Histórias Bonitas

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Deixemos as mulheres bonitas aos homens sem imaginação.

É mais fácil ser amante do que marido, pois é mais fácil dizer coisas bonitas de vez em quando do que ser espirituoso dias e anos a fio..

As mulheres bonitas não têm que ter ciúmes dos seus maridos. Estão demasiado ocupadas com os ciúmes que têm dos maridos de outras mulheres.

É bom que as mulheres bonitas geralmente sejam estúpidas. Se também fossem inteligentes, seria uma injustiça.

Há certas mulheres que acabam ficando bonitas de tanto a gente dizer que são.

As coisas mais bonitas do mundo são sombras.

As coisas podem ser bonitas, elegantes, suntuosas, graciosas, atraentes, mas enquanto não falam à imaginação não são belas.

Por que se apressar sobre coisas bonitas? Por que não relaxar e apreciá-las?

Se as mulheres bonitas tivessem todos os amantes que lhes atribuem, não havia maior castigo do que a beleza.

A minha consciência tem milhares de vozes, / E cada voz traz-me milhares de histórias, / E de cada história sou o vilão condenado.

Apenas acredito nas histórias cujas testemunhas estivessem dispostas a deixar-se degolar.

Não gosto de lágrimas, ainda em olhos de mulheres, sejam ou não bonitas; são confissões de fraqueza, e eu nasci com tédio aos fracos. Ao cabo, as mulheres são menos fracas que os homens, ou mais pacientes, mais capazes de sofrer a dor e a adversidade...

Machado de Assis
Memorial de Aires (1908).

E nossa história não estará pelo avesso assim, sem final feliz. Teremos coisas bonitas para contar. E até lá, vamos viver, temos muito ainda por fazer, não olhe para trás, apenas começamos. O mundo começa agora, apenas começamos.

As flores são bonitas em qualquer lugar do mundo
muita gente tem forma, mas não tem conteúdo

Charlie Brown Jr

Nota: Trecho da música Hoje eu só procuro a minha paz.

O Charme das Feias-bonitas

Se você não é nenhuma Gisele Bündchen, não há motivo para se desesperar em frente ao espelho. Quem dera ser uma deusa, mas não sendo, há chance de ser incluída no time das interessantes. Junte nove lindas e uma mulher interessante e será ela quem vai se destacar entre as representantes do marasmo estético. Perfeição, você sabe, entedia.

Mulher interessante é aquela que não nasceu com tudo no lugar, a não ser a cabeça – e, às vezes, nem isso, pois as malucas também têm um charme diabólico. A mulher interessante não é propriamente bonita, mas tem personalidade, tem postura, tem um enigma no fundo dos olhos, uma malícia que inquieta a todos quando sorri – e um nariz diferente. São também conhecidas como feias bonitas.

Eu poderia citar um batalhão de feias bonitas que, aqui no Brasil, são públicas e notórias, mas vá que elas não considerem isso um elogio. Então vou dar um exemplo clássico que vive a quilômetros de distância: Sarah Jessica Parker. É uma feia lindona. Uma feia classuda. Uma feia surpreendente. Adoro este tipo de visual. Mulheres com rostos difíceis de classificar, que não se enquadram em nenhum padrão.

Quando Meryl Streep estreou como coadjuvante em Manhattan, filme de Woody Allen, chamou a atenção não só pelo talento, mas pelo seu ar blasé, seu porte altivo e uma sobrancelha que arqueava interrogativamente, como se perguntasse: e aí, você já decidiu se lhe agrado ou não? Paralisante.

Esse gênero de mulher não figura nos anúncios da Lancôme e não possui um rosto desenhado com fita métrica: olhos, boca e nariz a uma distância equilibrada um dos outros. Nada disso. A feia bonita é aquela que não causa uma excelente impressão à primeira vista. Ao contrário, causa estranhamento. As pessoas se questionam. O que é que essa mulher tem? Ela tem algo. Pronome indefinido: algo.

Ficar bonitinha, muitas conseguem, mas ter algo é para poucas. Não dá para encomendar num consultório de cirurgia plástica. Não adianta musculação, dieta, hidratantes. Feias bonitas têm a boca larga demais. Ou um leve estrabismo. Ou um nariz adunco. Ou seja, este algo que elas têm é algo errado. Mas que funciona escandalosamente bem.

E há aquelas que não têm nada de errado, mas também nada de relevante. Um zero a zero completo, e ainda assim se destacam. Um exemplo? Aquela menina que atuou em Homem-Aranha e Maria Antonieta, a Kirsten Dunst. Jamais será uma Michelle Pfiefer, mas a menina tem algo. Quem dera esse algo fosse vendido em frascos nos freeshops da vida.

Se o fato de ser uma feia bonita é, digamos, uma ótima compensação, ser um feio bonito é o prêmio máximo. Não sei se você concorda, mas eles são mais atraentes que os bonitos bonitos. Não que seja tolerável um narigão num homem: ele tem que ter um! Nada de baby face. É obrigatório uma cicatriz, ou um queixo pronunciado, um olhar caído. Você está lembrando de um monte de cafajestes, eu sei. Ou de um monte de italianos. É esse tipo mesmo, você pegou o espírito da coisa.

Feias bonitas e feios bonitos tornam a vida mais generosa, democrática, divertida e interessante. Não podemos ter tudo, mas algo se pode ter.

O homem culto é aquele que sabe encontrar um significado bonito para as coisas bonitas. Para ele a esperança é um fato real.

Somos as coisas que moram dentro de nós. Por isso, há pessoas tão bonitas, não pela cara, mas pela exuberância de seu mundo interior.

Ele tem mulheres mais bonitas e o que tenho de melhor ele nem tem muita capacidade mental pra valorizar.

Acredito em Deus... ele está no pôr-do-sol, nas pessoas bonitas, legais, superanimadas... Também não acredito em outra vida. A vida é essa aqui mesmo, e a gente tem que aproveitar enquanto é tempo. Já me preocupei muito com a morte e tive medo até. Hoje, apesar de ser um assunto sobre o qual não gosto muito de falar, encaro com naturalidade, porque acredito também na energia das coisas. Na transformação das coisas em energia. Talvez até volte a este mundo, mas como outra coisa, em outra forma... sei lá.

As mulheres não procuram o homem bonito. As mulheres procuram o homem que teve mulheres bonitas.

Milan Kundera
O livro do riso e do esquecimento. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.