Lado Emocional
Parada de trem
Eu espero um trem
Não sei que hora ele passa
Desse trem, eu sou refém
Sinto que estou esperando uma farsa
Porém, eu quero prosseguir
Quero, no meu destino chegar, conseguir
Mesmo que todos me digam que não
Até mesmo o maquinista diz que não há salvação
Todavia, ainda o espero, sentada, ansiosamente
Ali fico, horas, dias, meses...
Ainda que me sinta desencorajada, ignoro minha mente
Penso, reflito muito, penso em mil hipóteses
Ainda sim, teimo em não ver a razão
Afinal, que coisa mais desnecessária
Preciso apenas seguir meu coração
É apenas uma incerteza temporária
Após muitos meses, vejo o trem no horizonte
O vejo a alta velocidade, pelo monte
Me emociono tanto, que escorrego e caio no trilho
Eu perco completamente meu brilho
O trem, corre em minha direção
A maquinista nem tenta frear
Embriagada, ela fala: "Acho que não"
Ela diz, antes de me atropelar
Entre as coisas mais difíceis que já presenciei, está a tentativa de trazer para a racionalização quem é dominado pelo emocional.
"A aranha, como metáfora da manipulação, tece uma teia de ilusões, atraindo suas presas com promessas de segurança e prazer. No entanto, quanto mais a presa se aprofunda na teia, mais se torna refém de sua própria ingenuidade. A liberdade é ilusória, e a armadilha é habilmente disfarçada de refúgio.
Nessa perspectiva, a aranha simboliza as forças que nos manipulam, seja através da emoção, da razão ou da necessidade. A teia representa a complexidade das relações humanas, onde as linhas entre o amor, a dependência e a opressão se tornam cada vez mais tênues.
A questão que permanece é: até que ponto somos cúmplices de nossa própria captura? Até que ponto nos entregamos às teias que nos são tecidas, renunciando à nossa liberdade em troca de uma sensação de segurança e pertencimento?
A força mental nasce do desenvolvimento intelectual, mas se fortalece na disciplina, na superação de desafios e no domínio das emoções.
Na ideia fixa de matar um leão por dia, alimentei muitas hienas e urubus.
No fim, eles só me seguiam, eu é que trabalhava para eles.
Mudei de estratégia, agora, domo leões.
Dá trabalho, mas é muito mais inteligente educar que destruir.
Porque agora trabalho com a vida, as hienas riram e os urubus voaram.
Sérgio Júnior
LIMPANDO O AMBIENTE
E então, o que achou?
___ Nem te digo.
Como assim?
___ Foi péssimo, nunca vi coisa pior.
O que exatamente?
___ Não quero falar, me faz muito mal.
Tá bom então. Mas, e sobre ela?
___ Ela é falsa demais, pensa que me engana.
Sério, mas por quê?
___ Assim, é tanta coisa que eu nem sei por onde começar.
Vixe!! Vejo que não está nada bem.
___ Não mesmo, está horrível!
Sim, mas o trabalho, vai bem?
___ E, nem te digo. O chefe é um babaca. Ele e aquele puxa-saco do gerente. Acho que os dois tem um caso.
O que, como assim, eles não são casados?
___ Sim, mas eu desconfio deles, já faz um tempo.
Okay então. E o carro tá feliz com a aquisição?
___ Vixe, agora você não vai acreditar.
Não diga, o que foi?
___ Foi a pior besteira que eu fiz, foi comprar esse carro. Ah se arrependimento matasse..
Me explica, o carro é ruim, tem problemas mecânicos ou consome muito?
___ Sei lá, só não gosto, me arrependi sabe?
Sei, mas você vai vender então?
____ Quem vai querer comprar aquilo?
Você tem um senso de humor aguçado.
___ Não mesmo, se você soubesse o ódio que eu estou.
Mas como assim, ódio de quem?
___Os amigos do meu marido, uffa, chato pra caramba!
O que eles fazem?
____ Nada não, só não vou com a cara deles.
São muitos?
____ Sim, um monte de cara sem o que fazer.
Entendo, mas e a igreja, você tá indo ainda?
___ Eu? Eu vou às vezes. Também, um monte de gente falsa, fofoqueira. Eu hem!
Me diz uma coisa : você já almoçou?
___ Eu mesmo não, olha é tanto stress que eu nem tô tendo fome. Tô trabalhando igual a um escravo.
Faz o seguinte: eu conheço um local aqui perto, muito bom, quer almoçar comigo?
___ Acho que você não entendeu, eu estou sem dinheiro.
Não tem problema, eu pago a conta.
___ Vou aceitar porque é você. Se fosse outra pessoa eu jamais aceitaria. Nossa, esse povo é complicado.
Então é aqui nesse restaurante 🍢.
___ Você está doído? Esse restaurante é o pior do bairro, a comida é horrível.
Psiu!!! Como assim?
___ Então você não sabe? Todos os meus amigos falam mal da comida daqui. Se você quiser entre, eu não vou.
Psiuuu, fala baixo menina...
____ Hei filho! Essa é a sua amiga? Vai comer o que filho?
É, pai, só um momento, vamos decidir ainda, talvez eu não coma aqui hoje.
___ Okay então, qualquer coisa me chama.
Tá bom pai.
🥺 Não é possível, então quer dizer que esse restaurante é da sua família?
Sim, você não sabia?
___ Tô passada! Desculpa o que eu falei, eu nunca comi aí, nem nunca entrei. Só falei o que me falaram.
Sem problemas nenhum. Eu só preciso te explicar algumas coisas, mas está tudo bem.
___ Explicar o que, eu já pedi desculpas.
É assim: o dono do restaurante é o meu pai, o pastor daquela igreja que você ia é meu avô, porém, o rapaz que te vendeu o carro é o meu primo, filho do dono da concessionária que é o meu tio, irmão e sócio de meu pai no restaurante.
____ Cara, você tá brincando não é?
O seu gerente é meu irmão por parte de pai, ele é filho de uma outra mulher.
____ Desculpa, eu tenho que ir, já tá tarde.
Tudo bem, mas não se sinta constrangida, você só deu sua opinião. Você sabe que seu marido quer mudar de emprego não é?
_____ Mas como você sabe?
Então, um dos amigos do seu marido, é meu amigo também. Ele me pediu para dar uma oportunidade para seu esposo.
Hoje eu vou fazer a entrevista com ele. Então, provavelmente, seu marido será o novo garçom do restaurante de meu pai. O que achou?
_____ 💃💃💃💃
Ei, amiga, volta aqui!
Nossa, foi embora sem nem se despedir 😿...
É, pai, me serve um cordeiro?
___ É para já filho, a sua amiga foi embora?
Sim pai, ela é uma princesa, não aceitou que eu pagasse o almoço, mas elogiou sua comida.
Falou muito bem da igreja e dos sermões do vovô.
___ Que bom filho, se eu não me engano foi ela que comprou o carro na mão de meu sobrinho, não?
Sim paí, ela me disse que o vendedor foi gentil e que o carro é o sonho da vida dela.
___ Poxa filho, que mulher maravilhosa, confesso que tinha uma outra impressão sobre ela.
Pois é pai, as vezes a gente se engana..
_____ Pronto filho, aqui o seu cordeiro.
Obrigado pai, tá com uma cara boa e um cheiro de manjar dos deuses.
_____ Filho, você sempre gentil...
Pai! Pai!
____E então, o que achou?
Sérgio Júnior
"Não aconteceu, não no lugar onde você imaginou. Porém, não quer dizer que você não esteja na direção certa.
Continue se movimentando, as engrenagens só se sincronizam no tempo adequado."
É URGENTE SER INTELIGENTE
A única coisa realmente urgente para qualquer pessoa é se manter em vida. E para isso, precisa desenvolver e refinar a "intus legere", a capacidade de interpretação e leitura de movimentos, discursos e comportamentos.
Caso contrário, serás escravo da imagem, da ilustração, da voz e da aparência; agindo, crendo e vivendo, guiado pelas pulsões emocionais e com altíssimos níveis de cortisol, ignorância, ansiedade, obesidade e depressão. A sua inteligência ou a sua leitura interna dos cenários que te apresentam, sejam eles reais ou sensacionalistas, vai determinar o seu estado de saúde mental e emocional.
"O custo para te deixar longe é mais barato do que o prejuízo que você pode causar na minha estabilidade emocional e financeira."
O Peso Invisível
✍ Por Diane Leite
Dizem que o home office foi a grande revolução do trabalho. Dizem que agora podemos conciliar tudo – carreira, filhos, casa, sonhos, ambições. Dizem que podemos trabalhar no conforto do lar, produzir enquanto assistimos ao crescimento dos nossos filhos. Dizem tantas coisas…
Mas ninguém diz a verdade.
Ninguém fala sobre as palavras interrompidas, sobre o cursor piscando na tela enquanto uma voz infantil chama sem parar: “Mamãe, mamãe, mamãe…” Ninguém menciona o caos mental de tentar responder um e-mail enquanto alguém puxa sua blusa pedindo atenção. Ninguém fala sobre a raiva silenciosa de tentar construir um futuro enquanto mãos pequenas tentam te puxar para o passado – para aquele tempo em que você era apenas mãe, apenas colo, apenas entrega.
O mundo aplaude pais que trabalham de casa, admirando sua dedicação e equilíbrio. Mas quando é a mãe que tenta, o que ela encontra? Um labirinto sem saída.
Ela tenta negociar, tenta explicar.
"Filho, me dá só mais meia hora e depois a gente brinca."
"Mamãe está ocupada agora, mas depois vamos ver seu desenho favorito juntos."
"Por favor, me deixa terminar isso, é importante."
Mas as crianças não entendem tempo. Elas entendem presença. E quando percebem que a mãe está ali, mas não está, insistem, persistem, exigem. Querem tudo. Querem agora.
E a mãe?
A mãe não está frustrada porque não ama o filho. Não está frustrada porque não quer estar ali. Ela está frustrada porque precisa pagar as contas. Porque precisa trabalhar para sustentar o filho que, ironicamente, é quem a impede de trabalhar.
E o pior: a criança não entende.
Ela não sabe que aquela mãe exausta que pede “só mais um minutinho” está tentando garantir um futuro para ela. Não sabe que, enquanto brinca distraída, aquela mãe está planejando, negociando, buscando um jeito de fazer tudo funcionar.
A mãe engole a raiva. Engole o cansaço. Engole o grito que quer sair.
Porque o mundo já a ensinou que mães não devem sentir raiva dos próprios filhos.
Porque o mundo já a convenceu de que esse é o seu papel e que reclamar é ingratidão.
Mas lá dentro, um vulcão silencioso se forma.
Não é culpa.
Não é medo.
É frustração.
Porque enquanto o pai seguiu sua vida, ela parou. Enquanto ele construiu, ela segurou tudo sozinha. Enquanto ele dormiu tranquilo, ela ficou noites em claro, estudando terapias, pesquisando tratamentos, garantindo que aquele ser pequeno e frágil tivesse um futuro.
Agora que o filho cresceu e que ela finalmente tenta respirar, tudo parece puxá-la de volta para aquele tempo de doação total. O tempo que parecia ter ficado para trás, mas ainda vive dentro dela.
Ela sente raiva porque percebe que ninguém vai dar esse espaço a ela. Ela terá que tomar esse espaço.
Mas ninguém ensina como.
E então ela segue, tentando negociar, tentando encontrar um pedaço de tempo entre as exigências do dia.
O cursor ainda pisca na tela.
Os e-mails ainda esperam.
Os sonhos ainda querem nascer.
Mas há um peso invisível sobre seus ombros.
O peso de ser mãe e ser mulher ao mesmo tempo.
O peso de carregar tudo enquanto o mundo finge que não vê.
Mas ela vê.
Ela sente.
E um dia, de algum jeito, ela vai conseguir respirar de verdade.
E não pedirá mais desculpas por isso.
Diane Leite
Será que a realidade onde você vive é tão imutável assim, a ponto de aceita-la sem questionamentos ?
Arrepender-se é assumir a responsabilidade pela nossa própria conduta e tomar a firme decisão de dar as costas aquelas praticas autodestrutivas.
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
No canal WhatsApp do Pensador, você encontra exatamente isso: uma ideia por dia que faz sentido!
Quero receber no WhatsApp