Indignação
Uma personalidade divina que depende da indignação de seus seguidores mortais para proteger sua reputação está mais do que morta: está decomposta.
Para a mídia brasileira, revolta radical no exterior significa indignação, manifestação, protesto, mas aqui no Brasil é vandalismo.
Indignação
Diz o Senhor: Porque a minha intenção ,
é esta, ajuntar todas as nações, congregar,
os reinos, numa grande e forte reunião,
para sobre eles, a minha indignação eu derramar.
E derramarei a minha acumulada e grande ira,
naquele dia, no Armagedom, sobre os reis da terra,
que se ajuntaram, para me fazerem uma grande guerra.
O reino dos homens arrogantes, a minha pessoa lhe o tira.
Os povos que eu eleger me servirão de comum acordo,
e eu serei rei de toda a terra, onde os povos serão puros.
Da Etiópia serão meu povo, e de Tarsis e do mundo todo.
E então na terra haverá a verdadeira aguardada paz,
porque os corações do homens jamais serão duros.
Minha presença de todo, para sempre os satisfaz!
... a adversidade,
alvo contumaz de nossa indignação e queixumes,
é mestra insuspeita
de todo refinamento e
autonomia que tanto
sonhamos!
Estou caindo em desespero!
Meus olhos não param de verter minha indignação,
E meus punhos fechados em fúria!
Gritam comigo até a exaustão.
Porque me traiu?
Que mal lhe fiz além de lhe dedicar meu terno amor?
Oh doce e desgraçada mulher,
Levou-me embora os últimos resquícios de humanidade.
Hoje sou metade, quebrado em mil partes,
E bebo para esquecer,
Da dor que ainda lateja.
Sem badernas e desacatos às autoridades, a revolta e a indignação do povo pela forma do seu governo, se vê atendido pelos poderes executivo, judiciário e legislativo.
Quando a indignação surgir, eleve o coração em oração, buscando a direção de Deus antes de qualquer reação.
A voz da indignação corre na garganta do povo, quando os seus representantes vomitam corrupção, injustiça e deslealdade.
Não alimente a sua carne com ira, indignação, maldade, maledicência, mentira, quando a alma é alimentada por elas, a boca costuma vomitar as coisas putrefatas em cima do próximo.
Indignação pode ser expressa por palavras sinceras, sábias e oportunas; menos por ações de vandalismo e repulsão agressiva.
Por falta de humildade para com o próximo muitas almas criam campos da indignação e do desprezo pelos mais educados da sociedade, onde sua presença recusa ou escapa dos mais necessitados entre os homens, os pobres de espírito.
Muitas vezes é necessário indignação para aquilo que não podemos mudar, mas sobretudo é preciso resiliência para o que não podemos compreender
Tenho repúdio e indignação. Não aceito ver a santa casa de Jaboticabal, patrimônio de todos os jaboticabalenses do jeito que está. Dizem que para conhecer o povo de uma cidade tem que olhar par os monumentos. Monte Alto tem Santa Casa e um plano da mesma Santa Casa, Pitangueiras idem e muitas outras cidades também. Tiraram o pronto-socorro do hospital, que estava do lado do centro cirúrgico e colocaram do lado do Sol-posto. Quando chegar um acidentado no pronto-socorro atrás do sol-posto, vão chamar um Uber? Vão levá-lo de naca, de baixo de sol, de chuva, atravessar o deserto para chegar no centro cirúrgico? Ou quem sabe chamar o resgate? Meu irmão ficou dois dias, entubado na UPA, e foi muito bem atendido e por profissionais competentes, até ser transferido para o Hospital da Beneficência Portuguesa em Ribeirão Preto, porque o seu convênio era de lá. No hospital e Maternidade Santa Isabel não tinha vagas, só se fosse particular. Isso é uma vergonha! Talvez você, eu e outros que sentem indignados deveríamos entrar para política e construirmos monumentos para que quando chegarem os estrangeiros e olharem para os nossos monumentos irão dizer o povo dessa cidade são extraordinários.
A indignação e a coragem devem andar juntas para construir e fazer prosperar a vida daqueles sem esperança de dias melhores.
Indigna-me o conformismo social que vejo nas pessoas...
Gloriosos foram os anos que as músicas diziam mais que vulgaridades e os programas de TV abordavam mais que fofocas.
Este aqui é um desabafo. Mais um entre tantos outros. Um desabafo de uma jovem que luta contra a depressão, que luta pra não perder as esperanças nesse mundo ensandecido.
Faço parte de uma geração cada vez mais doente e perdida (ou que está encontrando o verdadeiro caminho, e, por isso mesmo, sofre), frustrada com o padrão de ensino desumanizador das universidades e a massiva produção científica ilógica, massacrada pelas exigências de enquadramento nos moldes capitalistas de um planeta enfermo. Encontro nas palavras e nas páginas em branco minha válvula de escape. Então, vamos lá.
Infelizmente estou inserida em um sistema que não me contempla e que não deveria contemplar ninguém, pelo simples fato de ser destruidor. Uma organização burocrática, hierárquica, opressora, exploradora, indiferente. Nessa lógica, seres vivos sem cifrão não são seres vivos, são lixo, pobres almas que só dão despesa.
É muito difícil colocar em palavras o tamanho da minha dor. A tragédia anunciada em Minas Gerais acabou de triturar meu coração. 62 bilhões de litros de lama contaminada, eu disse 62 BILHÕES, esmagando o rio, a vegetação, casas, animais, destruindo a principal bacia hidrográfica do Sudeste. E agora o estrago está chegando na mais antiga reserva natural dos mares brasileiros, o Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul do litoral da Bahia. Tudo pela ganância de uma mineradora que ganhou o prêmio de pior empresa do mundo em 2012 pelo Public Eye People´s”, premiação realizada pelo Greenpeace da Suíça e pela ONG Declaração de Berna, que escolhe as empresas com pior atuação em relação aos direitos humanos e ao meio ambiente. Em 2013 a barragem já havia sido condenada em um laudo solicitado pelo ministério público, e nada, NADA foi feito a respeito. A terceira barragem que não se rompeu está com um trinco de 3 metros. Dizem que providências já foram tomadas (agora).
A multa dirigida à Samarco (VALE) pelo Ibama foi de 250 milhões (e pode cair praticamente pela metade caso paguem até a data proposta), isso é preço de bala pra eles. Essa assassina deveria ser FECHADA, o mínimo esperado.
Depois de tudo isso veio o terrorismo em Paris e com ele a polêmica nas redes sociais sobre as tragédias. Vidas são vidas, em qualquer lugar do planeta. Porém, tenho que concordar que o direcionamento da mídia foi discrepante, e foi triste ver brasileiros trocando a foto de perfil pela bandeira francesa. Vamos abrir um pouco a mente e enxergar além do que os grandes meios de comunicação nos propõe. A Europa tem um histórico vasto de destruição do Oriente Médio junto aos EUA. Milhares de pessoas inocentes, crianças de colo, morrem todos os dias nas zonas de conflito. Alguém vai troar a foto de perfil pela bandeira da Síria após as bombas lançadas pela França? Claro que não. Não estou falando que isso justifica. Guerra nenhuma se justifica, massacre nenhum se justifica. Só quero dizer que devemos, sim, nos indignar pelas vidas perdidas (independente do número e da nacionalidade), pela origem das tragédias, mas não sejam solidários ao Estado que, historicamente, principiou esse ciclo violento.
Enfim, meu peito está apertado há muito tempo. E ficou ainda mais depois de todos esses acontecimentos. Pelo menos a minha doença significa que não compactuo com tudo isso, que me revolto, que tenho empatia, que reconheço a dor da minha Mãe Terra, que não sou mais uma pessoa preocupadíssima em trocar o modelo do Iphone porque já está fora de moda, obsoleto.
Eu sangro junto com as florestas e tribos dizimadas, com os rios mortos e pálidos, com as vidas perdidas nas mineradoras, com a lama tóxica que invade os pulmões, brânquias e raízes, eu sangro pelos bombardeios, tiroteios, pelas crianças dizimadas em massa, pela miséria africana e suas guerras civis, sangro pelas mulheres violentadas, estupradas, sangro por toda a exploração repugnante da América Latina. Sangro pelo asco de pertencer a uma espécie que é a peste negra do planeta.
Por enquanto eu estou aqui, buscando o mínimo de esperança pra seguir em frente, procurando ressuscitar meu espírito subversivo. Sei que ele está lá, num sono profundo e conformista, exausto, mas resiste. Resiste por amor. E canta, com as forças que sobraram:
“Tudo bem...até pode ser
que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem...seja o que for...
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas...”
(Dom Quixote, Engenheiros do Hawaii)
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