Homens Desconfiados

Não seria melhor para os homens obterem tudo o que querem.

À medida que vamos tendo mais espírito, achamos que há mais homens originais. As pessoas vulgares não fazem distinções entre os homens.

Não desculpo de modo algum aos homens de ação que não vençam, uma vez que o êxito é a única medida do seu mérito.

Os impossíveis dos homens são possíveis para Deus.

Os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens, e mais pequenos os homens pequenos.

No amor, as mulheres são profissionais; os homens, amadores.

Nas grandes coisas, os homens mostram-se como lhes convém; nas pequenas, mostram-se como são.

Para que todos os homens possam ser ensinados a dizer a verdade, é necessário que todos aprendam igualmente a ouvi-la.

A modéstia fica bem nos grandes homens. O que é difícil é não ser nada e, ainda assim, ser modesto.

Os homens investidos no poder crêem na duração do presente.

Os homens que só pelo seu esforço não são capazes de ganhar a estima dos outros nem a de si próprios, procuram elevar-se opondo aos defeitos dos vizinhos os defeitos que por acaso não têm.

Não se deve julgar os homens pelas suas opiniões, mas por aquilo que essas opiniões fazem deles.

Os homens vivem juntos, porém cada um morre sozinho e a morte é a suprema solidão.

A vida espiritual dos homens, os seus impulsos profundos, o seu estímulo à ação são as coisas mais difíceis de prever, mas é justamente delas que depende a morte ou a salvação da humanidade.

Por cada cem homens capazes de suportar a adversidade, há apenas um capaz de suportar a prosperidade.

Todas as tendências egoístas que há nos homens, o culto de si próprios e o desprezo pelos outros, têm origem na organização atual das relações entre os homens e as mulheres.

Na mocidade buscamos as companhias, na velhice evitamo-las: nesta idade conhecemos melhor os homens e as coisas.

Os homens têm grandes pretensões e projectos pequenos.

É verdade: eu sou uma mulher dura cercada de homens meigos.

Duas verdades em que os homens em geral nunca acreditarão: a primeira, a de não saber nada, a segunda, a de não ser nada. Acrescente a terceira, que depende muito da segunda: a de não ter nada a esperar depois da morte.