Hoje a Felicidade Bate em minha Porta
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Caminhando pela minha casa vazia
Onde a alegria um dia me encontrou
Lembro-me do perfume de mil rosas
E do sorriso que um dia me encantou
Olho os cantos tão vazios e singelos
A saudade dela veio de novo me encontrar
Com meu samba eloquente esperto e pra frente
Espero e amor e o carinho reconquistar
Eu canto sobre a morena
A faceira que me conquistou
Eu canto sobre o amor
E a saudade que ela me deixou
Eu canto sobre a vida
A querida que esta em minha mente
Eu canto sobre o futuro
Sobre o passado e sobre o presente
A contracifra
Na contracifra de um ser
Que escrita tem cada um?
Na minha alma queria ver
Os olhos de um mutum!
Pusera contice no vento
Deleitou seu pensamento
O auça andando pra traz
Feito gente que mal faz!
Bem - querente tem a flor
Tem o raio do sol radiante
E a sinceridade do amor!
Qualquer intento do mal
Repudiais fervorosamente
Dissipais o demônio com sal!
O que realmente desejaria
É que eu queria inflamar minha fé, colocar a esperança de pé, alimentar as expectativas, fazer vigorar a juventude viva, ser cheio do espírito do senhor, a honra constatada, sobre cada camada, cada flecha lançada, de vida, brilho no olhar, prazer de lutar, uma figura radiante, integra e constante, porém eu sou cheio de contradição, ao que sonho viaja na contramão, razões, motivos, talvez, o berço machucou, o horizonte escureceu, a cegueira prevaleceu, burlou a boa conduta, poesia culta, nada, o diabo filho da cuca, deixa a mente maluca, um dia ou nunca, é poesia nua que escrevo, nesse corpo febril, viaja a arte, cada parte, transpiração que arde, o tempero do pensamento é vasto, cheio de argumentos, diga algo você a minha poesia, tudo bem, filho quem sabe um dia, serás e viverás o que realmente desejaria.
Giovane Silva Santos
Estampa
Minha relação com o tempo
Desafios em mim estampo
Fazendo minha doce pintura
Ou pelejando na dura escultura!
O resultado não tem importância
Se meu treino no tempo desfio,
Podes ser tu critico, em mim confio,
Pois tenho polido alguma elegância!
Nesta arte igual escrita faço o gosto
Aquele sentir d'alguma sensibilidade
Onde moldo e pinto talvez meu rosto!
Assim é possível fiar tranquilidade,
Desfazer qualquer tipo de desgosto,
Quiçá, a estampa da mera liberdade!
Ah não se engane com essa minha cara de contente!
Esperneio muito diante das dificuldades,
mas não me dou por vencida, luto bravamente!
As noites são duras, mas em seguida vem o dia,
Meto um sorriso na cara, começo tudo novamente.
É... essa sou eu ! o retrato da alegria,
sou uma sobrevivente! Cika Parolin
COMPANHIA IDÔNEA
Procuro em ti, mesmo não sendo o óbvio,
o sentido para a minha vida;
Recorro as tuas virtudes,
e me nego enxergar os teus defeitos evidentes;
Quando encontro - os finjo não vê-los, os justifico;
Pois, entreto-me em ver a tua beleza em que me encanto.
Nas noites que a tenho ao lado no leito,
recuso-me adormecer e optante nem dormito;
No travesseiro silencioso,
na visão do teu corpo inerte sob os lençóis,
nos teus devaneios dos sonhos,
teu mundo decifrar, busco.
Quando falas, perco-me no mover dos teus lábios
e mergulho no mar de tuas palavras;
Vivo dos relatos de tuas histórias;
Das tuas experiências amargas vividas, sinto as dores,
E as trago em mim como cicatrizes na alma,
por querer entender teu modo de vida.
No teu olhar distante, distraído,
exponho - me no raio de tua visão:
Pois quero capitar teus sonhos
e desvendar teus anseios,
a fim, de surpreende-te nos desejos do teu coração.
O que busco em troca?
O que barganho?
Confesso não saber dizer...
O que certamente sei,
é onde encontro o meu contentamento:
Que é no teu sorriso, na tua alegria;
Na tua espontaneidade no jeito
que me quer por perto
e na tua prazerosa companhia.
“Me sinto vazia
Sozinha no meio da multidão
Sem saber para onde correr
Minha alma vaga pelo mundo
Sozinha ,vazia,sem rumo
E tão cansada de viver!
Me sinto sufocada
Como se estivesse presa em uma caixa
Grito mas ninguém me escuta
Grito mais alto e continuam sem me escutar
Me sinto invisível no meio da multidão
Sempre tento dar o meu melhor
Mas nunca consigo
Me sinto fraca
Não consigo sentir meus pés no chão
Me sinto flutuando
Como se a qualquer momento fosse cair
Tento ser forte mas é difícil aguentar
Não me sinto
Meu corpo vai virando fumaça
E lentamente vai desaparecendo no ar
Todos estão olhando para mim
Mas ninguém consegue me ver
Me tornei o que sempre fui uma pessoa invisível
Que não sabe para onde correr .”
Fiz algumas poesias falando de uma mulher,
Por ela ser muito linda e minha inspiração,
Escrevi-lhe inúmeras vezes,
Já disse qual a razão.
Então ela me disse:
"Por que não escrever do que tu ver no dia a dia,
De tudo ao teu redor?"
Faça isso talvez será melhor.
Pensei no que me disse e isso resolvi fazer
Agora estou lhe escrevendo só para lhe agradecer,
Por tudo que me falaste, algo novo pude aprender.
Não sei se é poesia
Ou se é poema somente,
Só sei que eu lhe escrevo
Muito alegre e sorridente.
A BOCA E AS MÃOS
De repente minha boca anseia
Conversar com tua pele
Surfar pelo labirinto de poros
Entreabertos pelo desejo inerente
Desse preconizado diálogo
E tudo é tão raro belo e recíproco
Que todo o universo se cala
Enquanto nossos sonhos se buscam
E os úmidos lábios passeiam e se falam
Partícipes desse colosso mistério
Tão puro que é bom esse advinho
Sem limites de gemidos e sons
Insignes sedentos e prontos
Feitos do morango maduro entre os dentes
E uma taça cúmplice nas mãos lambidas
Lambuzadas do amor pelo vinho
Notou as lágrimas alheias
Mas as minhas são invisíveis
O som da minha voz é inescutável
O meu semblante é indecifrável
Aos seus olhos sou uma estatua
A qual não se move e nem se fala
Se eu lhe dissesse eu te amo
Você ouviria a continuação da minha fala?
As minhas palavras teriam valor?
Todos os meus poemas, versos e pensamentos
Você poderia vê-los e revê-los?
"Não, não e não". Já posso escutar
Bem sei que...
não compreenderia o que sinto
Fico muito agradecido por estar sempre ao meu lado na hospitalidade da moradia de minha vida, eu me aceito pelo quem eu sou e não pelo que queria que eu fosse. Eu não seria capaz de escrever uma história de amor sem você na minha vida, e certamente escreveria sobre as dores já vividas, cada um de nós é a soma total dos momentos que já tivemos, com todas as pessoas que já conhecemos e são estes momentos que se tornam nossa história como se fosse uma coleção de nossas músicas preferidas que ouvimos na nossa mente repetidamente, sem parar. minha teoria é que momentos de felicidade acaba fazendo você sorrir para o vento , após vivenciar um expendido momento no passado. Quais são os benefícios do presente, quando os flashes das lembranças daquele dia não será apenas passado amargurado, por não ter mais ela do seu lado. As águas dos riachos que faz você reviver as sombras do passado, que recolher os cacos dos pedaços do estilhaços do passado, para definir o que é o coração estraçalhado. Porque foi recordar de algo do que se tornou uma cicatriz, e lembranças dos riachos causa o impacto, de não poder reescrever tudo aquilo que vivenciou em páginas escritas que virou um rascunho. A minha teoria diz; " Não se torne prisioneiro do seu passado a cada amanhecer é uma nova chance para escrever uma nova página de sua vida".
Poema para Minha Rita
Pelo teu luminoso e meigo olhar me encantei;
Pelo teu sorriso e palavras doces me apaixonei;
Por tua pele macia e teu corpo, lindo e ardente, te devorei;
Por teu coração e tua alma eu te amo, pra sempre te amarei...
‘Não quero saber minha missão no mundo porque se souber, pode ser que eu fique só nela e esqueça as outras coisas’. Pois o erro de entendimento conceitual é exatamente achar que a missão se restringe a uma única coisa. Missão tem a ver com o tipo de comportamento a ser adotado diariamente frente a vida. Cumpri-la é exatamente a base para que as outras coisas fluam. Ou seja, cumprir a missão melhora a vida, jamais atrapalha. Nunca.
SORTE (soneto)
Na minha má sorte, a boa é pendente
Eu nunca inferi por que. Não entendia
Nos prados do fado estava ausente
Indaguei a vida por que era. Não sabia
Na quimera do meu dia, fui inocente
De uma tal timidez íntima e correntia
Que o passar do tempo foi em frente
E as venturas pouco tiveram cortesia
E assim, o sonho se fez bem distante
O vario momento me foi um instante
E por eles pouco soube dessuar valor
Sinto, sem, no entanto, ser dissonante
Que se fiquei ou se eu passei avante
O importante é que fui e serei amor...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Você é o meu substantivo quando eu sou o artigo. Você é meu verbo e sujeito da minha oração. Você se torna meu adjetivo quando eu termino essa declaração.
Arma sagrada
Fiz da minha fé vem Deus
A minha arma contra
Tudo que há de mal
Lá fora nesse mundão.
Tanta gente saindo e não
Voltando. Tanta gente
Inocente tombando
E ainda tem gente zoando.
Olho pela janela e vejo
Tanta maldade pela
Cidade. Tanta coisa
Ruim acontecendo,
Tanta gente boa morrendo
Oro, rezo. Clamo ti a Deus,
Meu Deus sua proteção
E paz ao meu coração
Enlutado pelos tantos
Que já se foram.
Rogo a ti: Senhor, livrai-me
De tudo que há de ruim lá
Fora. Abençoai-me e fazes
Dá tua oração o meu escudo.
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