Indiretas de amor: demonstre interesse com sutileza 😉

Amor: uma palavra em duas mentes.

Ó Deus, não permitas, que eu morra
sem ter vivido plenamente o amor.

NĂŁo era amor de verdade, era daqueles amores que jĂĄ vem pronto, embalado, adiciona ĂĄgua quente e espera amolecer. Mas nĂŁo tem gosto e esfria rĂĄpido.

Geralmente, as pessoas que mais tĂȘm dificuldade de se entregar ao amor sĂŁo aquelas que mais tĂȘm necessidade de serem amadas!

NĂŁo importa o quanto eu escreva, o quanto eu fale. Nada descreve o amor que eu sinto por vocĂȘ.

De amor eu nĂŁo morro
De paixĂŁo eu nĂŁo sofro
Quem quiser me amar
Tem que fazer gostoso!

NĂŁo hĂĄ amor generoso senĂŁo aquele que se sabe ao mesmo tempo passageiro e singular

O amor de Deus para sempre eu quero viver


Devia haver um curso no primeiro grau de amor.

O amor nĂŁo tem tĂ­tulo

(Porque o amor mesmo Ă© um mendigo sem nome, emprego, salĂĄrio, famĂ­lia e, apesar disso, tem residĂȘncia fixa e comprovante de endereço. E, alĂ©m disso, nĂłs. NĂłs fortes que nĂŁo desatam. SĂł atam cada vez mais.)
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Estou com medo. NĂŁo entendo bem as coisas. Dia desses pensei ter a razĂŁo, esqueci que ela dĂĄ cambalhotas e vai parar lĂĄ do outro lado bem firme, mas com as pernas um pouco em estado de treme-treme-com-hifenzinho. Quando algo treme, trec trec, pode perder a força, orça, rça, ça, ah, caiu. Espatifou. Eu espatifo, tu espatifas, ele espatifa. Adoro a palavra espatifar. Eu sei, tenho paixĂ”es quase doentias por determinadas palavras. É o meu vĂ­cio. Continuo com medo. NĂŁo sei se vou entender bem as coisas.
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Li uma frase hoje (enquanto eu circulava os olhos pela internerd) que me deixou cismada. Eu cismo com tudo, vocĂȘ sabe. Cismo com teia de aranha, pĂł em cima da prateleira, torneira aberta, relĂłgio que nĂŁo para sem acento com o tic tac, gente que ronca e/ou come de boca aberta mostrando todos os pedaços de lombinho, unhas sujas, cabelo com caspa, cismo com tudo. Cismo com excessos de simpatia, com falta de sorriso na cara, com gente solĂ­cita demais, com gente que tem estoque de patadas, cismo com a cisma. Cismo com a minha tpm. Hoje cedo, por exemplo, tudo me irritava. Normalmente sou rĂĄpida. Toca o despertador, levanto sem pestanejar ou dar ração pra preguiça sem trema. Tocou, desliguei, levantei. Abraço de bom dia (nĂŁo tem nada mais gostoso), beijo de bom dia (nĂŁo tem nada mais gostoso, deu empate), um pĂ© fora da cama, outro pĂ© dentro do banheiro. Banho, cafĂ©, seca-seca-de-cabelo, roupa e vambora. E se der mole ainda lavo a louça e arrumo a cama. Meu namorado aproveita cada momento da vida, inclusive o despertar. Toca o despertador, ele coloca mais uns minutos, vira pra lĂĄ, pra cĂĄ e pra lĂĄ de novo, espreguiça, vira pra cĂĄ mais um pouco, boceja, espreguiça, me dĂĄ bandiabraçobom (eba!), bandibeijobom (eba, deu empate) e aĂ­ levanta, toma cafĂ© e isso e aquilo e mais um espreguiça-espreguiça e vira pra tudo quanto Ă© lado. Normalmente eu nĂŁo me importo, inclusive acho o mĂĄximo o jeito como ele amarra o tĂȘnis. TambĂ©m acho fofa a maneira como ele fecha o olho esquerdo por causa da claridade ou por causa do sono ou por causa de. Mas hoje tudo me irritava, inclusive essa coisa de gostar de aproveitar cada minuto como se fosse o Ășltimo. Eu tenho pressa. Corro. A paciĂȘncia nĂŁo veio de brinde no meu pacote. E me peguei pensando nessas coisas do amor.
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Interessante duas pessoas que resolvem unir suas vidas e suas diferenças. Olha, tĂĄ aqui a minha vida. Junta a tua com a minha, a minha com a tua, a gente faz um mix, sacode, remexe, bota um adoçante e bebe tudinho. Ui, que delĂ­cia, que gostoso, que genial. Isso Ă© o amor. Amor Ă© junção. É exercĂ­cio de paciĂȘncia. PaciĂȘncia no sentido de entender que o outro Ă© diferente, sente diferente, pensa diferente, reage diferente, Ă© todo diferente e se vocĂȘ ama, tem que amar igual e nĂŁo diferente. Porque o amor Ă© igualdade. É ser igual nas diferenças: vocĂȘ aceita a minha, eu aceito a sua e a gente vai ser feliz. OuiĂ©, beibe. E dĂĄ pra ser feliz, claro que sim. É possĂ­vel sĂł quando vocĂȘ quer. Por que as pessoas desistem tĂŁo facilmente? Eu respondo: nĂŁo sabem aceitar as diferenças. Eu tenho uma tpm horrenda, viro um monstro imenso e melequento, xingo sem pensar, brigo sem querer, procuro alfinetes pra espetar quem me rodeia. TĂĄ bom, vai, nĂŁo sou tĂŁo mĂĄ assim. Brigo com quem Ă© prĂłximo, com quem eu sei que ali irĂĄ permanecer. Sabe aquela paciĂȘncia matinal? Pois ele tem outras paciĂȘncias muito maiores que as minhas. Ele ignora meus comentĂĄrios tpmĂ­sticos, simula uma surdez pra nĂŁo me dar trela e brigar. Por que tĂŽ contando essa mini-histĂłria-de-paciĂȘncia-e-diferenças-e-igualdade? Porque o amor tem disso: aceitar o outro com tudo o que ele traz. Eu trago muita coisa. Tem coisa estragada, sei bem. E tem tanta coisa linda que sĂł quem me conhece sabe. Porque eu sou uma pessoa muito boa, entende? Porque eu mudo do açĂșcar pra pimenta em poucos segundos. E isso Ă© bem, bem ruim. Mas cada um tem um poço com ĂĄgua clara e lama, se Ă© que vocĂȘ entende.
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Em que raio de lugar eu quero chegar? Cismei com a frase que li em um lugar, que na verdade tinha subfrases. Depois fui alĂ©m, vi que existem poesias e letras de mĂșsica e mais um monte de coisa brega do tipo que sĂł fica bonito no texto. Na vida real Ă© tudo xexelento. "Minha vida sĂł faz sentido com vocĂȘ. VocĂȘ Ă© tudo pra mim. VocĂȘ Ă© a minha vida. Te dou a minha vida. Te amo mais do que a mim mesmo". Pega o Liquid Paper, abre bem a mente e se tiver que fazer um furo no cĂ©rebro pra informação entrar, por favor, faça. NĂŁo acredito em amores assim, a nĂŁo ser na telinha da Globo, no melhor estilo Janete Clair. Ou lĂĄ no Pantanal com a Juma. DramalhĂŁo mexicano tipo o que rolava no SBT tambĂ©m tĂĄ valendo. Por gentileza, nĂŁo diga que sou a sua vida, nĂŁo me dĂȘ a sua vida, nĂŁo deixe que as coisas sĂł façam sentido comigo, nĂŁo deixe que eu seja tudo pra vocĂȘ, nĂŁo me ame mais do que a vocĂȘ mesmo.
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Se ame muito pra me amar. Me ame de graça e por tudo que eu sou. Me ame pelas minhas partes tracejadas, picotadas, rasuradas, limpas, claras e legĂ­veis. Me ame quando eu sacudir o avesso de mim. Me ame quando eu me perder numa avenida que tenha o nome escrito em uma placa grande com a fonte maior ainda. Me ame quando a placa grande com o nome da avenida estiver gritando na minha cara e, ainda assim, se eu continuar zonzamente perdida, sem saber pra onde ir ou como me achar, me abrace silenciosamente e diga baixinho no meu ouvido que estĂĄ ali, assim vou saber que vocĂȘ me ama. Me ame quando eu souber o meu lugar. Me ame quando eu disser que tĂĄ tudo bem, que nem foi nada de mais. Me ame entendendo que foi demais, que nada estĂĄ bem, porque eu disfarço. Me ame sabendo que meu orgulho de vez em quando ultrapassa os meus 1.69 de altura. Me ame quando aparecer uma goteira no meu telhado e o meu quarto virar um riacho.
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Me ame muito, me ame sempre, me ame quando eu sorrir, chorar, desistir, quando eu quiser recomeçar. Me ame quando eu disser que vou voltar atrĂĄs. Me ame quando todo mundo for embora e a festa terminar. Me ame quando eu estiver numa multidĂŁo. Me ame com vontade, sabendo que vocĂȘ veio e virĂĄ sempre antes de mim, porque pra poder amar tem que se aceitar. Me ame sim, mas entenda que amor pra mim Ă© aquele que a gente pode amar sendo quem Ă©, com os pĂ©s sujos de andar no chĂŁo, com o cabelo emaranhado de tanto cafunĂ© e com o coração livre. Porque a minha vida Ă© a minha vida. A sua vida Ă© a sua vida. Elas quiseram se juntar e andar com as mĂŁos unidas. Simples assim, sem essa de eu te dou a vida. Eu dou o amor, somente, porque ele vale mais que tudo. E com ele a gente aprende a se amar mais e melhor. Porque o amor nĂŁo tem tĂ­tulo, muito menos definição.

VocĂȘ quer brincar de amor
Eu quero sĂł te amar
VocĂȘ quis por um momento
E eu sempre quis ficar
Mas em nossas diferenças
Nada Ă© mais igual
Do que nĂłs dois
Da certeza desse amor
Eu nunca duvidei
Porque tudo era bonito
Eu eu me acostumei
Às palavras de amor que eu nunca
Acreditei mas aceitei...

Ah! VocĂȘ tem coisas tĂŁo difĂ­ceis de entender
Um jeito ausente tĂŁo presente no olhar
Como quem ama e sente medo de gostar
Ah! Eu nĂŁo entendo esta paixĂŁo
Que eu vivo com vocĂȘ
Que esquece o tempo e deixa a cama por fazer
E esse ciĂșme que eu nĂŁo queria ter
Ah! VocĂȘ tem coisas tĂŁo...

Tudo o que vocĂȘ precisa Ă© de amor.

Porque, no momento em que partirmos em busca do amor, ele também parte ao nosso encontro

I

Que este amor nĂŁo me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De sĂł por ele me saber estar sendo.
Que o olhar nĂŁo se perca nas tulipas
Pois formas tĂŁo perfeitas de beleza
VĂȘm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.
Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como sĂł soem ser aranhas e formigas.
Que este amor sĂł me veja de partida.

II

E sĂł me veja
No nĂŁo merecimento das conquistas.
De pé. Nas plataformas, nas escadas

VII

Sabenças? Esqueci-as. Livros? Perdi-os.
Perdi-me tanto em ti
Que quando estou contigo nĂŁo sou vista
E quando estĂĄs comigo vĂȘem aquela.

VIII

Aquela que nĂŁo te pertence por mais queira
Saber-se pertencente Ă© ter mais nada.
É ter tudo tambĂ©m.
É como ter o rio, aquele que deságua
Nas infinitas åguas de um sem-fim de ninguéns.
Aquela que nĂŁo te pertence nĂŁo tem corpo.
Porque corpo é um conceito suposto de matéria
E finito. E aquela é luz. E etérea.
Pertencente Ă© nĂŁo ter rosto. É ser amante
De um Outro que nem nome tem. NĂŁo Ă© Deus nem SatĂŁ.
NĂŁo tem ilharga ou osso. Fende sem ofender.
É vida e ferida ao mesmo tempo, “ESSE”
Que bem me sabe inteira pertencida.

IX

Ilharga, osso, algumas vezes Ă© tudo o que se tem.
Pensas de carne a ilha, e majestoso o osso.
As mĂłs do tempo vĂŁo triturando
Tua esmaltada garganta... Mas assim mesmo
Canta! Ainda que se desfaçam ilhargas, trilhas...
Canta o começo e o fim. Como se fosse verdade
A esperança.

Eu senti na pele o que me falavam sobre o amor deixar as pessoas mais idiotas, atrapalhadas e bobas.

Numa dessas vocĂȘ esbarrou com o amor da sua vida sem querer, na fila da padaria, atravessando a rua ou atĂ© mesmo no intervalo da escola.

E quem foi que falou que sĂł se demonstra amor com beijos, presentes ou serenatas?

VocĂȘ me fez acreditar no amor e desacreditar dele tambĂ©m.

Amor Ă© o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciĂȘncia herdada, ouvida.
Amor começa tarde.

O que conheço do amor é sua pressa.
De chegar e de partir.

✹ Às vezes, tudo que precisamos Ă© de uma frase certa, no momento certo.

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