou felicidade,
porque assim somos nós:
misturamos dor com alegria.
Eu misturo, e você também.
Em alguns caminhos, somos belos demônios
disfarçados de homens e anjos.
Em outros, somos anjos caídos
entre homens e demônios.
Num mundo onde não existem nem anjos, nem demônios,
apenas homens.
Algumas estradas são plenas,
outras, fatais.
Milhares de caminhos únicos,
paradoxos prolixos,
traçados no vasto mapa das possibilidades.
Linhas que partem de você,
onde seus pés estão agora,
e seguem por cruzamentos e derivações,
rumo ao futuro.
Cada um é um universo de escolhas.
Sempre há uma guinada possível,
ou a opção de seguir em linha reta.
A amálgama da vida,
o abstrato desenho do destino.
Crises querem dizer que está acontecendo muito.
Tantas coisas que não temos tempo,
ou energia, para ponderar cada rota.
Ansiedade e estresse surgem como sinais
do nosso subconsciente,
percebendo a complexidade.
Decisões importantes pressionam,
o tempo nos desafia.
Isso é crise.
De algum ângulo,
há algo de romântico em saber
que nossa ansiedade vem de algo importante.
As crises são os pontos de virada,
as cenas que os diretores destacariam.
Pássaro Perdido,
o título do filme da sua vida.
Assim também seriam os capítulos da sua biografia:
sempre sobre as crises.
O Rodopio da Borboleta,
seria seu livro.
O meu, eu não sei.
Entro em crise só de pensar
São Luís, oh, São Luís, cidade de paixão,
Onde o reggae toca, em cada esquina, em cada canção.
Em teus casarões, em tua fundação,
Encontro a paixão, a verdadeira inspiração.
São Luís, cidade de arte e cultura,
Onde a história e o presente se misturam na mesma partitura.
Fundada pelos franceses, com amor e devoção,
Tua cultura é um tesouro, uma rica canção.
"A vida lá fora continua a mesma.
Volúvel, descontinua e incompleta.
Em cada esquina corpos armados se cruzam.
(A paz será sempre duvidada.)
E no tráfego, buzinas velozes
Antecipam a morte."
Rogério Pacheco
Poema: Miragens da vida
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Açucar
A minha droga
É encontrada em qualquer esquina
Mercados, restaurantes
Postos de gasolina
A minha droga
Aumenta a dopamina
Exige liberação de insulina
Aumenta a adrenalina
Ela é legalizada
Altamente comercializada
Facilmente encontrada
Completamente acessível
Como um produto inofensivo
Mas ela vicia e não sacia
Faz adoecer
Traz sensação instantânea de prazer
Afetando a minha serotonina
Mas modifica meu corpo
Destruindo minha autoestima
Lembre-se disso:
Se sua felicidade acabar em uma esquina, procure em outra. Ela procura sempre um novo endereço onde possa te encontrar!
Caráter não se compra em qualquer esquina, caráter é formado e o tempo de formação de um caráter plausível começará a partir do momento em que decidirmos amar o nosso próximo como a nós mesmos.
Livro: Servir, o maior dos desafios
Em cada esquina da vida, tropeçamos em erros, construindo nossa história com altos e baixos. O tempo, implacável, tece a memória dos nossos tropeços em um manto que jamais se desfaz.
Não resista. Mude.
Deixe o resto morrer. E, de si para si no recôndito da mente, na esquina do corredor, reze para que morram em paz e não chamem pelo teu nome nunca mais.
Você não é o conteúdo que passa pela mente. Isto é mero conforto de lidar com o previsível e nós sabemos: os covardes não sabem viver.
Finja o discurso até que pareça real. Mude enquanto as pessoas novas ainda não passem de mero script vazio.
Queime suas raízes e as esqueça
No fundo das águas pantanosas do teu passado que um dia haverá de despejar
Longe daqui
Longe de todos.
Fora dos recônditos da tua mente, dos cotovelos dos corredores, do murmurar da sua voz, do baratear solitário dos teus pés.
Longe de mim.
