Juras de Amor Eterno
SONETO INFORTUNADO
Nas linhas da poesia cheia de gana
Há sempre um nome oculto a saber
Há, no agitado coração, carraspana
Sensação, que se quis e ainda quer
E, numa poética de emoção insana
Sonha, poetiza, deseja tudo a valer
Os versos rimando de forma profana
Pois, o sentimento fica sem entender
E, se vai sonetando o verso diverso
Título a título, num sentido qualquer
E indigente, se estabelece disperso
Triste versar infeliz, e nunca amado
Menciona quantidade no furtivo viver
Privado, carecido, e tão infortunado...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2023, 19'00" – Araguari, MG
Brilho das Estrelas
Olhe para as estrelas
Não importa o que aconteça
Sempre lembre de seu brilho
Cada momento juntos
Existe no brilho de cada estrela
E elas sabem que
São cumplices deste amor
Não se perca na escuridão
Sempre lembre que existem
As estrelas para nos guiar
Não esqueça...
Se alimente e se fortaleça
No brilho deste amor
Que vive nas estrelas
Ela canta alto, mal, confesso, mas alegra a minha alma.
Ela desenha torto, sempre sai algo engraçado, mas é a tinta que eu preciso.
Faz sujeira, e lá vai, juntar os próprios cacos da sua lambança, mas eu ajudo-a resolver, isso é a nossa intimidade.
Os beijos, acredito que dentre as infinitas coisas boas que ela faz, seja uma das melhores coisas.
Amá-la não é fácil, não é boa todo tempo, mas o incrível é que mesmo errando, ela faz incrivelmente, o tempo todo ficar bom.
O que é a felicidade? Essa é uma pergunta que muitas pessoas se fazem, mas que nem sempre encontram uma resposta satisfatória. Será que a felicidade depende de fatores externos, como dinheiro, fama, sucesso, amor, saúde? Ou será que a felicidade é um estado interno, que depende da nossa atitude, da nossa forma de ver o mundo, da nossa capacidade de apreciar as coisas simples da vida?
A filosofia tem se ocupado dessa questão há muito tempo, e não há uma resposta única ou definitiva. Alguns filósofos defendem que a felicidade é o bem supremo, o fim último de toda ação humana. Outros afirmam que a felicidade é uma ilusão, uma expectativa irreal que nos frustra e nos impede de viver o presente. Há ainda aqueles que dizem que a felicidade é relativa, que depende das circunstâncias e das preferências de cada um.
Mas será que existe uma forma de medir ou comparar a felicidade? Será que podemos dizer que alguém é mais feliz do que outro, ou que nós mesmos somos mais felizes hoje do que ontem? Será que a felicidade é algo quantitativo ou qualitativo? Será que a felicidade é algo objetivo ou subjetivo?
Essas são perguntas difíceis de responder, mas que podem nos levar a refletir sobre o sentido da nossa vida e sobre o que realmente nos importa. Talvez a felicidade não seja algo que se possa definir ou alcançar de uma vez por todas, mas sim algo que se constrói e se cultiva ao longo do tempo, com base nas nossas escolhas e nas nossas relações. Talvez a felicidade não seja um destino, mas uma jornada.
Verdade que as peças que montam nosso quebra cabeça estão dentro de nós mesmos.
Mas é sempre melhor procurá-las em boa companhia.
"Na história seremos lembrados como parte da solução ou do problema. Escolha sempre ser parte da solução!"
O sofrimento também tem como função selecionar os verdadeiros amigos que sempre ficam ou desaparecem.
É FÁCIL ME ENCONTRAR
Costumo dizer que é fácil me encontrar
Que sempre vou estar aqui, esperando
Que sempre vou esperar, te amando
Que sempre vou amar, sem razão
Mas digo isso por você, não por mim
Se dissesse por mim, não seria assim
Seria mais dramático, meloso, acertado
Seria um tanto quanto amargo, cabisbaixo
Não será fácil me encontrar, como foi a primeira
Os lugares, eu vou deixar de frequentar
Onde tiver um rastro seu, eu não vou andar
Teu cheiro não vou me permitir cheirar
Mudarei de amigos, se for preciso
Mudarei de endereço, para não me apareceres de madrugada
Embora eu sonhe, com você me aparecendo altas horas
Mudarei de telefone, até o número do pix, pra não receber mensagens
Embora eu torça para ler as suas mensagens
E lentamente irei sumindo, não para mim, mas para você
E até nisso, tudo o que faço é para você
Pode não perceber
Mas sempre foi
você
Eu odeio tudo em você. Odeio seus beijos que sempre me fazem querer mais e mais. Odeio seus abraços que me fazem ir ao céu e voltar. Odeio seu sorriso bobo que ao mesmo tempo me faz sorrir também. Odeio seu modo de ser que sempre me faz rir.
Odeio suas palhaçadas que sempre me fazem gargalhar. Odeio quando você tira um sorriso involuntário meu. Odeio quando você diz que me ama. Odeio receber todo esse carinho de você. Mas sabe? Tudo isso que eu disse é a mais pura verdade, só que totalmente ao contrário.
ASCENSÃO
Não será sempre amargor na poesia
Versos a arrelia, ousadia com torpeza
Sem gentileza e enevoada de tristeza
Há te ter sentimentos e a pura alegria
Hei de poetizar agrados, com certeza
Criando na imaginação doce fantasia
Gestos leves, carias, raios de beleza
Desenhando versos com fina sinfonia
Hei de versar: - o olhar, o beijo a flor
Ter na rima, os sons sem escarcéus
Ritmando sensação e amor sem dor
Em um soneto alvo, polido, sem véus
Ah! a glória há de dourar cada louvor
Da ascensão, eu, penhorado aos céus!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
23 julho de 2023, 16’52” – Araguari, MG
*paráfrase Affonso Lopes de Almeida
Sempre que chegava dezembro minhas esperanças se afloravam em te encontrar e te conhecer, mas só com os ventos de agosto foi que tive a ternura e o prazer de conhecê-la.
Os ventos de agosto me trouxeram você.
O desgosto tornou-se gosto de amor.
Por isso é que amo tanto agosto.
Feliz agosto.
Nem tudo é pra sempre, e o que a gente viveu, há muito tempo já morreu.
E eu me iludindo com as lembranças do passado...
Quando fores capaz de olhar para dentro de si
acharás a causa dos problemas
A tendência é sempre olhar para fora
