Juventude
MAL TRAÇADAS LINHAS
Antes de existir,
Tanta tecnologia,
Era preciso possuir,
Papel, caneta e ousadia.
Geralmente assim,
começavam as modinhas,
E as cartas de amor,
Escrevo-te estas mal traçadas linhas,
Dizia o tal sonhador.
Enviava o envelope,
Por algum menino ou estafeta,
Mandava a galope,
Com rosas ou violetas.
A resposta da donzela,
Aguardava ansioso,
Observando a janela,
Sempre curioso.
Ah! Mas tinha um medo tremendo.
Do pai da jovem e saía correndo,
Pois o primeiro gritava,
Minha filha casará com um doutor,
E o último retrucava,
E serei eu, sim senhor.
Depois de muitas confusões,
Os apaixonados se casavam,
A custa de choro e safanões,
Ambos se amavam.
Então as crianças chegavam,
Os avós se rendiam,
Com alegria esperavam,
E sobre os netos amor derretiam.
E a vida então seguia,
Mas chegou um dia,
Que veio a tal tecnologia,
E uma estranha mania.
As conversas em rodas de amigos,
Hoje são por uma tal,
de rede social,
E aí mora o castigo,
A juventude pouco lê,
Mas tem opinião,
Mesmo que seja a da TV,
Para alguma ocasião.
Escrever até que escrevem,
Com figuras de linguagem,
Erros ortográficos e abreviações,
Claro que há exceções.
Ainda existem papel e caneta,
Mas isso quase não se usa mais,
Restou a ousadia com nova faceta,
Apenas para romances banais.
Hoje se escreve na rede social,
E perdoem-me se pareço banal,
Mas ainda usarei a expressão,
Escrevo-te estas mal traçadas linhas,
Para confessar minha paixão,
E sonhar que um dia serás minha.
Não apenas namorada,
Mas também esposa e amiga,
Amante amada,
Companheira querida.
Perdoe estas mal traçadas linhas.
Autor: Agnaldo Borges
03 e 04/10/2014 - 18:30 - 16:28
COMO NOSSOS PAIS
É bonito ver pais carinhosos com os filhos, mas é ainda mais belo ver o carinho dos filhos pelos pais, justamente porque não é a ordem natural. Geralmente os filhos, em especial os adolescentes, têm vergonha dos pais... Mais vergonha em expressar sentimentos do que de pedir dinheiro... (Ainda bem que isso tende a inverter com o tempo). E com o tempo percebemos o quanto de tempo perdemos economizando carinho e atenção com os pais, em vez de economizar nas brigas e implicâncias.
Quando bate o medo de perdê-los, dá uma vontade imensa de voltar no tempo e tentar não ser tão idiota, em preferir muitas vezes estar na rua sozinho do que em casa com eles; ou trocá-los por pessoas que fingem se importar com a gente, as mesmas que cedo ou tarde nos irão decepcionar (tipo sem querer, querendo), porque alguém mais interessante vai aparecer e seremos trocados.
Então você cresce, forma a sua família e - como num passe de mágica - entende tudo o que antes parecia ser absurdo... De repente você se vê responsável pelo seu lar, se vê tendo as mesmas preocupações e “neuras” que seus pais tinham e passa a enxergar as coisas na mesma visão que você tanto criticou um dia. As coisas simples da vida passam a ter um valor superestimado e os medos que antes enfrentávamos rindo deixam de ser engraçados. É quando passamos a entender melhor (e na prática) a palavra ‘arrependimento’, vendo que temos uma coleção delas.
Na euforia da juventude que parece não ter fim e na aparente sensação de onipotência e onisciência que os hormônios naturalmente provocam, achamos muitas vezes que nossos pais são tolos. Mas tolos somos nós, quando não insistimos por aqueles que jamais desistiriam da gente. Pois um dia eles se vão, assim como a juventude, os hormônios, a vaidade... Tudo vai sendo tirado da gente, aos poucos ou de repente, e cada vez mais nos vemos como nossos pais, nos dando conta de que não somos deuses, nem heróis, não somos perfeitos, inabaláveis ou incorrigíveis, não somos únicos... Mas para os nossos pais, com toda certeza, somos insubstituíveis e isso já deve ser o bastante para que os amemos sem condições, ainda que às vezes eles aparentem, na nossa visão, não merecer.
Nossos pais de fato não são deuses, mas se tem uma coisa divina que eles tentam fazer- da qual nunca damos valor - é nos salvar de nós mesmos. Eles já foram filhos, e um dia, inevitavelmente, seremos como nossos pais.
FILHOS, SOB QUAISQUER CIRCUNSTÂNCIAS, AMEM E DEIXEM-SE AMAR!
Divida essa sua juventude estúpida com a gatinha ali do lado, meu bem. Eu vou embora sozinha. Eu tenho um sonho, eu tenho um destino, e se bater o carro e arrebentar a cara toda saindo daqui, continua tudo certo. Fora da roda, montada na minha loucura. Parada pateta ridícula porra-louca solitária venenosa. Pós-tudo, sabe como? Darkérrima, modernésima, puro simulacro. Dá minha jaqueta, boy, que faz um puta frio lá fora e quando chega essa hora da noite eu me desencanto. Viro outra vez aquilo que sou todo dia, fechada sozinha perdida no meu quarto, longe da roda e de tudo: uma criança assustada.
Infelizmente vivemos hoje em um tempo de uma juventude familiar bandida, nociva, maliciosa sexualmente fútil anonima de ficadinhas de ganhos fáceis pelas redes sociais da internet e pelos grupinhos do whats app, uma vertente perniciosa ao uso passivo e ativo de drogas e misturinhas licitas energéticas alcoólicas, falsos príncipes e princesinhas mascarados e disfarçados em uma dupla personalidade e realidade mundana com o que há de pior na escoria, equivocada e suja existência egoística doentia sub-humana.
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