Lentamente
As estações passaram lentamente,
Estou no vazio dos teus abraços,
Na plenitude das tuas mãos,
As horas agem implacavelmente!...
As músicas presenteiam inteiramente,
Virei poesia reverente na canção,
Na altitude solar ardente,
Jurei virar um oásis de sedução.
As aspirações mais sutis subscrevem:
- Estou no ápice de te pertencer
No ponto que a Lua e Vênus convergem
As saborosas doçuras que hão de acontecer!...
As suratas e as femininas obediências,
Bem aprendidas desde cedo,
Tenho alma saharaui;
Carrego lições que não as esqueci,
Porque hei de amar-te e fazer-te ledo,
De um jeito que jamais vi!...
O grande privilégio de morrer lentamente é o aprendizado da vida guardado no coração que levará à eternidade da alma.
SEM RUMO
Sem rumo saio,
descompassado vou lentamente
Nem assim disfarço minha mente.
Mesmo sendo refém,
me solto de suas amarras!
Liberto meus pensamentos
e com eles também vou.
Nesta cadência
sou passo no chão batido
o coração sente cada pisar.
sou o sopro do vento no ar ,
o rosto agradecido...suspira.
sou letra da música no peito escondido,
que ouço sem compromisso.
Enfim corro sem pedir socorro
protegido chego até o fim
sem disputa
satisfeito volto e digo
não desista de mim.
Vem, minha jovem senhora,
vem agora se acabar comigo,
bem lentamente, sem hora
pra que eu me acabe contigo!
A GULA
Aprenda a enfrentar a gula.
Ela é uma criminosa que nos mata lentamente, dia após dia, nos fazendo acreditar que estamos o tempo todo com fome, mesmo depois de estarmos completamente saciados.
"Desabafo.
Estou a lutar com meus sentimentos,
Medo da solidão me consome lentamente.
Mesmo sendo uma mentira, vivi momentos felizes.
E agora me pergunto: valeu a pena?
A verdade dói, mas a ilusão me mata.
E eu me perco entre o que foi e o que nunca será.
Mas vou aprender a voar sem asas; Eencontrar a paz em minha própria voz.
E na superação, encontrar meu verdadeiro lar."
O sol surge lentamente, anunciando um novo dia. Renovação na ponta dos dedos. Dedos que surpreendem com suas palavras inesperadas. A noite povoada de sonhos. Duas dimensões no mesmo tempo, no mesmo espaço. Observo. Meus olhos estão povoados de imagens e o coração distingue suas cores, nuances e tonalidades. Dia silencioso, tranquilo. Talvez isso seja paz. Lembro de pessoas que passaram por minha vida. E me parece como personagens de um livro de ficção. Eu sou a protagonista da minha vida. Deus é o escritor. Dias tristes. Dias alegres. Caminhando na corda bamba do circo da vida. Pão e circo. Nem tanto pão, nem tanto circo. Equilíbrio. Minha alma questionadora não para. A vida é como é. As pessoas falam, dormem e acordam. A vida é isso. Queria eu ver a vida assim de modo tão simplista. Eu quero sempre mais. Mas hoje eu estou em paz. Quero um bom lugar para sentar. Quero simplesmente olhar. Hoje eu só quero que o dia passe suave. Até mais.
As semanas passam lentamente,
E nem o suspiro do seu sorriso, eu vi.
Meu coração bate vagamente,
Mas já não sou mais aquela sombra que vivi.
Ao te desejar, mudei sucessivamente,
E meus sentimentos em poemas transcrevi.
Meu amor arde infinitamente,
Por tudo que me deu e eu absorvi.
Ontem à noite excepcionalmente,
Sonhando vi você sorri.
Que Deus perdoe minha mente,
Mas até o final dos meus dias, queria te manter aqui.
(Nina Chan)
O sistema universal de poder, para as gerações modernas, caminha lentamente para uma forma de governo mais ostensiva e radical ao ponto de obrigar seus cidadãos a se submetê-lo.
A indiferença é como um ácido que, lentamente, corrói o coração; onde evapora o amor, emerge a cinza da discórdia.
A palmeira floresce o ano inteiro, enquanto o cedro cresce lentamente, mas com solidez, firmando suas raízes primeiro. Em Deus, nosso crescimento deve começar pelas raízes, fundamentado no conhecimento e na prática da Sua Palavra. O verdadeiro crescimento nos conduz à humildade e ao temor do Senhor.
Minha visão passeia lentamente
pelas tuas curvas que instigam,
esquentam e inevitavelmente inspiram numa emocionante aventura,
uma vontade muito expressiva
de uma saborosa loucura.
Minhas pupilas ficam fervorosamente
dilatadas, cada parte do teu ser é linda
fragmentos de uma excêntrica obra
de arte, empolgante e profundamente viva, um encanto que dificilmente se acaba de tanto que vivifica.
Desse modo, sou envolvido pela sedução da noite que desperta pensamentos insolentes
que motivam atos calorosos
até que se alcance uma conexão
de corpose mentes num momento muito deleitoso.
Saboreio lentamente uma quantidade moderada de uma viveza calorosa numa única taça de vinho, dessarte, um alento na minha mente logo se mostra, também um relaxamento para o meu corpo com um calor bastante aprazível, algo que faz sempre eu lembrar que um momento como este, particular, é imprescindível.
Deste jeito tão relaxado, vou adentrando em pensamentos, daqueles verdadeiros, acalorados que vão ganhando mais consistência madrugada adentro, tirando-me um pouco desta realidade, colocando-me numa digressão agradável criada à luz da minha insistente vontade.
Uma forma de trazer-me pra perto, linda, calorosa, decidida com uma presença obviamente maravilhosa, então, ficamos juntos usufruindo da correspondência de nossos desejos e enquanto não desperto, pensando, tiro o máximo de proveito possível ao ponto de fazer alguns versos.
“A ilusão, como um véu traiçoeiro, desgasta lentamente os caminhos que levam à verdadeira felicidade.”
ALÉM DA MORTALHA
Lentamente cai a mortalha
A um novo ano promissor
Tempo atorado com navalha
Só resta olhar o que ficou
Um perdoar às próprias falhas
E acreditar no que mudou
Pra enfrentar novas batalhas
Ressurreição que acordou!
BORBOLETA (soneto)
À flor de lobeira do cerrado, azulada
Voa a borboleta erradia lentamente
De asas tal multicor do sol poente
Num dueto de um balé na estrada
É tão imponente e é tão refulgente
No horizonte rubro, em uma toada
Que hipnotiza o ver e mais nada
Doidejando o encanto da gente
Só a flor, o que importa, a ela atada
Somente! E ao seu redor indiferente
Onde ali, a vida se faz multiplicada
Neste valsar vaporoso e inocente
Do diverso do cerrado camarada
Borboleta em voo, é o belo ingente!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, junho
Cerrado goiano
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