Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza đ
No momento em que partimos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro.
E nos salva.
NĂŁo quero alguĂ©m que morra de amor por mim... SĂł preciso de alguĂ©m que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. NĂŁo exijo que esse alguĂ©m me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, nĂŁo me importando com que intensidade....NĂŁo tenho a pretensĂŁo de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim Ă© saber que eu, em algum momento, fui insubstituĂvel... E que esse momento serĂĄ inesquecĂvel... SĂł quero que meu sentimento seja valorizado... Quero, um dia, poder dizer Ă s pessoas que nada foi em vĂŁo... que o amor existe, que vale a pena se doar Ă s amizades, que a vida Ă© bela, sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena
A Laranja
A laranja cortada ao meio,
Ămida de amor, anseia pela outra...
Ă assim, Ă© bem assim que eu te desejo!
Pra vocĂȘ guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir
Pra vocĂȘ guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir
Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cĂlios
Que o convite do silĂȘncio
Exibe em cada olhar
Guardei
Sem ter porque
Nem por razĂŁo
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar
Achei
Vendo em vocĂȘ
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar
Pra vocĂȘ guardei o amor
Que aprendi vendo meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
CĂ©u cheiro e ar na cor que arco-Ăris
Risca ao levitar
Vou nascer de novo
LĂĄpis, edifĂcio, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lĂĄbios beijam signos feito sinos
Trilho a infùncia, terço o berço
Do seu lar
AMOR, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Ai, ai, que olhos pĂŽs-me o amor no rosto,
Que nĂŁo se ligam com a real visĂŁo!
Se ligam, onde foi o juĂzo posto
Que ao certo lança falsa acusação?
Se o que meu falso olhar ama Ă© bonito
Que meios tem o mundo pra o negar?
E se o nĂŁo for, pelo amor fica dito
Que o olhar do mundo vence o de se amar.
Como pode do Amor o olhar ser justo
Se entre vigĂlia e pranto ele se verga?
E nem espanta o olhar errar de susto
Se sem céu claro nem o sol enxerga.
Esperto amor, com pranto a me cegar
Pra cobrir erros quando o amor olhar.
AS VOLTAS DO MUNDO E DO AMOR
No livro Perto do Coração Selvagem, romance de estréia da escritora Clarice Lispector, a personagem Joana, em um determinado momento, sente-se confusa por estar sofrendo por algo que, um dia, a tornou terrivelmente feliz.
Acontece muito. A dor e o prazer alternarem-se em volta do mesmo motivo. Passam-se anos, ou meses, ou horas, e aquilo que nos deu tamanha vontade de viver torna-se a razĂŁo de tanta angĂșstia e lĂĄgrima. E o mais exaustivo Ă© que este Ă© um fenĂŽmeno incompreensĂvel.
Sendo de impossĂvel entendimento, nada pode-se esclarecer aqui, a nĂŁo ser dizer que, na maioria das vezes, Ă© o amor que provoca tal contradição. O tempo passa e o amor sofre mutaçÔes: de ansioso passa a ser calmo, de constante passa a ser inconstante, de onipotente passa a ser falĂvel.
NĂłs, por outro lado, tambĂ©m mudamos. De carentes a auto-suficientes, de infantis a maduros, de ternos a rĂspidos. Somos igualmente poderosos e igualmente fracos. E a metamorfose do ser humano, como a metamorfose do amor, gera pĂąnico: que amor Ă© esse que um dia me faz explodir de alegria e que no outro dia me implode? Que ser Ă© esse que sou, que um dia aceita as contingĂȘncias de um sentimento mutante e que no outro dia o quer estĂĄtico, igual como sempre foi?
HĂĄ exemplos mais simples. Ele te amou e isso te fez feliz. Ele deixou de te amar e isso te tornou infeliz. Felicidade e dor em alternados momentos e pelo mesmo motivo.
Ela era passiva e caseira, e isso deixou vocĂȘ apaixonado. Ela manteve-se passiva e caseira, e vocĂȘ passou a sonhĂĄ-la agitada e independente, e de repente nĂŁo a quis mais. Ela nĂŁo mudou, mas vocĂȘ mudou, e o amor acompanhou a mudança.
NĂŁo hĂĄ como parar o tempo, cristalizar o que nos enche de ĂȘxtase. Este ĂȘxtase um dia se tranformarĂĄ em algo que nos perfurarĂĄ feito lĂąmina. Porque assim Ă©: a terra gira em torno do sol e nĂłs giramos em torno de nĂłs mesmos, sem descanso.
Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
Sempre faça tudo com muito amor e com muita fĂ© em Deus, que um dia vocĂȘ chega lĂĄ. De alguma maneira vocĂȘ chega lĂĄ.
O amor nĂŁo se transforma, ele se esgota, e a gente vai levando, por vĂĄrios motivos. E, saibam, muitos desses motivos nĂŁo sĂŁo nada nobres.
Eu faço samba e amor até mais tarde
E tenho muito sono de manhĂŁ
O amor nĂŁo vĂȘ com os olhos, vĂȘ com a mente; por isso Ă© alado, e cego e tĂŁo potente.
A palavra pode unir os homens, a palavra pode também separå-los, a palavra pode servir o amor como pode servir a amizade e o rancor. Livra-te da palavra que pode provocar o ódio.
A compaixĂŁo Ă© um profundo desejo de ver os outros aliviados do sofrimento, o amor Ă© a outra faceta, um forte desejo de ver os outros felizes.
Mas talvez, vocĂȘ nĂŁo entenda, essa coisa de fazer o mundo acreditar, que meu amor nĂŁo serĂĄ passageiro, te amarei de janeiro a janeiro, atĂ© o mundo acabar.
