Injustiça
Quando me calo ao ver injustiças,
Permito ao chicote zurzir...
Quando me calo à beleza da vida,
Abro a porta para a morte entrar...
Quando me calo ao ver teus olhos,
Aceito viver na solidão...
Quando me calo para uma borboleta voando,
Não vejo as rosas no jardim...
Quando me calo para uma criança chorando...
Deixo a vida, com com certeza, mais triste,,,
Quando me calo, calo-me apenas,
Fecho os olhos e esqueço de mim...
Essa sou eu, insatisfeita com injustiças e certa de que o mundo pode ser melhor se a gente quiser.
Não calo minha voz diante da morte e nem diante daquilo que fere outras pessoas. Arrependo-me quando erro, mas preciso aprender a pedir mais perdão.
Nojo de quem usa a religião para confirmar injustiça, exploração e ódio em nome de Deus. Fariseus do século XXI.
Vivemos em um mundo onde infelizmente o mal e a injustiça predominam. Estou aprendendo à duras penas que são necessários desenvolver três recursos indispensáveis para se viver bem consigo mesmo: o desapego, o perdão e o amor. Sem essas três virtudes não andaremos a lugar algum, sequer teremos paz.
Vivemos numa esfera de injustiças onde ninguém sai sem liquidar a conta e sem levar seu plantio para o juízo supremo.
O coração é um dos músculos do corpo humano mais injustiçado, pois ele carrega a culpas das nossas emoções e sofre pelas consequências das nossas escolhas.
E mesmo assim, é ele que nos mantém vivos.
A Injustiça da Justiça
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A Justiça é cega e chorona,
Mas a Injustiça enxerga muito bem
E vive sorrindo à toa.
Quando se concretizar na mente dos homens que violência é a solução para injustiças e justiça se igualar a vingança, a vítima será toda humanidade.
Ninguém consegue perdurar na vida tão somente disseminando injustiças, violando direitos humanos; fique certo, um dia a conta chega.
Não fique triste com as injustiças que você sofreu; às vezes cicatrizes são necessárias para o fortalecimento humano
Do mesmo modo, afirmamos que os Estados imperialistas cometeriam um grave erro e uma injustiça inqualificável caso se limitassem a retirar de nosso solo as tropas militares, os serviços administrativos e de intendência cuja função era descobrir riquezas, extraí-las e enviá-las para as metrópoles. A reparação moral da independência nacional não nos deixa cegos, não nos alimenta. A riqueza dos países imperialistas também é nossa riqueza. No plano do universal, essa afirmação, como se pode presumir, não significa absolutamente que nós nos sentimos tocados pelas criações das técnicas ou das artes ocidentais. Muito concretamente, a Europa inflou-se de maneira desmedida com o ouro e as matérias-primas dos países coloniais: na América Latina, na China, na África. De todos esses continentes, ante os quais a Europa ergue hoje sua opulenta torre, partem há séculos, em direção dessa mesma Europa, os diamantes e o petróleo, a seda e o algodão, as madeiras e os produtos exóticos. A Europa é, literalmente, a criação do Terceiro Mundo. As riquezas que a sufocam são as que foram roubadas dos povos subdesenvolvidos. Os portos da Holanda, as docas de Bordeaux e de Liverpool especializados no tráfico negreiro devem seu renome aos milhões de escravos deportados. E quando ouvimos um chefe de Estado europeu declarar, com a mão no coração, que tem o dever de ajudar os infelizes povos subdesenvolvidos, não estremecemos de gratidão. Ao contrário, dizemos a nós mesmos: “É uma reparação justa”. Logo, não aceitaremos que a ajuda aos países subdesenvolvidos seja um programa de “irmãs de caridade”. Essa ajuda deve ser a consagração de uma dupla conscientização, conscientização por parte dos colonizados de que isso lhes é devido e, por parte das potências capitalistas, de que efetivamente elas têm que pagar.
Diante de um infortúnio qualquer todo mundo clama por justiça; mas o que fazer se a injustiça é essência do próprio sistema de justiça?
