Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E Ă© sĂł amor que eu respiro.

AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!

Pablo Neruda
NERUDA, P. Cem Sonetos de Amor. Porto Alegre: L&PM, 2006.

Nota: Trecho do Poema II

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A Laranja

A laranja cortada ao meio,
Úmida de amor, anseia pela outra...
É assim, Ă© bem assim que eu te desejo!

Em vez de amor, dinheiro, fĂ©, fama, equidade... me dĂȘ a verdade.

Não quero alguém que morra de amor por mim... Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade....Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento serå inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado... Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades, que a vida é bela, sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena

Adriana Britto

Nota: Trecho adaptado de um poema muitas vezes atribuĂ­do, de forma errĂŽnea, a Mario Quintana.

No momento em que partimos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro.
E nos salva.

Paulo Coelho

Nota: Trecho de "Na Margem do Rio Piedra eu Sentei e Chorei"

Pra vocĂȘ guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra vocĂȘ guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cĂ­lios
Que o convite do silĂȘncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razĂŁo
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em vocĂȘ
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra vocĂȘ guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
LĂĄpis, edifĂ­cio, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lĂĄbios beijam signos feito sinos
Trilho a infùncia, terço o berço
Do seu lar

Nando Reis

Nota: Letra da mĂșsica "Pra VocĂȘ Guardei o Amor"

De alguma forma eu sabia que seria amor. Eu nĂŁo sei, mas acho que a gente olha e pensa: “Quero pra mim”. Mas dĂĄ um frio na barriga, um tremor, um medo de depender de alguĂ©m, de sofrer, de escolher errado, de lutar por algo que nĂŁo vale a pena. Porque o coração nem sempre Ă© mocinho, as vezes ele tambĂ©m gosta de pregar peças, sei lĂĄ, talvez queira provar que tambĂ©m sabe ser vilĂŁo. Foi por isso que corri, tentei fugir, mas quando tem que ser, nĂŁo adianta, serĂĄ.

Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.

Tu nĂŁo compras nem a alegria, nem a saĂșde, nem o amor verdadeiro.

Sempre faça tudo com muito amor e com muita fĂ© em Deus, que um dia vocĂȘ chega lĂĄ. De alguma maneira vocĂȘ chega lĂĄ.

AS VOLTAS DO MUNDO E DO AMOR

No livro Perto do Coração Selvagem, romance de estréia da escritora Clarice Lispector, a personagem Joana, em um determinado momento, sente-se confusa por estar sofrendo por algo que, um dia, a tornou terrivelmente feliz.

Acontece muito. A dor e o prazer alternarem-se em volta do mesmo motivo. Passam-se anos, ou meses, ou horas, e aquilo que nos deu tamanha vontade de viver torna-se a razĂŁo de tanta angĂșstia e lĂĄgrima. E o mais exaustivo Ă© que este Ă© um fenĂŽmeno incompreensĂ­vel.

Sendo de impossível entendimento, nada pode-se esclarecer aqui, a não ser dizer que, na maioria das vezes, é o amor que provoca tal contradição. O tempo passa e o amor sofre mutaçÔes: de ansioso passa a ser calmo, de constante passa a ser inconstante, de onipotente passa a ser falível.

NĂłs, por outro lado, tambĂ©m mudamos. De carentes a auto-suficientes, de infantis a maduros, de ternos a rĂ­spidos. Somos igualmente poderosos e igualmente fracos. E a metamorfose do ser humano, como a metamorfose do amor, gera pĂąnico: que amor Ă© esse que um dia me faz explodir de alegria e que no outro dia me implode? Que ser Ă© esse que sou, que um dia aceita as contingĂȘncias de um sentimento mutante e que no outro dia o quer estĂĄtico, igual como sempre foi?

HĂĄ exemplos mais simples. Ele te amou e isso te fez feliz. Ele deixou de te amar e isso te tornou infeliz. Felicidade e dor em alternados momentos e pelo mesmo motivo.

Ela era passiva e caseira, e isso deixou vocĂȘ apaixonado. Ela manteve-se passiva e caseira, e vocĂȘ passou a sonhĂĄ-la agitada e independente, e de repente nĂŁo a quis mais. Ela nĂŁo mudou, mas vocĂȘ mudou, e o amor acompanhou a mudança.

NĂŁo hĂĄ como parar o tempo, cristalizar o que nos enche de ĂȘxtase. Este ĂȘxtase um dia se tranformarĂĄ em algo que nos perfurarĂĄ feito lĂąmina. Porque assim Ă©: a terra gira em torno do sol e nĂłs giramos em torno de nĂłs mesmos, sem descanso.

O amor nĂŁo se transforma, ele se esgota, e a gente vai levando, por vĂĄrios motivos. E, saibam, muitos desses motivos nĂŁo sĂŁo nada nobres.

Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhĂŁ

Chico Buarque

Nota: Trecho da mĂșsica Samba e amor.

O amor Ă© a coisa mais alegre. O amor Ă© a coisa mais triste. O amor Ă© a coisa que eu mais quero.

O amor nĂŁo vĂȘ com os olhos, vĂȘ com a mente; por isso Ă© alado, e cego e tĂŁo potente.

William Shakespeare
Sonho de uma Noite de Verão. São Paulo: Editora Global. Tradução e adaptação Walcyr Carrasco. 2004
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Se tiveres amor enraizado em ti, nada senĂŁo o amor serĂŁo os teus frutos.

Amor de mĂŁe Ă© a mais elevada forma de altruĂ­smo.

Machado de Assis
Obra Completa de Machado de Assis, vol. III Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Frase ligeiramente adaptada, retirada do conto "Elogio da vaidade".

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O amor Ă© como capim, aĂ­ vem uma vaca e destrĂłi tudo.

Mas talvez, vocĂȘ nĂŁo entenda, essa coisa de fazer o mundo acreditar, que meu amor nĂŁo serĂĄ passageiro, te amarei de janeiro a janeiro, atĂ© o mundo acabar.

Nando Reis

Nota: Trecho da letra da mĂșsica "De janeiro a janeiro".