Literatura epigrafes

⁠A gente adentra a página como quem nada quer, pensando no que pode haver entre duas cidades. Decerto, as pessoas são outras, os prédios, as avenidas conduzem a destinos outros. Um amor está à espreita, caso tenhamos a sorte de todos os passos conduzirem ao encontro.

⁠Para nos contar da eterna teia que é a saudade, da construção que é o afeto, esse ônibus ao outro que estamos atrasados para pegar (mas sempre dá tempo). E como dá tempo nos sentamos, aliviados, diante desse ponto de partida e chegada que é o outro.

⁠Estamos tecendo com o que pudemos, aceitamos esse trabalho com a linha que temos e não paramos, pois sabemos que o único modo de encurtar uma distância é percorrendo-a. Mal sabemos que estamos, com isso, construindo uma outra distância. Maior.

⁠A regra do jogo é clara e é uma só: toda peça movida deve ser movida com amor.

⁠Enquanto não chegamos, inventamos uma cidade.

⁠A viagem é longa e o outro adormece.

⁠tudo é pássaro, porque cantamos

⁠Eu não sei mudar de postura.

⁠Lamentos lentos libertam lágrimas latentes, legando lições de luta e luto.

⁠Se houvesse prémio para a falta de noção, alguns já eram recordistas.

⁠Dizem que a Nigéria é o gigante da África, mas um gigante que tropeça em seus próprios pés pode cair. Cai mesmo.

⁠Orçamento para repressão aumentado, afinal é caro calar tantas vozes que só pedem para viver?

⁠E se Moçambique fosse governado pelo povo? Talvez as praças fossem lugares de festas e não de medo.

⁠Ela olhou para a carta de despejo na mesa, havia tantas palavras, mas a única que ela conseguia ler, era 'FIM'.

⁠Eu nao sei cuidar mesmo da minha própria vida

⁠Além do umbigo, cortam-se os laços

⁠E tu Samuel, á que lugar pertence?

⁠SAMUEL
Acorde Samuel! abre os olhos e veja tudo ao seu redor.

⁠Na ausência de alguma outra existência intencional, o amanhecer não tem valor e sem aspirações, o simples ato de respirar perde o seu significado numa vida desprovida de novas possibilidades.

Há basicamente, dois tipos de escritores: Os arrogantes e os geniais.
Os primeiros fazem o leitor sentir-se um ignorante. Os segundos, mais humano.