Indignado
O intolerante fica indignado quando outros são intolerantes com ele. Enquanto vc não souber lidar com a vida, a vida vai te colocar diante de vc mesmo.
Alex Rich
Ele hoje está assim,
indignado..
hoje quer assumir futilidades,
está ignorando suas críticas às coisas fúteis da vida,
falando de si na terceira pessoa,
como se olhasse no espelho,
como se conseguisse interpretar,
a si mesmo,
sem a ajuda de um psicólogo.
Nabokov
Estava indignado. Não sei com quem tinha falado, mal cumprimentou, foi logo despejando:
– O que falta no mundo é cultura.
– Sem dúvida! – tivesse pensado um pouco e não teria concordado de maneira tão enfática.
– Você menciona Nabokov e o sujeito não sabe quem é!
– É... Bem...
– Nabokov!
Não estava com disposição para constrangimentos. Pelo menos não o seu próprio. Transferiu a responsabilidade:
– Eu não sei quem é Nabokov.
Pausa.
– Você já ouviu falar dele. Só não está se lembrando.
Resolveu arriscar:
– O astronauta?
– Cosmonauta.
– Foi o que eu disse – vitória – O que fazer? As pessoas esquecem rápido os verdadeiros heróis.
– Os astronautas são americanos – explicou – os russos são cosmonautas.
Constrangimento.
– Sim, mas um deles se chamava Nabokov.
– Houve um cosmonauta chamado Nabokov?
– Isso mesmo.
– Não, sinto muito. Não houve. Se houvesse, eu saberia.
– Então não sei de que Nabokov você está falando.
– Mas isso não faz de você um ignorante. Eu só citei um exemplo – tentou consertar. Ou não, já que acrescentou: – Pois certamente você já ouviu falar de Joyce.
– O outro, que pensara ter sobrevivido:
– Também nunca ouvi falar dela.
– Não é ela, é ele.
– O nome do homem é Joyce?
– James Joyce.
– São drag queens?
Blasfêmia – pensou.
– Não são drag queens, meu amigo. Por favor!
– Já sei! O goleiro da União Soviética na copa de 82.
– James Joyce?!
– Não. Nabokov.
– Não, não. Aquele era o Dasaev.
– Estou falando do reserva. Grande goleiro.
– Você se lembra do nome do goleiro reserva da União Soviética na copa de 82?!
– Claro! O terceiro goleiro – abusou – tão bom quanto o titular.
– Sinto muito! Não era Nabokov. Se fosse eu me lembraria. Não existe nenhum outro Nabokov. Não que você conheça. Sabe o que quero dizer; não se ofenda.
Sabia coisa nenhuma e estava ofendido sim:
– Quem são esses caras, então?!
– Escritores! Importantíssimos! Vladimir Nabokov e James Joyce escreveram alguns dos romances mais importantes do século XX.
O outro suspirou resignado:
– Bem, eu não tenho lido muito ultimamente. Principalmente histórias de amor.
A conversa chegara ao ponto que interessava a ambos. Ideal para pôr um fim.
– Quem tem tempo de ler hoje em dia, não é? Só trabalho, excesso de informações...
– Nem me fale.
– E os livros custando uma fortuna!
– Inviável.
É isso aí, meu amigo, foi um prazer revê–lo, o prazer foi meu, abraço, recomendações, e se afastaram sem mais delongas. O primeiro, aliviado, e disposto a selecionar melhor suas amizades. O segundo igualmente, e ainda por cima, indignado. Encontrou outro amigo, mal cumprimentou, já foi logo despejando:
– O que não falta no mundo é ignorância!
– Sem dúvida.
– Você diz que não conhece Nabokov e o cara acha um absurdo!
– Quem?!
Nabokov...
Estando você indignado...
Com aquele político safado...
Não adianta muito berrar...
É melhor aprender a votar...
Pois, dessa maneira, retiramos o ladrão...
Acabando, de vez, com a corrupção!!!
“Imagino o quanto os ossos de Jesus gemeram recebendo tantos pecados, indignado fico com o prazer dos homens em praticá-los.”
Giovane Silva Santos
Por muito tempo eu sofri indignado com a vida que tinha por achar que merecia muito mais. Até que então caiu a ficha de que não tenho nada de especial e que sou apenas mais uma pessoa comum.
SONETO INDIGNADO
Estes do profundo da indignação
Escritos com o verso suado
Saem dos gemidos do coração
Em tosco lamento articulado
A quem, senão a ti, oh emoção
Objeto do sentido privado
Pode escorrer pela devoção
Dum amor para ti devotado
E se notares são tão rebuscado
Aqui perfilado num certo cuidado
Do afeto que foi centro dos pesares
Saiba que neste indgnado soneto
A ânsia, a lágrima aqui no cerrado
Jamais será reza em teus altares
Luciano Spagnol
Julho de 2016
Cerrado goiano
Eu sou violento ao escrever, quando estou indignado, mas a minha caneta só emite tinta preta, não sangra.
Quem deve sangrar são os estúpidos fazendo força para entender o que digo..
Quando estamos indignados sozinhos, somos apenas um qualquer, mas quando somos muitos e temos ações, mudamos o mundo!
Tudo o que eu queria era dormir e acordar em outro mundo, em um mundo diferente, que não tenha tudo que tem nesse mundo ridículo, onde vivemos, onde filho mata os pais, os pais matam o filho. Queria viver num mundo onde não existisse ladrões, que a gente pudesse sair sem nossos pais se preocupar. Só queria viver num mundo Feliz. 😪💔
Os homens sentem-se felizes quando inspiram amor ou amizade; ficam indignados quando inspiram compaixão.
FACE A FARSA
Feixe — de vara — sujo e condenado
Em contorno de um machado afiado
Subversor medido a golpe dado
Marcha com o corpo decapitado;
Procuras patente que não se aponta
— Ainda devotarias apreço militante
Se conotar símbolo semelhante
Prenda-o que será temida afronta;
Acéfalo de natureza — anomalia
Se procuras amainar esqueça
Aceite-se que és um ser sem cabeça;
Paradoxo de incerteza — antinomia
Se outrora via-se versus a ver
Conjugas agora o verbo vencer.
Dizem que o importante é competir, se isso fosse verdade, não precisaria recompensar para os primeiro lugares.
Há três tipos de pessoas: o honesto, o trouxa e o malandro. O malandro precisa do trouxa para sobreviver, e o honesto fica indignado em viver neste país.
Nós somos responsáveis pelos nossos problemas na vida. Nós os criamos em nossa mente, e focamos nossa atenção somente nele, e depois, gerenciamos seu "peso" em nossa vida e ainda ficamos indignados com a infelicidade que ele nos trás, sendo que nós mesmos fomos a fonte deles.
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