Literatura epigrafes

Sei que Deus mora em mim
Como sua melhor casa.
Sou sua paisagem,
Sua retorta alquímica
E para sua alegria
Seus dois olhos.
Mas esta letra é minha."
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(PRADO, Adélia. "Direitos Humanos" In Poesia Reunida, pg. 345 (Ed. Record - 2015)

Escreva o que não deve ser esquecido.

Não posso acreditar que a vida seja diferente dos romances.

O livro é um objeto mágico capaz de te transportar para vários mundos e viagens no tempo

Gosto de dizer ainda que a escrita é para mim o movimento de dança-canto que o meu corpo não executou, é a senha pela qual eu acesso o mundo.

Querer ser perfeito para os outros é uma sentença condenatória à rejeição, seja perfeito para o bem e para sua consciência.

Seja firme e bem ordenado em sua vida para que possa ser feroz e original em seu trabalho.

Afirmei que o escape é uma das principais funções dos contos de fadas, e como não os reprovo é óbvio que não aceito o tom de desdém ou piedade com que tão frequentemente se usa "escape" hoje em dia.

Queres esperar algo de alguém, espere de Deus! Queres acreditar em alguém, acredite em você!

Uma pessoa de honra pode ser violada uma vez, mas sua virtude fica fortalecida com isso.

Toda a obra literária leva uma pessoa dentro, que é o autor. O autor é um pequeno mundo entre outros pequenos mundos

Olhar poeta

Vejo cheiro de terra
Molhada.
Neste estado apaixonado,
Sinto-me presa
Dos seus braços
Suados, quentes…
Miro tudo de formas
Diferentes; vezo botões
Se transformarem
Em flores.
Veto seus beijos
Em outro
…
Beijo vagabundo.
Olhar poeta.

Qual de nós nunca sentiu que a personagem que está lendo na página impressa é mais real do que a pessoa que está do nosso lado?

Isso é parte do que eu gosto no livro, em alguns aspectos. Ele retrata a morte com sinceridade. Você morre no meio de sua vida, no meio de uma frase.

O meu texto é um lugar onde as mulheres se sentem em casa.

O deboche é a virtude do asno que se imagina um puro-sangue.

Escrever é uma maneira de a voz sobreviver à pessoa.

O falatório continua. E a vida também.

Jovem

Luz tênue sobre as ramagens
Do luar, um beijo
Delicado, hálito divino…
São dois seres em despedida
A contemplar o luar,
Em um escombro
Isolado…

Freud entrou na psicanálise aplicada ao tratar o savoir-faire do artista como equivalente ao que ele próprio chamou de trabalho do inconsciente, colocando as obras artísticas e literárias no mesmo nível dos sonhos, dos lapsos, dos atos falhos e dos sintomas.