Já Entendi Você Românticos
Versos enviados
E esses agora
Vão pra aqueles versos
Que já foram de mim embora
Versos mais como aos avessos
Me escaparam entre os dedos
E nem sei como foi
Fazer versos com e sem medos
Como ao matadouro caminha o boi
Meus versos perdidos
Estão por aí
Nas vidas nos dias sofridos
E eu nem sei ainda
Como desse tédio sair
Queria tanto meus versos resgatar
Como que uma combinação bombástica
Amor e dor
Num súbito sulfrágio
De poemas , pontes espontâneas
Mas as vezes pinguela
De emoções despedaçadas comparsas
Remanescentes entre o eu só
O eu mais só brio ainda sóbrio
As vezes me vem a enfadonha
Impressão de que vim
E estou no meio desse calor
Nesta existência por puro
Simples estágio de amor
Mas só me vejo nesta vida
A compor...
"Eu sou aquela mulher que vive além de sobreviver."
Já escalei abismos com profundidades absurdas. Já juntei meus cacos e me refis.
Já briguei comigo e com os comigos de mim; pra libertar meus próprios pensamentos.
Já gritei em silêncio; chorei no chuveiro e lavei minha alma prá recomeçar novamente.
Com tudo isso fui trocando sementes, semeando fortemente e hoje enraizada nos girassóis da minha alma; me encontro novamente!
Ora luz;
Ora escuridão;
"Só não perco esse meu jeito de encarar minha missão, estou aqui para viver e não só para sobreviver."
A vida é como uma luz;
Ora acende;
Ora apaga;
São os momentos que fazem dela; tão linda e singela.
#Autora #Andrea_Domingues ©
Direitos autorais reservados 23/09/2018 às 17:20
A incompreensão deixou de ser obstáculos quando assumimos nossa responsabilidade, e, dever, já dos direitos, feche os olhos pra ver.
Definir-se como de esquerda ou de direita já representa, por si só, flutuar numa folha que carrega formigas à deriva, dependendo do lado que o vento sopra, jogando-as de um lado para outro ao sabor das correntes que ele cria e desfaz sucessivamente. A mesma direita que chega como solução é a que conduz militares à mais torpe e cruel das ditaduras, e a mesma esquerda que muitos veem como libertadora, via de regra termina numa cúpula do poder que subjuga uma legião de miseráveis submetidos à sua tirania. A única forma de estar à salvo é permanecendo fundeado pela âncora do bom-senso a uma distância segura das inconstantes e revoltosas correntes dos “ismos”. De sua bóia firmemente presa ao fundo é possível tanto impedir que alguns barcos naufraguem quanto não afundar com os que fingem não ver o furo no casco.
Escre-vida
Eu quero vida
Quero distância da poesia
Já que eu sei
Ai como sei
Que poesia não é
A poesia da vida nos tira
Nos afasta da existência
Pra viver das ilusões
Simples essências
Na poesia a vida real sede espaço
A uma vida tão somente
Escre-vida
( VIII Coletânea Século XXI )
Por recusar-se a negar o que sabia ser verdade, Giordano Bruno morreu pela fogueira. Já Galileu Galilei, 16 anos mais tarde e pelo mesmo motivo, optou por retratar-se para não ter o mesmo destino. Ainda que minha rebeldia me aproxime mais da postura de Bruno que de Galileu, a inteligência me alerta que nenhum mártir até hoje pôde constatar por si mesmo que o idiota não era ele.
A gente percebe que já cresceu quando perde o medo de lutar, quando passa a enxergar a face da vida sem maquiagem. A gente percebe que já cresceu quando a inocência deixa de existir dando lugar a descoberta de maldades, de soberbas, de invejas, de enganos e diversas frustrações que a vida não deixa passar. Mas é assim... Não há como fugir do que a vida é.
E o que nos resta é dar asas aos sonhos,já que eles nos acordam dia após dia insistentemente.
São tantos planos, tantas vontades.
Tantos desejos guardados,às vezes adiados...E a gente sem saber ao certo a onde ir.
A razão que nos move a levantar todos os dias, é essa fome de viver, que jamais poderá faltar.
Portanto não limite seus sonhos, sonhe mesmo,busque seus objetivos ...
É isso que nos leva pra frente,esse brilho nos olhos, essa esperança nas novas conquistas,esse sorriso teimoso,
essa fé na vida,essa garra de vencer.
Viver é isso ,se emocionar, sentir...
E principalmente sobreviver ao que nos tenta impedir.
Essa história de ser sábio e paciente, já transcendi. Minha sabedoria me manda ir direto na jugular...
Catavento
Agora já foi
Perdeu-se no vento
Do seco relento
Na brisa de Março
Marcando o compasso
De um breve momento
Ligeiro e escasso
Como um catavento
Girando ao acaso
Na busca de um laço
Em seu movimento
Ela foi tudão, entrou com emoção
Ela fez bagunça dentro do meu coração.
Ela foi demais mas hoje já não faz,
Aquele desatino que fazia tempo atrás.
Deixe as telas das novelas, nunca a ti creditei um níquel se quer, já as verdades de nossa vontade, Hum... festejos agôr contigo entreter, meu sonho pra não ti perder.
Agosto já vai embora sem deixar o tal gosto. Gosto do choro dos céus. Já andamos à muito tempo nesta arte de desgosto e renovação das águas e da esperança viva e fogo. Que venha o Setembro sem guerra. Que encha cada barragem pressa nos olhos de quem já não chora, de quem perdeu o curso do rio da vida. Que venha com a única coisa nesses dias. A chuva. de resto manteremos a mão estendida. A Deus e aos homens de arado, aqueles de gravata e da terra que desgasta.
Já abençõe suas traquinagens e, no agora , sabedor de vossa vontade, seu sorriso em mim , não negativa in-vales.
Já viu talento mudar de lugar, seja tudo é muito mais, aonde você está, se gostar é conjugar, o verbo pra sí é amar.
O termo politico que no dicionário tem o significado exato da palavra, aqui no Brasil já se fragmentou para muitos outros sentidos, por conveniência dos políticos, que nem mesmo o intelectual sobre o assunto consegue definir o que estes milhares de candidatos estão querendo dizer, então em qualquer que seja a rede social, mídia e afins que se utilizarem para postarem suas sandices, o cidadão que se converter para um ou outro partido, alienado estará por total falta de compreensão.
O pai dele estudava ali perto da igreja e ele ia junto. A mãe já falecida deixara os dois no apartamentinho de aluguéis atrasados. Conforme os anos iam passando ele ia ganhando mais confiança para andar pela faculdade. Primeiro sentava no corredor onde recebia cafunés dos professores de contabilidade, depois ganhou a cantina com a televisão de som baixo, e mais pra frente o jardim. Roçando a sola do tênis nas pedras úmidas notava sempre uma luz acesa no prédio do outro lado da rua, apenas isso. Por conta de uma aula que um dia não teve, prova que o pai sorriu ao saber do adiamento, agendaram para uma tarde, uma semana mais para frente. Neste horário muitas salas ainda estavam trancadas, mas os fins dos corredores eram menos assustadores. Olhou para cima e viu dois olhos dentro de um capuz vermelho que se esconderam ao serem flagrados. Curioso, caiu os olhos para a recepção do prédio e notou enfileirados alguns seres com as mesmas roupas vermelhas que tentavam disfarçar de forma um tanto engraçada as suas entradas no grande edifício espelhado. Colocou então, pela primeira vez, os pés desacompanhados na rua e com o coração saltitando pegou a primeira escada que encontrou. Pelos degraus cruzou com uma mulher careca que carregava desequilibrando várias xícaras e louças. Subiu sem portas para sair, até que chegou ao topo. Lá os grandes encapuzados tomavam seus chás e conversavam, repetindo uma única e mesma palavra. Engatinhou por entre as pernas mas engatou em uma das sandálias e foi puxado de surpresa pela gola do casaquinho com estranha leveza. Ao ser indagado com um “glunck” teve a ideia de repetir o mesmo som. Todos da mesa ficaram pasmos. O da ponta então levantou da mesa com dificuldade e trouxe um manto exatamente do seu tamanho aos aplausos de todos. Tomaram chá com calma e depois, um a um, foram pulando lá de cima e entrando nas janelas de outros prédios mais abaixo. O menino com medo de voar desacompanhado pela primeira vez, tentou descer o máximo que pode pelas janelas, mas resvalou e foi parar no jardim do outro lado da rua. Ao ser indagado pelo pai sobre o capuz, minutos depois, com a prova feita faltando uma questão, respondeu que tinha ganhado lá em cima do prédio de um grupo de “coisos” engraçados. Com os olhos contra o sol, olharam com dificuldade para o topo. O menino feliz e o pai pela primeira vez julgando com o canto da boca as histórias do menino; desacompanhados.
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