Liberdade Borboleta Fernando Pessoa
Se você quer produzir as mesmas ações de um político, consuma um mix de paçoquinha, suco de uva e camarão passado. Em poucas horas obterá êxito.
Uma das faces mais relevantes da inteligência é distinguir o ser, do que diz ser e do que pensa ser.
As borboletas sempre voltarão, mas certamente não serão as mesmas,
tão pouco os jardins terão as mesmas flores... Nós nunca seremos os mesmos
de ontem! Só há um caminho, e é sempre seguir em frente!
amem como se fosse o último dia, porque talvez seja...
Tenho me esforçado para não crescer,
mas a vida vai nos empurrando,
e quando nos damos conta, engolimos o presente
e vomitamos um futuro conveniente, morno, sem graça.
Não se enganem, meus amigos:
a vida é uma fanfarrona, uma sem vergonha,
louca de pedra!
Nessa luta, que travamos com ela,
essa que chamamos de vida,
poucos saem vitoriosos.
Em todos os hospitais tem pacientes terminais nesse momento
se arrependendo de ter perdido tempo
fazendo o que os outros esperavam.
Eu não quero ser um deles.
Vou dormir agora, com uma lagarta no meu coração.
Uma lagarta bem grande que não para de se mexer.
Vai, agarra esse “cavalete” e corre para o jardim...
Lá, as misturas de cores, se manifestarão nos seus pincéis e nos potes das tintas.
As cores primárias serão secundárias, diante tanta festividade em cores que surgirão.
Lá, têm as borboletas que ao passarem, respigarão nuances e o desenho será uma obra viva de natureza, ser vivo e liberdade!
Assim é a vida, temos de traçar nossos melhores momentos em nossos jardins de dentro...
Têm mais energia, serenidade e cor!
A nossa luz, se encarrega dos outros detalhes, portanto, que essa seja uma estrela diva, dos fios dos cabelos às pontas dos pés!
Edson Dos Santos & Marli Caldeira Melris
O MEU AÇAÍ E O TEU MEL...
Um diálogo
Dou-te um doce se adivinhar
o que coloquei na minha boca agora...
É açaí?
Ainda não!
É pêssego em caldas com creme de leite
hum
Delícia!
Minha boca ta um doce amigo
Vem cá eu ponho na boquinha
Hum!!!
Estou gulosa
Acho q vou comer
Tudo de uma vez!
Ainda mastigo...
Bebeu o caldinho?
xi!
Enguli tudo
acabou!
Tomei o caldinho!
O caldinho! claro.
Sem caldinho não pode ne poeta.
Voltamos ao mel com açaí
Bom menino.
Gosto de meninos obedientes às vezes...
Gosto de mandar às vezes...
E eu brilhando pelo mel
Juntos se lambuzando
Dois corpos num so
O mel e o açaí
Um escravo do Pará molhado
de creme de açaí
Vem cá, trazer o açaí
Eu te espero com o mel
Vem! Vem! Aqui!
Prefere-se assim
Obedeço tbm às vezes
Boa menina!
assim que eu gosto!
O açaí é muito forte
Vai agüentar?
Tem energia
De 24 horas
Olhos atentos...
Quem sabe
Só tentando pra ver
POEMAS
Com açaí fica assim...
Corpo aceso
indomável
insaciável
Energia de sobra
Tem o açaí
Prazer absoluto
inconfundível
Descomunal
Coisa de louco
Só poetando meu caro
Não quero
Não quero nada regado
O muito ainda é pouco
Tem-se fôlego
Pode vir
Se não
Pode partir
E me deixe
Não volte
Nunca mais
Nunca mais
Só mesmo com açaí
Ta querendo é
Misturar mel com açaí
Para se lambuzar
Da cabeça até o pé
E no auge da doçura
Não há boca que resista
O gosto dessa loucura
Não há quem desista
Você prova do meu mal
Eu provo do teu açaí
Assim lambuzamos o céu
Já que ele está aqui
Não há boca que resista
Ao mel com açaí
Vou me lambuzar
Saborear
Eu te dou o meu açaí
E você me dá o seu mel
Vamos nos tocar
Do seu mel eu vou beber
Nem uma gota deixar cair
O seu mel quer comer
O meu açaí
Quer entrar
E ficar no céu
Então eu me sacio
E me realizo
E você se completa
E solta jatos de mel
No meu céu
Edson Dos Santos & Marli Caldeira Melris
DEPOIS DAS ONZE
Marli Caldeira Melris
Depois das onze
Que nos beijamos
Estaremos á sós
Grudadinhos
Como unha e carne
A flor e o caule
A garagem e o carro
A vassoura e o cabo
Depois das onze
Que a lança empina
Reage e dar pinotes
Procura uma fenda
Quer entrar e sair
Fazer estripulias
Pular de alegrias
Dar e ganhar prazer!
Depois das onze (...).
Silva Manuel
09:48
Silva Manuel
Depois das onze (...).
Que horas tão esperadas e nada!
Mas sempre haverá umas
depois das onze,
é metal que reluz,
é ouro, cobre, é bronze.
Depois das onze,
a lança tão almejada,
levanta a ponta já inchada,
lateja,
e solta jatos de realização,
mas, o dono, a mão,
já cansados,
buscam o leito vazio pra descansar,
sua luta, sua glória,
afinal o corpo vencido pede paz,
que ficar a sós,
debaixo do seu dia sempre,
a sós.
Depois das onze...
Sempre trago sorrisos e sementinhas de bem querer comigo, assim posso deixar um pouco de alegria por onde passo e ter certeza que colherei bons frutos de amor e amizade. Mas a minha maior alegria é saber que as borboletas que me visitam também trazem um pouco de si e assim nossa vida nunca será um deserto, sempre teremos belas flores e grandes amores para nos alegrar. Rosi Coelho
Passagem
O beija-flor beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, feliz ficou.
A abelha beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, mais feliz ficou.
A borboleta beijou a flor...
E foi embora...
Então ela a flor, tomada
por tanta felicidade não notou.
O homem beijou a flor...
E foi embora... e a levou...
Então ela a flor... triste chorou!
Num mundo onde somente as borboletas coloridas e iguais são aceitas e admiradas, continuar no casulo é relevante
Hoje quero escrever,
tudo o que me vai na alma,
sufocado na garganta.
Hoje queria ser uma borboleta,
que voa sobre um jardim,
escolhendo a mais bela flor,
onde pousar,
onde será feliz.
Queria ser uma borboleta,
para poder voar,
cruzar o atlântico,
e cansado, pousar.
Pousar na minha flor,
descansar, as minhas asas,
descansar a minha cabeça,
descansar o meu corpo.
Pegar nas suas pétalas,
e alisa-las, entre os meus dedos,
embalar o seu dormir.
Sentir o seu perfume,
beber o seu néctar,
olhar as suas cores.
A BORBOLETA
Como borboleta,
fazer o meu casulo, no seu caule
abrigado pela sua flor.
Descansar, do meu voar
e poder finalmente,
partir em paz.
A RIQUEZA DA ALMA ESTA EM AS PESSOAS SEREM SOLIDÁRIAS,AMIGAS,COMPANHEIRAS E COMPREENSIVAS PARA SE CONSTRUIR UM MUNDO MELHOR.
REGINA CALANDRINI
O desistir para mim quisera fosse possível, todavia nem sei como fazê-lo. Queria forças para me opor ao aprisionamento como a borboleta frágil resga o duro casulo, mas nem sei se tem outra vida me esperando.
Mandei embora os desprazeres, os desamores, as intenções que causam desconfianças. Não sou morada de dissabores. Afastei de mim as especulações, as contradições, as histórias mal contadas. Fui embora das prisões da mente. Fui embora para voltar a mim mesma. E não importa quantas despedidas eu tiver de acumular e quantas partidas vou somar para o meu próprio bem haver. Tem horas que é só assim para a vida dar certo, sabendo se desfazer. Borboletas não são feitas para ficarem sempre habitando um casulo.
"POETICAMENTE
Tento aprisionar
em tinta e papel
as essências flutuantes
- sutileza de casulo
em ponto de borboleta."
"As borboletas voaram pelo pomar; as frutas foram colhidas e o nosso amor repousou sob as belas, e inesquecíveis árvores.