Livro da Vida
Eu abri mão de tudo..
deixei pra trás uma vida..
Um livro.. Talvez uma página. .
eu deixei um sorriso.. um suspiro. .
um verso.. escrito.. esquecido..
deixei um amor mal resolvido. .
uma vírgula. . um talvez..
eu deixei.. Quem sabe um dia..
eu resolva buscar..
Se ainda me pertencer..
saberei onde encontrar. ..
Estou precisando arrancar as páginas do meu livro da "vida"
Arranjar um estilo novo que seja toltamente diferente do meu...
Me distrair com coisas normais sem sentir falta do estranho...
Começar engolir o que fui e o que sou...
Necessito me transformar metáforicamente como fisicamente...
Mudar de cor, sentir calor, dar amor....
Tenho que me preencher com alguma coisa que seja chamada de sentimento...
Preciso ver o mundo do momento...
Me enquadrar no errado
E ver tudo de lado...
Sei lá...
Talvez eu só queira algo novo, que me faça mudar
Todo livro é uma semente
semente azul de ilusão
realiade fluorescente
a vida ,mas diferente
os sonhos como eles são
Quanta vez tenho encontrado
o bem que mais se procura
no livro de um degraçado
que nunca teve ventura
ah!nesse só mágoa existe
fece-o pois quem não sofeu
se acaso a dor não resiste
porque a vida me fez triste
e ainda mais triste o fiz eu.
A minha vida é como um livro na "estante da vida",cobiçado por muitos,odiado por outros... Mas apenas Tu estás autorizada a desfolhá-lo!
A vida é um livro de aprendizado, a cada dia que passa aprendemos e vivemos coisas novas.
Um dia alegria, felicidade e amor.
Agora no outro pode haver tristeza, azar e odio...
Coisas boas e ruins, mas o mais importante de tudo isso é saber é reconhecer o que é amar
Verdades
''No livro da vida existem várias páginas, algumas com frases de encantos e magia, outras com palavras duras e sensíveis. Mas todas com suas verdades e significados. Me pergunto por que muitas vezes perdemos a confiança e nos deixamos ser conduzidos pelas dúvidas?'' A resposta eu não sei, mas na minha imperfeição tento entender que cada um tem suas verdades.
Livro da vida
Páginas abertas,
A cada nova oportunidade.
Todos os movimentos
Captados em letras
Que devagar dizem o que
Você é.
Leitor de mentes,
Cauteloso e impiedoso,
Faz de suas mentiras
Os seus maiores defeitos.
Calado, conta com o movimento
Dos olhos, aquilo que a morte
Nunca iria descobrir.
Filtrador das informações
E dos temores não curados,
te mostra o futuro enquanto
destrói o seu presente,
para nunca mais lembrar de
seu passado e a história
sempre o início do seu próprio
fim.
Campo de Trigo Com Corvos, Contos, o Livro do Silas Corrêa Leite
A ciência é grosseira, a vida é sutil
É para corrigir essa distância
Que a literatura nos importa
(Roland Barthes)
“CAMPO DE TRIGO COM CORVOS”, Contos, o que realmente é? Primeiro: é um livro de contos, ficções, histórias, causos, narrativas e as chamadas acontecências, todas no belíssimo palco histórico e boêmio de Itararé. Segundo: a maioria dos contos premiados em concursos literários de renome, ou mesmo no próprio Mapa Cultural Paulista, representando Itararé. Terceiro: a prosa poética do autor, sua linguagem típica do “Itarareês” com o peculiar e todo próprio surrealismo e mesmo o realismo fantástico, para não dizer de, aqui e ali, um chamado transrealismo. E, o melhor de tudo: papo de bar. Na calada da memória, as bebemorações (ou rememorações) e um piá...o guri Silas contando, como se trazendo a sua infância consigo na linguagem, nos parágrafos. Para não dizer dos finais hilários ou, ponhamos: encantados. Bela capa, com autorização do Museu Van Gogh da Holanda. Orelhas bem trabalhadas. O autor tem o que se dizer dele. Prefácio arrebatador. De um poeta, ficcionista e ensaísta premiado de Portugal, o Prof. Dr. Antero Barbosa, acadêmico e professor universitário. Descasca literalmente o estilo do Silas, técnicas, vôos, criações, enlevos, símbolos de perplexidade. E valoradamente dá nomes elogiosos aos criames diferenciados do autor. Última capa, as citações de lugares midiáticos em que o Silas saiu, foi reportagem, ou entrevistado, da Folha à Jovem Pan, por exemplo. Depois e finalmente, o conto Anistia. Premiado. O macro espaço-Brasil trazido à Itararé e um menino contando. Da ditadura ao fim dela com a Era Collor e suas carroças coloridas. O muro como símbolo, metáfora. Lembra J.J.Veiga mas vai em veio próprio. Guardação. Um baita causo de Itararé. Bem construído, costurado, com um final pra lá de feliz e risador, ridente, sei lá. Boêmio...um continho joiado...lindo. Mimo. Caso de notívago. Câncer... então é um papo rueiro, de bar risca-faca, de roda de contadores de palha. O Anão é tão bonito que pinta virar filme, pelo que soube. Gente de arte (teatro, rádio, música) em Itararé de olho. Mágico. Justiça, então, tem um final altamente criativo, quase um achado fora de série. Escrever é um ato de sobrevivência, disse Eduardo Subirates (filósofo espanhol). O Apanhador de Cerejas, quando revela o que está realmente havendo (narrador direto), você sofre e chora e volta a reler para compreender a dor do narrador. A pior coisa é não sentir absolutamente nada, diz o rock do U2. Campo de Trigo Com Corvos é o melhor conto do livro. E o final se revela na última palavra. Você vai lendo, seguindo na contação do menino, quando se vê? Corvos, trigais, campos e, loucura-lucidez. Azul e amarelo, como a capa. O Inventor é cênico, fílmico, e um final que arrebata, literalmente. Endoenças é conversa de filha pra pai. Tudo em Itararé, chão e estrelas. E lágrimas. Congonha (ko goy – do tupi: o quê mantém o ser?), o conto mais premiado do autor. Como é que pode um final desses? Depois vem o Causo do Gibão e você tem ali uma graceza impressionante, andando com o autor pela narrativa e sua tessitura. O Enterro, então, é o melhor “causo” do livro. Por si só daria já um romance e tanto. Um pandareco, como volta e meia diz o autor, entre maleixo, cainho, guaiú, morfético, caipora lazarento (beirando um regionalismo sulino até), etc. Quando você pensa que já está bom, a mimese do O Osso. De novo você fica pensando: como pode escrever isso? Onde acha isso tudo? Técnica, estilo, domínio, condução, talento. Coió é triste, duro, o conto mais pungente do livro maravilhoso. O causo O Velho Martinho é bem contado em Itararé, o autor recupera pessoas, falas, expressões, dando registro à voz do povo, vox dei. E bota gente real: Tepa, Jorge Chuéri, lugares, bares (principalmente). Quando a Tragédia Bate à Sua Porta, foi elogiado e considerado belo e fílmico quando em debate online, pelo João Silvério Trevisaan. E O Silas Já foi premiado no Concurso Ignácio Loyola Brandão, Paulo Leminsky, Ligia Fagundes Telles, Salão de Causos de Pescadores da USP, etc. e tal. Então o conto de amor que faz você chorar. Ele Ainda Está Esperando. Um final que relembra kafka mas sem deixar de enlevar a leitura em prosa poética e ficar pensando no estupendo processo de criação com suas lógicas e ilogicidades maviosas, plangentes. Quando você pensa que acabou, um continho quase que meio infanto-juvenil, e o menino de novo que, na maioria das obras narra, conta, detalha, especifica, volta inteiro e completo com o conto sobre a bicicleta de um tio. Marquesinha, Periquitada. Você não leu? Não sabe o que está perdendo. Cada um arrasta um corpo atrás de si, debaixo do sossego das estrelas, disse Fernando Pessoa. Isso tudo e muito mais é CAMPO DE TRIGO COM CORVOS. Jóia rara.
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L.C.A – Professora, Área de Designer Gráfico -E-mail: artistasdeitarare@bol.com.br
Blogue: www.artistasdeitarare.zip.net
Autor: Silas Correa Leite - E-mail: poesilas@terra.com.br
Site: www.itarare.com.br/silas.htm
A vida é um livro vivo, cujo devemos escrever com cuidado, pois erros graves podem ser irreparáveis, as páginas viram e não voltam mais.
“Dizem que a vida é um livro aberto para quem quiser lê e aprender a viver. Não lê o livro da vida quem não quer”.
Não concordo com essa teoria.
Á vida é um livro que se abre quando nascemos,
Mais quando pequenos não sabemos ler,
As páginas vão rolando enquanto crescemos,
Daí começa a surgir os obstáculos,
As primeiras páginas do livro ficaram pra trás.
Começamos a ler quando surge o primeiro obstáculo,
Mais para entender teria que voltar a primeira página,
Um ato que não fazemos.
Começamos a ler o livro a partir daquele primeiro obstáculo.
Começa a luta a sobrevivência!
Adquirindo experiências com vários obstáculos vencidos e derrotados,
Começamos a entender que a vida e cheia de obstáculos
E para não cair nas armadilhas da vida começamos a usar a nossa inteligência
E a indagar aos mais velhos, que sempre estão a nossa frente,
Que por muitas vezes viraram páginas e mais páginas desse livro
Com muitas vitórias e derrotas.
As derrotas com certeza foram as que lhe deram grande sabedoria,
Pois é com sofrimentos que aprendemos a viver.
O livro da vida é um livro, o único livro! Que não conseguimos ler por inteiro.
Minha vida é um livro aberto com poucos exemplares. Mesmo assim, não são todos que entendem o que leêm.