Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Quando lhe jurei meu amor, eu traĂ­ a mim mesmo...

O amor é dos suspiros a fumaça;
puro, é fogo que os olhos ameaça;
revolto, um mar de lĂĄgrimas de amantes...
Que mais serĂĄ?
Loucura temperada, fel ingrato, doçura refinada.

Se perder um amor... nĂŁo se perca!
Se o achar... segure-o!

Circunda-te de rosas, ama, bebe e cala.
O mais... Ă© nada.

Silvana Duboc e Fernando Pessoa

Nota: Os dos primeiros versos pertencem ao poema "Navegue" da escritora Silvana Duboc. Os dois Ășltimos versos pertencem a uma ode de Ricardo Reis (heterĂŽnimo de Fernando Pessoa).

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O amor sĂł Ă© amor se nĂŁo se dobra a obstĂĄculos e nĂŁo se curva Ă  vicissitudes... Ă© uma marca eterna... que sofre tempestades sem nunca se abalar.

A vida é curta, viva. O amor é raro, aproveite. O medo é terrível, enfrente. As lembranças são doces, aprecie.

LET ME TRY AGAIN

VocĂȘ viveu um grande amor que terminou meses atrĂĄs. EstĂĄ sĂł. Nada nesta mĂŁo, nada na outra. A sexta-feira vai terminando e, enquanto seus colegas de trabalho aquecem as turbinas para o fim-de-semana, vocĂȘ procura no jornal algum filme que ainda nĂŁo tenha visto na tevĂȘ. Ao descobrir que vai passar Kramer vs. Kramer de novo, nĂŁo resiste e cai em tentação: liga para o ex.

Tentar outra vez o mesmo amor. Quem jĂĄ nĂŁo caiu nesta armadilha? Se ele tambĂ©m estiver sozinho, Ă© sopa no mel. Os dois jĂĄ se conhecem de trĂĄs para frente. NĂŁo precisam perguntar o signo: podem pular esta parte e ir direto ao que interessa. Sabem o prato preferido de cada um, se gostam de mar ou de montanha, enfim, estĂĄ tudo como era antes, Ă© sĂł prorrogar a vigĂȘncia do contrato. Tanto um como o outro sabem de cor o seu papel.

PorĂ©m, apesar de toda boa intenção, nenhum dos dois consegue disfarçar o cheirinho de comida requentada que fica no ar. O motivo que levou Ă  separação continua por ali, escondido atrĂĄs do sofĂĄ, e qualquer hora aparece para um drinque. O fim de um romance quase nunca tem a ver com os rompimentos de novela, onde a mocinha abre mĂŁo do amado porque alguĂ©m a estĂĄ chantageando ou porque descobriu que ele Ă©, na verdade, seu irmĂŁo gĂȘmeo. No Ășltimo capĂ­tulo tudo se esclarece e a paixĂŁo segue sem cicatrizes. JĂĄ rompimentos causados por incompatibilidades reais nĂŁo sĂŁo assim tĂŁo fĂĄceis de serem contornados.

Toda reconciliação Ă© precedida por uma etapa onde o casal, cada um no seu canto, faz idealizaçÔes. As frases que nĂŁo foram ditas começam a ser decoradas. As mancadas nĂŁo serĂŁo repetidas. As discussĂ”es serĂŁo evitadas. Na nossa cabeça, tudo vai dar certo: o roteiro do romance foi reescrito e os defeitos foram retirados do script, ficando sĂł as partes boas. Mas na hora de encenar, cadĂȘ o diretor? À sĂłs no palco, constatamos que somos os mesmos de antigamente, em plena recaĂ­da.

Se alguém termina um namoro ou casamento, passa um tempo sozinho e depois resolve voltar só por falta de opção, estå procurando sarna para se coçar. Até existe a possibilidade de dar certo, mas a sensação é parecida com a de rever um filme. Numa segunda apreciação, pode-se descobrir coisas que não haviam sido notadas na primeira vez, jå que não hå tanta ansiedade. Mas também não hå impactos, surpresas, revelaçÔes. Ficamos preparados tanto para as alegrias como para os sustos e, cå entre entre nós, isso não mantém o brilho do olho.

Se jĂĄ nĂŁo hĂĄ mais esperança para o relacionamento e tendo doĂ­do tanto a primeira separação, nĂŁo hĂĄ por que batalhar por uma sobrevida deste amor, correndo o risco de ganhar de brinde uma sobrevida para a dor tambĂ©m. É melhor aproveitar esta solidĂŁo indesejada para namorar um pouco a si mesmo e ir se preparando para o amor que vem. Evite a marcha a rĂ©. Engate uma primeira nesse coração.

Martha Medeiros
CrĂŽnica "Let me try again", 1999.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas GĂȘmeas, a 27 de setembro de 1999.

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Que eu não perca a vontade de doar este enorme amor que existe em meu coração, mesmo sabendo que muitas vezes ele serå submetido a provas e até rejeitado.

Nadir BeltrĂŁo

Nota: Trecho de um texto de Nadir BeltrĂŁo. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuĂ­da a Chico Xavier.

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O amor Ă© muito jovem para saber o que Ă© consciĂȘncia.

William Shakespeare

Nota: Trecho do soneto 151.

Canção do amor que chegou

Eu nĂŁo sei, nĂŁo sei dizer
Mas de repente essa alegria em mim
Alegria de viver
Que alegria de viver
E de ver tanta luz, tanto azul!
Quem jamais poderia supor
Que de um mundo que era tĂŁo triste e sem cor
Brotaria essa flor inocente
Chegaria esse amor de repente
E o que era somente um vazio sem fim
Se encheria de cores assim

Coração, pÔe-te a cantar
Canta o poema da primavera em flor
É o amor, o amor chegou
Chegou enfim

Vinicius de Moraes
Letra da mĂșsica "Canção do amor que chegou", composta por VinĂ­cius de Moraes e Carlos Lyra.
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Se existe amor, hĂĄ tambĂ©m esperança de existirem verdadeiras famĂ­lias, verdadeira fraternidade, verdadeira igualdade e verdadeira paz. Se nĂŁo hĂĄ mais amor dentro de vocĂȘ, se vocĂȘ continua a ver os outros como inimigos, nĂŁo importa o conhecimento ou o nĂ­vel de instrução que vocĂȘ tenha, nĂŁo importa o progresso material que alcance, sĂł haverĂĄ sofrimento e confusĂŁo no cĂŽmputo final. O homem vai continuar enganando e subjugando outros homens. Basicamente, todo mundo existe na prĂłpria natureza do sofrimento, por isso insultar ou maltratar os outros Ă© algo sem propĂłsito. O fundamento de toda prĂĄtica espiritual Ă© o amor. Que vocĂȘ o pratique bem Ă© meu Ășnico pedido.

Dalai Lama
LAMA, D. Path To Tranquility. New Delhi: Penguin Books India, 1998.

Nota: Tradução livre da mensagem do dia 29 de Outubro

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Tudo Ă© amor.
Até o ódio, o qual julgas ser a antítese do amor, nada mais é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.

André Luiz

Nota: Trecho do texto "Tudo Ă© amor".

O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. (...) NinguĂ©m ama outra pessoa porque ela Ă© educada,veste-se bem e Ă© fĂŁ do Caetano. Isso sĂŁo sĂł referĂȘncias. Ama-se pelo cheiro, pelo mistĂ©rio, pela paz que o outro lhe dĂĄ, ou pelo tormento que provoca.

Martha Medeiros
Trem-bala. Porto Alegre: L&PM, 2006.

Nota: Trechos da crÎnica As razÔes que o amor desconhece.

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Eu cantarei de amor tĂŁo docemente,
Por uns termos em si tĂŁo concertados,
Que dois mil acidentes namorados
Faça sentir ao peito que não sente.

Farei que amor a todos avivente,
Pintando mil segredos delicados,
Brandas iras, suspiros magoados,
Temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto
De vossa vista branda e rigorosa,
Contentar-me-ei dizendo a menor parte.

Porém, pera cantar de vosso gesto
A composição alta e milagrosa
Aqui falta saber, engenho e arte.

Luís de CamÔes
CamÔes, L. V. de. Sonetos Para Amar o Amor. Rio de Janeiro: L&PM. 1997L&PM Pocket

Jamais, em todo o mundo, o Ăłdio acabou com o Ăłdio; o que acaba com o Ăłdio Ă© o amor.

Buda
Dhammapada, verso 5.

Todo amor Ă© eterno e, se acaba, nĂŁo era amor.

Nelson Rodrigues
MemĂłrias - A menina sem estrela, 1967.

Onde aprender a odiar para nĂŁo morrer de amor?

Clarice Lispector
Laços de família. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trecho do conto O bĂșfalo.

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Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarĂĄs com amor; se gritares, gritarĂĄs com amor; se corrigires, corrigirĂĄs com amor; se perdoares, perdoarĂĄs com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senĂŁo o amor serĂŁo os teus frutos.

Santo Agostinho
Homilies on the First Epistle of John

O Fantasma da Ex

Dificilmente vocĂȘ namora ou estĂĄ enrolado com uma pessoa 0km. Seu grande amor provavelmente jĂĄ teve um outro grande amor antes de vocĂȘ, assim como vocĂȘ tem alguma quilometragem percorrida tambĂ©m. Normal. O problema Ă© quando o ex do seu amor nĂŁo ficou no passado: ainda ronda o presente.

VocĂȘ achava que ele estava morto e enterrado, mas que nada, o fantasma ainda assombra. Manda e-mails pro seu amor, telefona de vez em quando, surge nos mesmos lugares em que vocĂȘs estĂŁo. Uma praga. VocĂȘs construĂ­ram uma relação supersĂłlida, estĂĄ tudo indo mais do que bem, nĂŁo hĂĄ motivo para desconfiança ou insegurança. Mas atĂ© quando? O ser humano Ă© saudosista por natureza. De repente, num momento de carĂȘncia, vocĂȘ pode nĂŁo estar por perto e o seu amor se deixar levar por uma sessĂŁo nostalgia. Quem garante que nĂŁo?

Ninguém garante nada nesta vida. Mas não vejo muita razão para alguém se preocupar demasiadamente com os ex. Eles jå tiveram sua vez. Por alguma razão, não deu certo. Eu sei, eu sei, isso não quer dizer absolutamente nada, os dois podem ter continuado a se amar mesmo assim, eles podem ter deixado arestas por apontar, eles podem ter coisas entaladas na garganta para dizer um ao outro. Brrrrr. Assustador. Mas também é muito provåvel que, se eles tentarem de novo, vão esbarrar nos mesmos problemas que os fizeram separar. Ex é prato requentado. Quase um parente.

Eu nĂŁo tenho fobia com ex, ao menos nĂŁo com uma ex que tenha sido bem vivida, bem curtida. Fico mais apreensiva em relação Ă quelas que podem vir a ser casos passageiros, aventurazinhas bobas, mas que podem surpreender. NĂŁo temo fantasmas, temo gente bem viva, bem acordada, oferecendo novidades, fantasias. Ex Ă© um direito adquirido. Chegou antes. Tem privilĂ©gios. Merece respeito. E se seu grande amor cair nessa armadilha, terminar com vocĂȘ e voltar para o passado, relaxe, nĂŁo se apavore. SerĂĄ sua vez de assombrar. A ex agora Ă© vocĂȘ.

Martha Medeiros
CrĂŽnica "O Fantasma da Ex", 2004.

Nota: Texto originalmente publicado na coluna de Martha Medeiros, no website Almas GĂȘmeas, a 2 de agosto de 2004.

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Aprendi... Aprendi que eu nĂŁo posso exigir o amor de ninguĂ©m. Posso apenas dar boas razĂ”es para que gostem de mim e Ter paciĂȘncia, para que a vida faça o resto. Aprendi que nĂŁo importa o quanto certas coisas sejam importantes para mim, tem gente que nĂŁo dĂĄ a mĂ­nima e eu jamais conseguirei convencĂȘ-las. Aprendi que posso passar anos construindo uma verdade e destruĂ­-la em apenas alguns segundos.

NUNCA DESISTA DE AMAR

O amor Ă© eterno e maravilhoso em sua essĂȘncia, capaz de realizar as mais importantes transformaçÔes em um ser humano.

Alguns vivem o amor em sua plenitude pelo simples fato de dispor dele em abundùncia. Aprenderam a amar, a se entregar ao ser amado e a estabelecer relacionamentos criativos. Outros sofrem com seu relacionamento amoroso. Depois de algumas decepçÔes, tendem a se isolar e a adotar uma postura cética em relação ao amor. Preferem ficar em casa no såbado à noite, assistindo a um filme. Passam todos os fins de semana sozinhos. Nunca aceitam o convite de um colega para sair. No início, sentem-se aliviados, pois acham melhor evitar problemas do que sair em busca do amor. Mas, depois de algum tempo, a solidão começa a apertar o coração.

Nunca desista de amar. Assuma sempre o risco de demonstrar seu amor, mesmo que a outra pessoa nĂŁo vĂĄ aceitĂĄ-lo, porque amar alguĂ©m nĂŁo Ă© um problema nem um defeito; Ă© uma virtude. Se ela nĂŁo aceitar o seu amor, o problema nĂŁo Ă© seu, pois, uma vez que vocĂȘ descobriu o jeito de amar, ficarĂĄ faltando apenas encontrar um companheiro para a viagem a dois.

Se vocĂȘ estĂĄ sĂł, abra o seu coração, coloque um sorriso no rosto, retome o brilho nos olhos e acredite que a vida lhe prepara maravilhosas surpresas. Tenho a esperança de que com esta nossa conversa vocĂȘ tenha conseguido mais energia e inspiração para desfrutar melhor o Amor, uma realidade valiosa demais para ser banalizada.

E lembre-se: vocĂȘ Ă© o autor da sua vida e Ă© capaz de escrever uma histĂłria de amor muito linda, na qual receba e dĂȘ muito amor. Saiba sempre que amar pode dar certo, desde que vocĂȘ cuide do Amor com muito carinho e sabedoria.

O amor Ă© eterno e maravilhoso em sua essĂȘncia, capaz de realizar as mais importantes transformaçÔes em um ser humano, mas as pessoas atualmente se machucam muito porque nĂŁo aprenderam a amar de uma forma plena.

O problema não estå no amor. O ser humano não consegue ser feliz sozinho. Desistir de amar é deixar de lado uma parte fundamental da própria vida, e por isso mesmo é triste ver tantas pessoas tratarem o amor com desprezo, acharem as manifestaçÔes de romantismo algo feio e, principalmente, desistirem de viver um grande amor. Vale a pena amar, acreditar no amor, entregar-se ao amor. O amor satisfaz os nossos mais profundos desejos de compreender e ser compreendido, de valorizar e ser valorizado, de dar e receber.

Amar pode dar certo

O ser humano só pode existir em paz consigo mesmo se puder se relacionar com uma pessoa a quem diga, com palavras e gestos, "eu te amo" e de quem ouça com total sinceridade: "Eu também te amo".

Mas amar supÔe evoluir todos os dias, conhecer o outro cada vez melhor, construir com ele um lugar no mundo em que as pessoas, ao entrar, sentirão que ali existe vida, carinho sincero, vontade de acertar.

Nos momentos de crise ou de mĂĄgoa, dizer "eu te amo" ao parceiro Ă© ter a coragem de lhe dizer que ele fez algo de que vocĂȘ nĂŁo gostou.

Nos momentos de alegria e ĂȘxtase, dizer "eu te amo" Ă© saber compartilhar essa alegria com quem vocĂȘ ama, abrindo seu coração sem reservas.

Nos momentos de dor, dizer "eu te amo" Ă© talvez nĂŁo dizer nada, mas deixar evidente ao outro que vocĂȘ estĂĄ ao seu lado aconteça o que acontecer.

Nos momentos em que vocĂȘ perceber que errou, a melhor maneira de dizer "eu te amo" Ă© simplesmente dizer: "Desculpe pelo meu erro".

Nos momentos em que o outro errou, e estĂĄ triste porque cometeu o erro, a melhor maneira de dizer "eu te amo" Ă© se aproximar lentamente dele, colocar a mĂŁo em seu ombro e dizer suavemente: "Tudo bem, jĂĄ ficou para trĂĄs".

Amar pode dar certo é a frase mais simples possível para traduzir a convicção de que nascemos para amar e ser amados, e que nossa felicidade consiste em realizar essa missão.

✹ Às vezes, tudo que precisamos Ă© de uma frase certa, no momento certo.

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