Jesus Cura as minhas Dores
Fuja de pessoas sem caráter, pessoas na qual você conta as dores e chateações, e no outro dia está rindo e debochando com a pessoa que te faz mal, que não tem opinião própria, que segue a vontade dos outros. Porcos só andam com porcos porque preferem a lama, mosca prefere lixo, então tire essas pessoas de nada da sua vida, a escolha de ser caráter sujo foi delas e não seu. Segue a vida, ninguém precisa de lixo.
Quando juntamos e jogamos fora os cacos de dores que durante anos fomos acumulando nos cantos do coração temos a falsa sensação de vazio, mas não se confunda, isso não é vazio é a benção do recomeço que nos chega em forma de liberdade, alívio e paz.
Sinto dores de felicidades.
O desinteresse gritante me fez acordar.
Quando vi meu rosto frente ao espelho, os olhos inchados com um sorriso largo e afetuoso - sorridente de alívio -.
Um sorriso de - já passou.
Agora sinto uma emoção forte batendo em meu peito.
Uma solidão plena - primária - assim como a matéria.
Recortes de uma vida
Irei tecer uma colcha de retalhos com todos esses sentimentos
No final, terei tecido uma grande colcha e, o que sobrar, farei um tapete para que possa pisar quando vier - se vier -.
A indisponibilidade fizera enxergar minha solidão
Hoje te celebro, pois descobri a minha melhor versão
E te celebro novamente
Se eu passasse a pombo
Às vezes penso em ser um pombo. Sim!
Fiquei cinco minutos observando, frente à padaria, e bastou para ver que eles precisam de pouco - de migalhas -.
Acho que fui pombo durante uma fase da minha vida.
Se eu passasse a pombo
A felicidade desesperadora que sinto por não ser mais pombo me conforta
O fim é o começo de tudo.
Você não é o que fizeram com você.
Nem o que disseram.
Nem o que te faltou.
As dores que te atravessaram
não definem o seu nome.
Elas apenas contaram parte da história,
mas não escrevem o final.
Você é o que escolhe ser daqui pra frente.
É o que transforma em cura,
é o que decide carregar com leveza
e o que aprende a deixar pelo caminho.
Há muito mais em você
do que as marcas do passado conseguem dizer.
— Edna de Andrade
@coisasqueeusei.edna
Cada um carrega no peito dores que o mundo não vê — cicatrizes cobertas por sorrisos ensaiados ou lágrimas contidas. Somos mestres em esconder o que nos pesa, artistas de uma leveza aparente. E ainda assim, seguimos — não por ausência de dor, mas por força de existir.
Entre partidas e chegadas, abraços de saudades e despedidas. Das lágrimas de dores e alegrias, a vida que sufoca e alivia. Nuances de cores mórbidas e multicoloridas, em misto de medo e euforia, a realidade e a fantasia. Em embalos revolto de doce calmaria, tantos contrastes em teu ser, pequena flor, te guando em um codinome de amor, minha Margarida.
Escrever tristezas, demonstrar dores em palavras, não é porque já desisti ou quero me passar de fraco
Se ainda estou escrevendo é porque ainda estou tentando viver
Talvez se eu parar eu me mato
AURORA
Querida Aurora ,
Não chores por que já é domingo
E nos domingos meu bem,
As dores não passam
e as lágrimas não cessam
Não chores agora querida,
Por que agora é domingo à tarde
E nos domingos Aurora
Teu pranto é mudo
abafado,
inaudível
taciturno.
Afásico como as paredes duras
que esconde os monges
Não chores pois teus olhos ardem com o sal das lágrimas
E as lágrimas ardem minha querida Aurora
Ardem como o sal dos mares que corrói as rochas
e é domingo Aurora
Domingo não tem carteiro,
Nem cobrador,
Nem bufarinheiro.
Nem entregador de flores.
Ninguém pra bater no bater na tua porta,
chamar por teu nome,
olhar no teus olhos ,
e perguntar por que choras
Não chora hoje
Chora amanhã Aurora
Amanhã tem carteiro
Cobrador
Bufarinheiro
e entregador de flores.
Hoje não. Hoje é domingo à tarde.
E domingo é duro Aurora.
As portas que a dor me deu
Trago no peito um chaveiro antigo,
onde penduro as dores que ousei sentir.
Não as neguei, nem as adormeci —
dei-lhes nome, corpo e tempo.
E por cada uma, uma porta se abriu.
Oh, quantas vezes desejei não saber de mim!
Mas bastava que uma lágrima caísse inteira,
sem vergonha, sem pressa,
e o som de uma fechadura cedia —
como quem rende o coração a um amor impossível.
Há portas que me levaram a desertos,
onde o vento me arrancou as certezas;
outras, me devolveram o riso antigo
que eu pensava morto.
Nenhuma delas seria minha
se eu tivesse virado o rosto à dor.
Porque é no instante em que ela me atravessa,
que eu a torno caminho,
e o sangue, mapa.
Sim... cada dor que me rasgou,
destrancou um tempo, uma face, um lugar.
E hoje sou feita disso:
de cem portas escancaradas
por onde caminham os dias melhores
que antes,
eu apenas ousei sonhar.
Renascença
Nas sombras fundas do meu próprio ser,
encontrei dores que evitei viver.
Calei segredos, chorei sem som,
buscando abrigo em mim, onde não há tom.
O peito pesado, o passo arrastado,
coração em ruínas, quase calado.
Mas entre os cacos, brilhou uma luz —
não era o fim, era a própria cruz.
Aprendi que cair não é fraqueza,
é parte crua da natureza.
E que cada lágrima que escorreu,
foi chuva fértil que me renasceu.
Hoje ergo os olhos, vejo o clarão,
não sou o mesmo da escuridão.
Sou mais inteiro, mesmo ferido,
pois cada dor me fez sentido.
Ao compreender o outro, não apenas superficialmente, mas em suas dores e alegrias, estabelecemos um elo que vai além das palavras e dos gestos.
Não há nenhum mapa
Diga-me que há algo de bom neste mundo
que as dores duram apenas segundos
que o tempo passa
e leva com ele toda desgraça.
Diga-me que os gritos silenciosos
e os prantos em segredo
serão todos pelo tempo curados...
Diga-me: ‘não precisa ter medo’.
Diga-me que posso ser feliz
exatamente como o é uma criança...
diga-me que as belas lembranças que trago na memória
saberão por si só encontrar a trajetória...
... diga-me!
Diga-me que há uma representação que possa me guiar...
que não seguirei até o fim perdido e sozinho...
Diga-me que há esperança
Diga-me que há o mapa do caminho.
Sabe… certas dores não gritam. Elas silenciam a alma devagar, como quem fecha as cortinas de um teatro depois do fim. Algumas feridas não sangram mais, mas seguem abertas dentro da gente, como páginas que o tempo não teve coragem de virar.
Elas criam um véu — sutil, quase invisível — sobre tudo o que fomos antes do abismo. E é nesse véu que a alma aprende a respirar diferente, com mais cautela, com menos fé. Nunca tente levantar esse véu… Ele não é esquecimento. É sobrevivência.
A vida só é vida se entendermos seu propósito e, por muito que doa, aceitarmos as dores e as perdas!
Todos viemos com um propósito, um sonho...
Ao longo da vida, erramos, caímos, nos levantamos e, quando chega a hora de refletir, é preciso muito cuidado para não nos desviarmos. Em algum momento, nós tivemos nas mãos a chance de seguir outra trajetória, de realizar nossos sonhos, e, muitas vezes, fizemos escolhas erradas por medo, por estupidez ou por insensatez...
Mas as escolhas e os erros devem ficar onde estão, no passado, e tudo isso apenas deve servir para nos fortalecer e acreditar que talvez, se a escolha fosse outra, tb poderia não ter sido a mais correta!
Então, que vivamos na plenitude com o que temos e possamos nos perdoar a das nossas falhas, que sejamos cada dia pessoas melhores!
