Literatura Brasileira

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o amor, às vezes, é um pássaro ensaguentado, à beira da morte, que encontramos no meio da neve, e perdemos todas as dimensões de tempo e distancia pra cuidá-lo e curá-lo, impensavelmente mesmo que todo sacrifício venha a ser em vão no final…

o amor, às vezes, é uma nuvem negra que surge quando tudo o que precisamos é de chuva forte, e nem sempre nos damos conta do quanto estivemos secos e sem vida em nossas clausuras infecundas, frias e empoeiradas…

o amor, às vezes, é como despertar num domingo de manhã com a preocupação de atraso, e então nos damos conta que está tudo bem, pois podemos ficar quanto tempo quisermos, porque não precisamos sair, pois não há lugar melhor do que onde estamos…

o amor, às vezes, é tão pequeno a ponto de levarmos pra todo canto, e grande o suficiente pra que nossas vidas o orbite sem que venhamos a cair, porque o amor é como um orvalho que salva a flor, e nele se refletem o céu e todas as constelações de andrômeda.

amor é sei lá o quê e nem sei pra onde, nem como, nem bebo, nem cuspo. apenas me assusto quando chega tombando os trincos, e agarro às cegas, olho, beijo, unho, pra não deixar assim por vir e partir, porque amar também é um rasgo, um bocejo, e entender que nem sempre devemos ter por onde ir.

procurar o foco, o auge de nós mesmos, a plenitude. conseguir garimpar tão fundo a nossa solidão, a ponto de encontrar tesouros vislumbrantes. encontrar em nós mesmos os motivos de ficar, e os de partir sem chorar. aprender o devir, os teoremas, as teorias, os desesperos. o foco é conversar com o medo. ser transparente o bastante pra chorar sem manipular nossa alma, sem corromper nossos desejos. o foco é sentar junto com nossos demônios e fumar tomando café e chegando a um acordo maduro. o foco é não ter força quando precisamos ser fracos e recorrer a um amigo, é não levantar quando o chão for mais atrativo. correr e tropeçar quando for preciso. poupe seus olhos de muralhas e veja a bela tempestade que vem vindo, tão quieta… e o que a gente faz? ossos do ofício: dançamos aos olhos da tragédia. tudo que somos não é mais, e economizar a vida é o maior dos desperdícios.

A arte literária possui o dom do drama, através dela podemos invadir o reino da fantasia e nos confrontar com a realidade, ela impõe seu domínio romântico até se tornar imbatível.

A palavra escrita ganha voz na sua mente...

As mesmas pessoas aparecem com suas roupas domingueiras, as mesmas pessoas de todos os domingos. A igreja tem o mesmo cheiro, o padre a mesma voz e o sermão a mesma monotonia.

Quero a glória de ser livre sob o Sol!

Quando a imagem chega aos olhos, como uma miragem, é melhor registrar no coração antes que se apague de nós e seja confundida com uma ilusão.

Os olhos fotografam, mas o registro é feito pelo coração.

A vida será mais agradável se passarmos a observar a beleza da natureza e se registrarmos com os olhos do coração.

O escritor deve sempre estar na zona de penumbra; na retaguarda; atrás da fresta da porta, com um só olhinho de fora. Quem faz literatura, sobretudo a realista, nada mais é que um observador; ou, como se diz por aí, um stalker.

Escrevia com propósito. Escrever era o seu modo de dizer ao mundo: “Eu estive aqui. Não é perfeito. Não é nenhuma obra de arte. Mas é algo meu. Nosso”. A história compartilhada com os leitores deixava de ser dele, abria suas pequenas e frágeis asas e deixava se levar pelo ar

Um porre de fantasia, por favor. Preciso aliviar a ressaca da realidade

"Alcançar-te-ei, oh, alma.
Ver-te-ei com minh'alma.
Todos os meus sentidos,
contemplar-te-ão.
Sentir-te-ei em minh'alma.
Revestir-te-ei de todo encanto.
Então, poetizar-te-á meus versos.
Assim contentar-me-ei."

"E quando a amizade cria laços e se fortalecem raizes e de todos os galhos nascem frutos, afetos. E se sonha e se gargalha junto, mandando os ecos para que todos os cantos sejam penetrados e o mundo redescubra que ainda existe amor..." (A árvore da irmandade - Victor Bhering Drummond)

"É preciso saber muito para se dizer a palavra 'verdade' de forma absoluta."

Você pode contar uma história que passa a residir na alma de alguém, se torna seu sangue e ser e propósito. Essa história pode movê-lo e conduzi-lo e quem sabe o que eles podem fazer por causa disso, por causa de suas palavras. Este é o seu papel, o seu dom.

A poesia é um esfoliante natural para os corações empedernidos.

O meu coração está no
meu bolso, é Poemas de Pierre Réverdy.

Não importa o quão ocupado você acha que é, você deve encontrar tempo para a leitura, ou irá render à ignorância voluntária.

PARE! Onde vocês pensam que vão?
O salário não vem.
O trem parou, o hospital fechou a empresa mudou.
A escola os alunos abandonou porque o professor se revoltou.
E a comida acabou!
A multidão se exaltou.
E a disciplina do poder nos prendeu e condenou.