Inexistência
Hábitos nocivos são mecanismos da ideação fragmentada de uma busca gradativa pela inexistência, resultando no término do desprazer que o próprio viver exige.
Acreditar numa vida além-túmulo Negando a inexistência da morte, é uma resistência natural do homem na tentativa sega e inútil de continuar na nave.
Muitas relações acabam não pela ausência do respeito, mas pela inexistência da tentativa de compreender os sentimentos do outro.
Penso, logo existe!
Ante a inexistência do concreto
Busco na existência do meu ser
Em algum lugar inóspito, desconhecido
Algo que devo explicar,
Mas, que ainda não se pode provar.
Logo, penso, repenso, busco respostas plausíveis
Poetizo, chego até filosofar.
O que para muitos é utópico, pra mim é salutar.
Deus, por exemplo, a ciência não consegue explicar
Mas um artista, com sensibilidade no olhar
Vê Deus, vê vida onde não há.
Uma rosa arrancada, sem essência,
torna se viva na memória de quem a ganhou.
Um abraço, um sorriso, um afago de mãe,
cura uma dor intrínseca;
Uma velha foto no porta retrato arranca suspiros
E as lembranças se afloram...
A afetividade, não há ciência que explique.
Existe vida, onde eu quero que exista,
Num ser vivo pensante ou num ser inerte
Depende da sensibilidade.
Para convencer a ciência e o homem insensato
De que a afetividade é algo real, nato,
Há de se mergulhar num mar de possibilidades,
despido de regras complexas, estudadas,
se entregando a simplicidade que existe
em cada ser animado ou inanimado
Sendo assim, penso, logo, existe!
Por Marta Souza Ramos
Viver é uma experiência fenomenal! Porque, na inexistência de sentido de ser de todas as coisas, na inexistência de propósito desta matéria, deste mundo visível e invisível – invisível como os fótons, invisível como a energia, ou como as ondas de rádio pelas quais nos comunicamos, pela quais temos internet e assistimos televisão, - nada, absolutamente nada faz sentido, e ainda assim cumpre um propósito: um propósito lindo que só depois de concluirmos pela inexistência de sentido de tudo, é que passamos a conhecer a única e real razão de ser de todas as coisas. E este é um mistério que só os sábios chegam ao seu conhecimento. Um mistério que nos mostra que a vida é ouroboros: uma cobra que engole o próprio rabo, o fim que engole o começo, e a morte que engole a vida, e que vence a própria história e a própria existência até que tudo volte ao zero. E todos vêm, mas também todos se vão, de sorte que nada nem ninguém fica, e nada é e nem permanecerá para sempre, ao mesmo passo em que todos os ciclos se reiniciam, mas nunca mais para os mesmos viventes, e nem mesmo como qualquer coisa já tenha sido algum dia, pois tudo o que foi ontem, passou, e tudo o que foi há poucos minutos também já passou, de forma que não existe nada que permaneça tal como é, no minuto seguinte, para sempre, até que tudo se torne irreconhecível, e tenha outros nomes, e sejam realidades de outras existências que também porventura se chamarão de outros nomes. Tudo um dia veio, e tudo um dia se vai, e enquanto este dia não vem, tudo se transforma e se degrada, enquanto apenas a mente do homem e a ciência evoluem, mas nunca o suficiente para salvá-lo do próprio ego, da própria cobiça, da própria ganância e do próprio Diabo; e da própria loucura de se autodestruir.
Inexistência - 2016
Hotel, beira mar...
As cortinas são desenhadas por causa do sol,
Neste quarto que é melancolia, sem cor...
Os barcos valsam ao sabor das ondas brilhantes,
Vencendo as marés, que como as cortinas, são sopradas
Sobre as praias, tentando impedir seu lançar ao desconhecido...
Enquanto eu, sentado na areia da praia, sozinho,
Sinto as brisas de verão escreverem levas redondas, E se precipitarem lateralmente.
E uma após outra levantam a areia branca que envolvem meu rosto;
Meus olhos se encontram em silêncio, estáticos.
A alegria e o êxtase da cena parecem como um doce que deve ser comido.
E enquanto a luz do sol se impõe no fresco da manhã, as andorinhas, escravas dos beirais do mar, constroem seus ninhos em cima, como um homem que semeia polias, ao longo de um túnel de luz.
E para sentir a luz em mim, seguida de um rápido bater de asas dos pássaros, roubo mais um tempo da vida antes de virar e fugir dali.
Sinto o toque de um ínfimo grão de areia, que a rigor deveria passar despercebido, deliciosamente.
Giro lentamente até tocar a agua fria com meus pés.
Não há como se apegar;
Instintivamente, eles pulam as ondas.
Partem de mim, e eu a liderá-los por entre a folhagem fina que ladeia a praia.
Vou nessa vida como um cometa errante que leva para o infinito as mais raras gemas, espalhadas pelo vento alto, para novamente, terra-formar o desconhecido, desconhecido.
Portanto, inexisto, agora...
"A inexistência do nada não existe pois o nada está repleto por tudo o que o ser humano não quer perceber, entender e deixar reaparecer."
Sozinho
A inexistência atua na ausência
As coisas já não mais reluzem
Versos já não mais traduzem
De versos românticos
A versos sem cânticos
Da vida mais farta
A vida barata
Já perdi o apurado cônscio
O ensurdecedor silêncio
Já é vazio nesse acúmulo
Agora escrevo ao meu túmulo
A vida não deixa as coisas baratas
Então mesmo com um buraco no peito
Tenho esperança que do nada
O infinito seja feito
A ilusão é a vida, conforme o combinado... Preterir a verdade, não é fato de sua inexistência... É óbvio que o mundo é formado, por criatividade e escolha... Tudo o que é criado, provém do Único Poder Divino Absoluto... Estando em Sua conformidade, o homem realiza muitas coisas... Por isso dizer que tudo é ilusão, é faca de dois gumes... Desvendar é recomeçar...
Sobre a cientificidade da nossa existência, está forjada o mistério da nossa inexistência, pois, somos seres concretos, motivados apenas pela nossa própria convicção.
A INEXISTÊNCIA DA VERDADE
A verdadeira verdade não existe!
A verdade verdadeira é a minha,
Sua verdade é uma mentira
Que tira a minha da linha.
A minha verdade é a certa
Que acerta na reta sem seta.
Sua mentira é uma verdade
Que pra tu é a certa.
Na treta da verdade verdadeira
O que nos resta é viver cada um em sua verdade derradeira.
🗝 O homem não teme a morte, ele teme a sua inexistência futura, mesmo que toda a sua vida tenha sido uma autêntica desgraça!
In, santuário das verdades
Séc. XXI
A morte é o maior paradigma desta humanidade, quando o ser humano entender a sua inexistência, tudo será diferente e inovador...
O sentido da vida é o vazio, a pura inexistência, pois a única certeza que temos é que não temos certeza, a própria ausência de ser, ter, conhecer e viver, apenas o nada é o certo para o que se já existe. Isso se confirma com a prova mais clara, a sensação automática quando se pensa na falta de sentido ou razão de algo é o vazio que deixa em nossa alma, afinal essa é a verdadeira resposta.
Eu não sinto o vazio eu não sinto a inexistência, mas o que eu sinto não tem explicação o que eu vejo ninguém consegue ver, o que passa em minha mente só eu para controlar, então me ajude estendendo a mão assim como eu estendo a todos que precisam de mim pois a mente é um campo aberto de guerras sem fim.
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