Janela
Em Goiânia, da janela de um UBER:
Apesar deste sol,
a minh` alma “chove”.
Ao dobrar cada esquina,
vejo vultos… perfis...
( rostos desconhecidos)
No vácuo da história,
e no abismo do tempo,
perdi minha essência.
( eu sou um ser sem ser)
As lembranças antigas
e meus sonhos perdidos
dilaceram minh `alma.
Entre tantos ais ,
minha saudade encontrou o que quis.
CASA ESQUISITA E VIVA
Lá em casa tem uma porta
Que parece uma gaivota
E tem também uma janela
Que parece uma panela.
É uma casa engraçada,
Toda, toda desengonçada.
A mesa que é de vidro
Tem cara de queixo caído,
E a outra que é de plástico
Parece um nariz de palhaço.
Minha casa é muito estranha.
Não tem nem jeito de casa,
De dia parece uma aranha
E de noite, árvore plantada.
Mas dentro dela se acha
O que toda a gente procura:
Muito amor, muito carinho,
Muita afeição, muita ternura,
Porque o que as casas precisam
Para ser casa da felicidade,
Não é de linda mobília,
Mas de vida e de verdade,
De amor entre as pessoas
Que nela se sentem à vontade.
Nara Minervino.
Os olhos são janela
A alma está em toda paisagem que é bela
Prefiro morrer e partir
Eu acredito sem ter visto
Prefiro morrer e partir
Do que deixar de existir
Eterno desígnio
Sigo,
Sigo....
Da janela do meu quarto, observo e analiso o espetáculo que passa;
Cada minuto e cada pausa.
É contemplador a variação, a mudança e sua graça;
Mudar é preciso, admirar é válido, receber ou perder faz saber valer a causa.
"Soldado sem guerra
Veterano sem pátria
Na janela sinto o cheiro da noite
Saudades dos amores separados por pequenas quadras de distância
Luto das pessoas vivas
Sim, não é uma ficção
Sim, não enlouqueci ainda
Sim, é a minha realidade
Medo, Solidão, Vazio
Uma parede vermelha
Com pequenas janelas e
Vários sorrisos na mesma sequência respiram
O relógio marcando as horas
O sol indicando o dia
E a lua dando boa noite
Às vezes me perco
E quando percebo estou em frente à parede vermelha
Às vezes me acho
De frente a parede vermelha e aquelas janelas
Tento não vê-la
Mas ela está ali me confirmando que tudo existia
Sim, não é uma utopia
Sim, não é uma invenção
Sim, não enlouqueci ainda
Será que um dia reencontrarei
A parede vermelha com as janelas abertas."
"Janelas"
Pela janela o mundo é menos corrido.
Pela janela tudo é mais colorido.
E foi pela janela que me apaixonei pelo teu sorriso.
Essa noite fui longe nos meus pensamentos, sentado vi pela janela
a noite passar. O coração bate as horas, o relógio na parede parece que chora, vendo a madrugada chegar. Olho pra cama , sinto sede dos sonhos. Não sei bem ao certo,
se eles vem ou não. Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei, as vezes chego a amar essas voltas que a vida da, as lágrimas foram amargas demoraram anos mais pude ver novamente seu sorriso brilhar .Boa noite.
Vim te ver, gritar seu nome
Fazer sinal na janela do seu apê
Vim te ver, pra ter seu nome
E de carona fugir com você
DA MINHA JANELA...
Da janela entraberta
do meu quarto
interior...
A vida acontecia,
pelo vão, do vão d'alma.
As curvas das montanhas
azuladas,mui além,
entortavam o cenário
que me achava.
Me vi então, a me acalmar,
quando ao dorso da montanha
cavalguei.
(23.07.15)
Percebo meu tempo escorrendo diluído no pó
O relógio literalmente é minha janela posso vê a luz negra me chamar... mas me escondo na luz artificial
Sem querê te deixei ir
Alimentava do seu amor como uma esponja suga a água e rejeita as bolhas
Mas a areia que eu construía nossos sonhos nevou em brasas e as cinzas são meus dias agora
Vendi-me pelo prazer sobre a luz fraca minhas mãos tateavam mas não te encontrava nas quelas frases frias
O amor em outra voz me devorava molhado na seiva doida exaustão adormecia em silencio
Os cuidados de alguém disposto me ouvir mas a tangente agora era minha, o som na velocidade dos ecos do meus próprios passos me arrependia
Compelido a retornar me se os seus olhos ainda forem ausentes
Há um pássaro negro empoeirado na minha janela eu ouço ele chamando...
O sol queima com seus olhos flamejantes ele lê a minha alma
Espero o dia ruí... a tarde baunilha aveludada, apresado o laranjado alimenta dela derretendo o breu do céu
A noite cai de alturas impossíveis...
Os corvos voar com a escuridão... e sussurram nós te daremos Assas (liberdade)
Planta nas minhas asas sementes de uma ideia você tocará as mãos de dele...
Sobre uma manta feita de sombras tecidas sob o véu da noite
Queria voar ate o paraíso e planar
Estes anjos transformaram minhas asas em cera... com a asas tecidas pela escuridão; as asas que foram quebradas por que não deixei eles entrar...
Sinto o gosto de metal na boca o cheiro de maça verde e a relva do campo
O sol nascer sem eu querê...
Escondo minha face sobre facetas neutras as sombras ainda é minha compassar predileta
Por muito tempo havia segredos em minha mente, a escuridão cambaleando nebulosos fantasmas ate parece o medos da infância
A pressão em alta não consigo me afastar
O mar libera ondas negras lágrimas de dragão eu tinha asas que não conseguiam voar
lágrimas congeladas senti-las paredes se movendo estou sendo arrastado para longe onde o tempo ainda não existe
By Charlanes Oliveira Santos
Em minha janela
Passava uma moça bela
O sol nascia da minha janela
O sol se punha na minha janela
Os pássaros cantarolavam nela
Pessoas passavam e assenavam
Outros só passavam
Eu vi a morte de minha janela
Minha janela é castanha da cor de canela
A vida passava e eu observava de minha janela
Abra a janela do coração.
Jogue fora a tristeza
Abate o semblante
E torna embaçada a sua visão.
Deixa Deus fazer tudo novo
É um novo dia
Experimente descortinar a alma
E entoar ao Senhor uma nova canção.
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
evangelista da silva
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Um garoto maltrapilho entregue a desordem
Adotado pelo narcotraficante de alhures...
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Bêbado, vomitando e cheio de crack, - alucinado
Entregue às mãos podres dos desgraçados.
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Acorrentado para nunca mais libertar-se dos algozes
Entrincheirados conduzem o nosso povo à desgraça.
Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Estuprado e condenado à prostituição faminto e só.
E assim, conduzido à tortura, certamente, morrerá.
Da janela de onde moro eu vejo o Brazil
Desmaiado sugam-lhe o sangue e vida
Na estúpida violência de roubar a nossa beleza e viver!
Bahia, 13 de maio de 2019.
às 19h 30min.
Lembrança de Infância
evangelista da silva
Aqui do alto à janela vejo o Uni(verso)
Encoberto de nimbus sobre a minha cabeça
A desfazer-se em chuvas, e choros e gemidos.
Ainda ontem, e faz muito tempo...
Eu sentia este ventinho frio e a cara do tempo nublada,
Cheia de solidão. Mas eu, somente eu, era amado e...
Ao lado da minha avó sentia-me amparado
E forte, e consolado, e cheio de calor...
O amor tudo pode. Assim foi o meu tempo de menino.
Recordar é a maior das razões de viver...
Faz dezenas de anos que não revivo cena tão igual.
Estou no passado ao lado da minha avó esperando a hora de dormir...
Como hoje uma lâmpada acende, não é preciso apagar o candeeiro...
Já não tenho mais a coragem de encarar a luz,
Visto que a minha avó já não dorme ao meu lado.
Santo Antônio de Jesus, 03/12/2018.
Às 18h 12min
Eu e nós outros
evangelista da silva
Recolho-me!......
Da janela vejo o silêncio mórbido das ruas.
Encontro-me frente a frente à tv.
Observo o carnaval.
Um surto psicótico explode!...
E as almas decaídas aprisionam os possessos
Endiabrando os corpos em estereótipos catatônicos
Que são conduzidos aos infernos.
É carnaval!...
A maioria dos mortais se desequilibram
Enquanto atentos outros usurpam o transe infernal.
E tudo acontece nesse instante:
Cenas macabras desfilam em sangue e mortes... Dessa forma a infelicidade aumenta:
Torturas, toxicodependência, e melancolia.
É carnaval!...
Das prisões às avenidas
Favelas e nobres bairros...
É um urro agonizante de desrealizações.
E, nesta fúria satânica e neutralizante,
Onde tudo se confunde,
Vê-se alegorias, fantasias, arte, circo e palhaçadas!...
Religião, zoada e perturbação musical.
Sim, é carnaval!...
Nesses instantes esquizofrênicos
Ninguém para nada serve
A não ser para lambuzar-se em merda.
Vai-se indo mais um carnaval!...
E neste frenesi torporizado
Entre o real e o imaginário,
Os manipuladores da emoção
Deformam a realidade.
Vendem felicidade e beleza.
Pregam em tudo, pureza e simplicidade
Enquanto a turba agitada e enlouquecida
Agita-se em movimentos bruscos
Ouvindo um som que vem dos infernos
Criando a sinfonia perturbadora das notas musicais.
Santo Antônio de Jesus, 27 de fevereiro de 2017.
Às 16h 03min.
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