Impaciência
Arquitetura de Eternidade
Não nasceu de um sopro impaciente,
nem de um desejo que o tempo desfaz.
Foi amor plantado docemente,
em terra onde o silêncio é paz.
Não foi relâmpago em noite escura,
mas brasa quieta que acende o chão.
Não prometeu juras de altura,
mas construiu com devoção.
Cada palavra, medida exata,
cada silêncio, um lugar sagrado.
Na planta da alma, linha reta,
traço firme de um cuidado.
Não foi paixão que devora e cansa,
mas presença que repousa e acalma.
É afeto que veste a esperança
e faz do outro um lar na alma.
Forjado em pedras de confiança,
cavado fundo onde o medo cessa,
é amor que em si mesmo se lança
sem precisar vestir promessa.
Ergue-se alto, com alicerce,
na leveza de um gesto nu.
Onde um tropeça, o outro oferece
a mão, o colo e a fé em cruz.
Não teme o inverno, nem se abala
com vendavais ou dias sem cor.
Pois quem se ama com alma embala
até o silêncio com calor.
Na rotina, acha poesia.
Na demora, cultiva o bem.
Ama até a melancolia
que todo coração também tem.
É templo e é estrada, é porto e é vela,
é vinho vertido, é pão repartido.
É sol quando o céu se revela,
é chão onde o passo é ouvido.
No rosto do outro, espelho e abrigo,
no peito, pulsa a mesma canção.
É estar inteiro, mesmo em conflito,
e escolher amar... em comunhão.
Porque amar não é ter só festa e flor,
é regar a raiz nos temporais.
É saber que um grande amor
não vive de instantes… mas de cais.
Cais onde se espera sem cobrança,
onde se chega e se é bem-vindo.
Onde o tempo vira esperança
e cada gesto é sempre lindo.
Assim se constrói — pedra por pedra —
um amor que nunca se desfaz.
Não é castelo de areia que quebra,
é arquitetura de eterna paz.
CORAÇÃO FERIDO (soneto)
A poesia geme e a saudade murmura
No verso. Tão impaciente que parece
Um cântico, árdua toada, uma prece
Atulhando o versejar com desventura
Largando a imprecisão como messe
Aonde nas rimas a cólera configura
Então, a inspiração ruge, ó amargura!
É um aperto que da tentação floresce
Soa tom túrbido, convulsivamente
Trêmulos versos saem ferozmente
Por entre as mãos, sombria aurora
Roga o sentido nestes versos feridos
Com lastimas, sentimentos partidos
De um coração que pulsa e chora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 junho, 2025, 18’23” – Araguari, MG
“Quando jovem, minha maior vontade era fazer 18 anos. Com a arrogância e impaciência típicas da adolescência, eu acreditava que poderia fazer tudo de forma diferente, que aos 30 anos estaria ‘muito bem’. Esse pensamento, no entanto, virou um sonho que foi se adiando para os 40, depois para os 50... E ao olhar para trás, percebo que não consegui tudo o que queria, mas Deus me deu muito mais do que eu merecia. Hoje, sou grato pelo perdão que recebi, por cada lição aprendida e pelo meu crescimento. Agradeço pelo perdão pela arrogância, soberba, prepotência, orgulho e ignorância. Obrigado, Senhor!”
Minha sina... meu destino
Sôfrega de esperança.
Impaciente, inquieta...
enfrento o mundo.
Anoitece. Enoita...
Ajoelho-me
Faço minha prece.
Às vezes tenho a impressão de que, de quando em quando, Deus de mim se esquece.
Olvida-se de que cá estou...
Sem chão... sem Norte... sem direção.
E que de se esquecer se acostumou.
O frio gela meus ossos.
O sangue flui vagarosamente... tentando romper barreiras...
Furando obstáculos... por entre minhas veias se esgueira.
O desespero e a desesperança parecem tomar conta de tudo em mim.
Sono picado...
Acordo tão cansada.
Desesperação: tenho de continuar.
Abro vagarosamente a cortina.
Vejo o sol pela janela sorrateiramente se esgueirar.
Ávida de esperança, me armo.
Sôfrega de expectativa
Continuar a continuar... eis minha sina.
Caminhar e caminhar... sei que a vida ensina.
Quando jovem reconheço que eu era impaciente, impetuososa , soberba e arrogante.
Acho que no auge do vigor físico nos sentimos invencíveis, indestrutíveis e eternos. Pelo menos é o que diz a foto da nossa imagem no espelho. Mas lá dentro de nós, tomados por uma insegurança íntima, passamos a acreditar em nossos super poderes, e trilhamos por caminhos nem sempre seguros, em busca do "sucesso" que ronda nosso imaginário.
Interessante pensar que quando jovens, tendo uma vida inteira pela frente, não nos damos conta de valorizar cada momento. Talvez por sermos conscientes de ainda termos muitos momentos pela frente. Mas quando envelhecemos, tendemos a ficar agradecidos por cada momento vivido. E a maturidade costuma ser reveladora! Começamos a fazer um balanço de nossa vida fuçando o baú das lembranças, e revirando nossa memória em busca de respostas à simples pergunta: Valeu?
Acredito que a resposta sempre será SIM!!!
Durante nossa vida passamos por muitas experiências, boas e más.
Embora o ideal seja sair de cada experiência mais sábio e mais forte, isso nem sempre é fácil.
Para crescer como pessoa as vezes é preciso deixar pedaços do coração pelo caminho, como sementes.
Com a colheita, de tudo aquilo que podemos viver e sentir, vem a gratidão.
Assim, apesar da certeza da chegada ao fim da nossa existência, temos de agradecer por tudo que tivemos a oportunidade de viver pelo caminho. Isso, acredito, é viver eternamente!
Não tenho tato pra falar.
Sou impaciente pra ouvir.
Incrédula em confiar.
A ansiedade e a impulsividade,
Ainda vai me matar.
Necessito mudar!
Tolerância 0 pra joguinhos.
Sem tato pra falar.
Sou impaciente pra ouvir.
Incrédula em confiar.
A ansiedade e a impulsividade,
Ainda vai me prejudicar.
Necessito me controlar!
Ame amar e odeie odiar.
Seja impaciente com a impaciência e cobre-se não cobrar.
Mostre-se indiferente com a indiferença e intolerante com a intolerância.
Orgulhe-se de não ser orgulhoso e nem arrogante por ser humilde.
Brinque de brincar e faça as pazes com sua paz interior.
Não sinta falta de sentir falta, afinal, as lembranças que te habitam são presenças e não ausências.
Desligue-se sempre que puder. Lembre-se que o mesmo fio que te mantém ligado à tomada também te impede de ir mais longe.
Limite as coisas que te limitam a um limite tão mínimo que elas não te limitem mais.
Seja forte com suas fraquezas e sensível com as dos outros.
Lembre-se que antes de rompermos com o último limite que nos levará à perfeição, devemos romper com o primeiro, que separa quem somos de quem pensamos ser.
Estou consciente do quanto minha impaciência com a ignorância alheia possa ser vista por muitos como soberba. Mas também sei que ela não é direcionada àqueles que não tiveram acesso à instrução, mas aos que se esquivam do tipo de análise que não imporia barreiras nem a uma ameba desidratada.
Seja menos complicada, impaciente, reclamona, aprenda a ser simples, paciente, e ter fé em si mesmo, por que só assim você irá perceber que perder tempo sendo assim é pura tolice.
A vida é tristeza, malvadeza e impaciência.
Mas também é alegria, esperança e harmonia.
A vida é para ser vivida
Não te entender é te compreender... Hora é amável e doce. Outrora é indeciso e impaciente... Deixa me confusa. Tem medo de amar ou simplesmente acredita que amou demais tem medo de feri trazendo dor a um pobre coração... Porque, tem medo se tem tudo alguém que te ama e lhe quer bem. O que pode você fazer a não ser acreditar neste amor. De uma chance a você porque tempo passa não deixe que passado te domina de vida a seu futuro.
Shirlei Miriam de Souza.
A impaciência de uma vida arrogante
A arrogância de uma vida sofrida
O obstáculo sempre parece ser maior diante do peso que carregamos...
"Por que falo assim
Com tanta impaciência
Com tanto rancor
A rispidez das palavras como as profiro a você
É por falta de amor
Amor que nunca senti
Mentira que escondi
Por puro temor
Temor de me expor
E de por a prova o meu valor."
Ansiedade é um grande mal estar físico e psíquico, uma grande demonstração de impaciência. Percebo que me culpo pois gero expectativas além da conta em relação que pode ou não acontecer. Isso faz eu sofrer por antecipação. E está presente no meu cotidiano. Não é bom. Acabo me tornando uma pessoa sem tranquilidade e ando sempre em cima do muro, com receio de tudo, considero-me indefesa perante o mundo, vivo apreensiva. A tempestade e explosão de sentimentos, mistura tudo dentro do caldeirão da minha mente, uma verdadeira tormenta.
Procuro vícios que me dão prazer para me satisfazer, e acabo me escondendo atrás deles, acabei de roer todas as unhas, perdi a conta de quantos cigarros voltei a fumar, infelizmente. Tenho dificuldade de aceitar a sequência correta das coisas, fico no meu imaginário exercitando o tempo todo a dúvida: Como será? Onde vai ser? Vão me aceitar? Vou conseguir fazer? E assim por diante. Deixou de ser algo temporário para viver constantemente na minha vida. E ao viver o tempo todo tentando anteceder tudo, provoca um desgaste intenso, percebo que as linhas do meu rosto ficam mais profundas, e envelheço muito mais do que o normal, vivo além da conta, é terrível.
E o tanto que espero de mim acabo cobrando o mesmo dos outros, falo muito e o tempo todo, não consigo passar um áudio curto e direto, vivo em meio de rodeios para justificar o amanhã que quero viver hoje. Eu não durmo e quando isso acontece tenho pesadelos que me fazem acordar sobressaltada e tenho câimbras talvez por manter meus músculos rígidos, doem os ouvidos e tenho um forte bruxismo. Desespero ao olhar no espelho e ver sempre aquelas olheiras negras, profundas e marcadas, um verdadeiro caos. Sempre penso de forma negativa e acredito que só coisas ruins irão acontecer. E vivo falando para mim mesmo, mas não entendo, um dia de cada vez.
"Há se tu soubesses como são amargos os frutos da impaciência que plantamos diariamente...A impaciência eh um fruto que só se pode provar depois da perda! E posso garantir que o sabor eh mais amargo que o fel!Se pudesse dar um conselho, diria plante paciência...plante fé por que quem planta fé colhe milagres...
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